terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Imