segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CONEXÃO SIRIUS - ÁGUIA DO LESTE: O QUE É ESPIRITUALIDADE? COMO SABER EM QUE NÍVEL SE ESTÁ?

CONEXÃO SIRIUS - ÁGUIA DO LESTE: O QUE É ESPIRITUALIDADE? COMO SABER EM QUE NÍVEL SE ESTÁ?
domingo, 16 de janeiro de 2011


Resolvi fazer esse post em face das eternas discussões ocasionadas entre as pessoas pelo desconhecimento do que seja ESPIRITUALIDADE e como trilhar esse caminho. É um tal de gente religiosa que acha que o pessoal que é puramente científico está iludido, ou, igualmente, aquele que é puramente científico achar que quem mexe com conhecimentos esotéricos ou espiritualistas é que está iludida e que esses conhecimentos é que são pura bobagem. Nenhum deles está certo. Não existe o "caminho certo" para a espiritualidade, existe o caminho que o coração da pessoa pede, só isso. Obviamente, tem que ser algo por amor, não tem essa de estar de acordo com a vontade da pessoa de matar pessoas e sair fazendo isso...hehe. Estamos falando de espiritualidade e isso é equilíbrio e progresso da alma, harmonia, e não o oposto dessas coisas. A pessoa que tá com vontade de pentelhar, em qualquer nível, está em desequilíbrio e precisa harmonizar-se e buscar o que sua vontade/coração pedem para restaurar o equilíbrio.
As pessoas costumam confundir muito o que é espiritualidade. Já fiz um post a respeito disso. Espiritualidade é espírito + atual + idade, ou seja, atualizar o espírito no tempo. Como a pessoa faz isso? De diversas formas.
Gurdjieff ensina que o ser humano deve sempre trabalhar 3 níveis: o ser, o saber e o conhecer.

FRASE DE GANDHI: " FELICIDADE É QUANDO ESTÃO EM HARMONIA O QUE SE PENSA, O QUE SE FALA E O QUE SE FAZ"

O ser está relacionado ao autoconhecimento, a busca de seu equilíbrio, a busca de se entender, saber porque se é de um jeito ou de outro, porque está passando por uma situação assim ou assado em sua vida. É o melhorar a si mesmo. Esforçar-se em se conhecer.
O conhecer é a busca do conhecimento, da informação. É o estudo, a pesquisa, a busca de informações, de professores, de mestres etc. É o aprendizado teórico sobre as coisas do mundo e da vida.
O saber é a prática. É o "estágio", por exemplo, que existe em qualquer faculdade - depois de acumular o conhecimento teórico, tem que haver a prática - é o emprego do conhecimento adquirido no dia a dia.
Portanto, todos temos esses 3 níveis para trabalhar ao longo da encarnação e, a partir das diferenças de esforço de cada um em cada qual desses níveis surgem diversos tipos de pessoas. Em geral, aqui no Ocidente, as pessoas trabalham muito o conhecer e o saber, ou seja, buscam muito o conhecimento (vão à escola, faculdade, fazem mil cursos, buscam muita informação, afinal, temos disponibilizado muita facilidade de acesso a esta, com os atuais meios de comunicação de massa, acessíveis a praticamente todas as faixas de idade e de status social, etc). E, consequentemente, em geral, buscam também o saber, que é a prática desse conhecimento - cursam uma faculdade e vão trabalhar na área, por exemplo. Isto é sabedoria (vivência do conhecimento, prática).
O que mais o pessoal aqui no Ocidente deixa a desejar a nível de se trabalhar na encarnação é o autoconhecimento. A maioria das pessoas buscam o conhecimento externo das coisas, mas não o auto-conhecimento, que leva a trabalhar o próprio ser. É onde é muito comum encontrarmos pessoas super estudadas, com muito conhecimento e também muita sabedoria nas áreas de conhecimentos escolhidas por essas pessoas, entretanto, nada trabalhadas a nível de ser. Ou seja, são pessoas desequilibradas, com pouco nível de consciência sobre si mesmas, e difíceis de se lidar, em linhas gerais - podem ser super arrogantes, não ter compaixão, ser complexadas, frustradas, iradas, depressivas, vitimistas, enfim, não trabalham seu nível de ser. É o que mais comumente observo por aí.

Podem reparar, inclusive, que fazer consultas a psicólogos, fazer terapia (que é a linha científica mais aceita na atualidade para busca do autoconhecimento e de restabelecer o próprio equilíbrio) não é aceito socialmente. Todos têm na ponta da língua a programação para fazer consultar regulares ao médico, ao dentista, fazer exercícios, ter uma vida saudável etc e seguem esse programinha à risca, já é um hábito popular, praticamente uma obrigação de ser realizado. Mas fazer consultar regulares ao psicólogo? Fazer terapia regularmente? Nem pensar!!! hehe... "Isso é coisa pra maluco" - infelizmente, ainda é este o pensamento mais popular a respeito desse tipo de tratamento e que auxilia muito no autoconhecimento. Há diversas outras formas de fazê-lo, inclusive sem, necessariamente, auxílio externo, mas, normalmente, a maioria das pessoas não têm o foco, a preocupação em se autoconhecer, se entender e se melhorar.
Quanto mais a pessoa trabalha esses 3 níveis, mas ela está se ESPIRITUALIZANDO, ou seja, atualizando seu espírito no tempo.
Como buscar a espiritualidade? Percebo que é muito comum as pessoas acharem que espiritulizada é a pessoa que frequenta religiões. Nada a ver! Espiritualidade é buscar os 3 níveis mencionados, SEJA DA FORMA QUE FOR! Cada um pode buscar isso do seu jeito, na religião, nas ciências, nos estudos, ou seja se isolando no meio do mato. ESTUDO e RELIGIÃO não representam os únicos caminhos de se espiritualizar. Há pessoas que nunca foram à escola, e SÃO SUPER HÍPER MAIS ESPIRITUALIZADAS do que outras. O conhecimento não vem apenas de escolas e livros. Os índios têm muito conhecimento e sabedoria sem nunca ter lido um livro, nunca ter ido a uma escola. E o mesmo ocorre com pessoas menos favorecidas em nossa sociedade que não têm condições de estudar, ou fazem apenas os cursos primários - isso não significa que sejam ignorantes a nível de espiritualidade. Elas podem ser ignorantes sobre certos conhecimentos (no sentido próprio da palavra, ou seja, alguém que ignora, desconhece um assunto), mas isso não significa que não tenham conhecimento, sabedoria, tampouco que não busquem trabalhar o próprio ser, o autoconhecimento. Aliás, às vezes aprendo muito mais com índios e pessoas simples, do que com os grandes cérebros estudiosos de nossa civilizaçãozinha atual.
O autoconhecimento, de outro lado, também pode ser buscado de diversas formas. O exemplo que dei, quanto a ir ao psicólogo, foi apenas no sentido de que nossa sociedade respeita os conhecimentos cientificamente reconhecidos, e a psicologia é a área do conhecimento científico reconhecido na atualidade e que se destina a ser uma ferramenta de restabelecer o equilíbrio e que é ótima a nível de autoconhecimento, para que a pessoa possa trabalhar seus níveis de ser. Mas isso pode ser buscado de diversas formas, inúmeras formas, basta a pessoa ter, dentro de si, o foco, a preocupação, a vontade de se entender, se conhecer e se melhorar.
E os níveis de espiritualidade alcançados pelas pessoas resultam em "sintomas", que podem ser identificados para se saber o quanto se está "espiritualizado", se mais ou menos e, inclusive, quais os níveis que precisam ser aprimorados. Só pela ciência da existência desses 3 níveis a pessoa já tem uma idéia de como ela anda se trabalhando e em qual ela está com saldo devedor e precisa se aprimorar nesse setor.
Quanto aos "sintomas", tenho um livro que li há algum tempo, é de uma índia Cherokee, de nome Jamie Smas, cujo título é Dançando o Sonho. Foi a melhor explicação que encontrei sobre como funciona o caminhar da espiritualidade na vida das pessoas, segundo os ensinamentos dos índios cherokees. Eles ensinam que o caminho da espiritualidade avança em 7 níveis, e a cada nível concluído na vida, a pessoa passa, automaticamente, para o próximo, tenha ela aprendido ou não as lições do nível que está ultrapassando. Só que a cada nível avançado na vida, as lições não aprendidas nos níveis precedentes são cobradas da pessoa. É igualzinho a um curso escolar - a pessoa faz a faculdade e consegue o diploma, aí ela passa para o outro nível, o prático, e vai trabalhar. Ela pode fazer uma faculdade meia-boca, de qualquer jeito, e conseguir passar, só que as lições não devidamente aprendidas lhe serão cobradas quando estiver trabalhando na área, incorrendo em erros e fracassos. E isso se aplica a tudo na vida. As lições não devidamente aprendidas ao longo de cada fase da vida, nos é cobrada nos níveis seguintes. Assim, a pessoa que deixa de trabalhar o autoconhecimento, por exemplo, em se entender porque ela é agressiva com as pessoas que pensam diferente dela, ela irá se deparar ao longo do caminho com diversas pessoas e situações que lhe cobrem lidar com essa sua faceta, até que, finalmente, ela entenda seu próprio demônio e aprenda a lição.
De qualquer forma, conforme conseguimos avançar em certos níveis da espiritualidade (dos 3 níveis mencionados) mais vamos avançando na espiritualidade. Vou tentar resumir aqui as lições e os sintomas de cada um dos 7 níveis da vida, segundo o livro Dançando o Sonho, aí vocês podem ver em qual se encontram (pgs.19/20):
- "os sete caminhos da transformação humana são rodas de experiência que refletem a maneira pela os seres humanos aprendem a usar sua força vital. Estes caminhos coexistem simultanemanete. Eles não são lineares, e cada indivíduo pode aprender diferentes lições, em diversos caminhos ao mesmo tempo"
- No primeiro caminho, a Direção Leste da Roda de Cura, nós nos iluminamos e começamos a ver claramente que existe um propósito em nossas vidas. Abraçamos uma nova forma de clareza, que nos conduz além da atitude de "O que a vida tem para me oferecer?";
- No segundo caminho, a Direção Sul, aprendemos como nos elevar acima das reações humanas infantis, das compulsões e das emoções doentias;
- O terceiro caminho, a Direção Oeste, nos ensina a curar nosso passado, nossos corpos e nossa auto-estima;
- No quarto caminho a Direção Norte, aprendemos a compatilhar a sabedoria que adquirimos, vivendo com corações compassivos, abertos e livres de julgamentos.
- O quinto caminho é a Direção de Cima, na qual abraçamos os mundos invisíveis do espírito, os reinos celestiais, as partes desconhecidas do universo e as forças intangíveis da Criação.
- O sexto-caminho é a Direção de Baixo, na qual aprendemos como perceber as forças invisíveis do mundo natural e as ligações com o espírito que existem em todos os seres vivos, aprendendo a trazer o nosso próprio espírito plenamente para o corpo humano.
- No sétimo caminho, a Direção Interior ou do Agora, aprendemos a ter acesso a toda a vida do universo, de dentro de nosso corpo humano, e a viver em um estado de plena consciência espiritual, sem separações ou julgamentos"
Explica a autora que "não é necessário que as pessoas completem todos os sete caminhos. A transformação é uma jornada pessoal, impelida pelo desejo do indivíduo de explorar vários caminhos. Nem todas as pessoas têm o desejo de explorar as dimensões invisíveis da consciência, que existem no universo, e não há razão para alguém desejar trilhar um caminho que não combine com suas necessidades pessoais. Se você acha que sua vida fica plenamente realizada ao seguir os três primeiros caminhos de iniciação, isto é perfeito. Ou se escolher abraçar os mundos invisíveis, desenvolvendo as habilidades apresentadas por todos os sete caminhos, isto também é perfeito"
É fácil identificar os sintomas do nível em que se encontra, seja ele buscado de forma consciente ou inconsciente, se a pessoa estiver trabalhando os 3 últimos níveis, ela irá começar a manifestar coisas relacionadas ao mundo invisível - fará projeções astrais, terá sonhos premonitórios, contatos com o plano espiritual, verá espíritos, desenvolverá a mediunidade etc. Há o lado bom e o lado ruim do trilhar desses caminhos de forma inconsciente - a pessoa começa a desenvolver a mediunidade, por exemplo, sem saber que é isso que está acontecendo, e sofre pacas com isso, porque às vezes não entende o que está acontecendo - aí começa a pegar um monte de espíritos perdidos, por exemplo, que estejam pedindo socorro, e começam a sentir as coisas que esses espíritos estão sentindo, tristeza, depressão, desespero, agonia, e até sintomas de doenças físicas ocasionadas pelas vibrações do espírito e não tem a menor idéia do que está rolando - fica correndo de médico em médico, sem conseguir resultados, o que a deixa às vezes até desesperada. E essas coisas ocorrem com pessoas que estejam trilhando esses caminhos, consciente ou inconscientemente.
Portanto, não existe isso da pessoa religiosa ou mística ser espiritualizada e a pessoa cética e/ou científica não ser. Tem muito cético/científico altamente espiritualizado e muito religioso/mistico nada espiritualizado, e vice-versa. Tem muita gente sem estudo nenhum super espiritualizada e também sem espiritualidade nenhuma. Não existe uma receita de bolo pronta. Existem caminhos já trilhados, como o de Buda ou de Jesus, o Cristo, que as pessoas tentam seguir para alcançar o resultado que eles alcançaram, mas só depende mesmo da busca da própria pessoa e como ela se empenha nisso. Essas receitas prontas são como as faculdades que fazemos - aprendemos as bases, mas depois temos que trilhar o caminho por nós mesmos, ir trabalhar, aprender a prática e desenvolver nosso próprio estilo de obter sucesso. É a mesma coisa na espiritualidade.
De outro lado, nem todos estão em busca dos altos níveis do caminho espiritual, nem todos estão afim de buscar contato com o mundo invisível, nem todos vieram aqui fazer as mesmas coisas. Cada um tem um caminho. Agora ter o respeito com o caminho do outro é um nível de ser, conhecer e saber que é bom ser trilhado.
Por fim, tudo na vida material exige ESFORÇO, DEDICAÇÃO, SACRIFÍCIO. TUDO! Temos que trabalhar para poder ter casa, comida etc, temos que estudar para alcançar posições melhores nessa sociedade aqui, se você quiser ter saúde, tem que cuidar da alimentação, ir no médico, tratar-se, se quiser emagrecer, tem que abrir mão de comer o que gosta a torto e a direito, se quiser entrar na faculdade, tem que estudar, abrir mão de horas de lazer para passar na prova, se quiser ter um corpo esbelto tem que passar horas fazendo ginástica, enfim, tudo requer esforço e sacrifício. Os caminhos da espiritualidade não são diferentes - eles requerem o mesmo esforço e sacrifício, sejam eles trilhados de forma consciente ou inconsciente, não importa - o esforço e o sacrifício serão exigidos da mesma forma. Se você estiver inconsciente, mas trabalhando seus níveis se ser, saber e conhecer, e desenvolver sua mediunidade, por exemplo, você terá que lidar com ela, mesmo que não queira conscientemente. Ela irá requerer que você tome atitudes de forma a se manter, no mínimo, equilibrado, porque a mediunidade não trabalhada pode levar uma pessoa à loucura, literalmente.
Então, é assim pessoal. Não é só quem segue caminhos conscientes da espiritualidade que a está trilhando, tampouco significa que, por isso, seja mais espiritualizada do que uma pessoa que não os seguem.
A única coisa que conta é estarmos de acordo com nossa vontade, como diz Aleister Crowley, e que essa vontade esteja orientada pelo amor. Ou, como dizia Dom Juan a Castañeda, a única coisa que você tem que fazer é perguntar se o caminho escolhido tem coração. Se seu coração estiver ali, beleza.

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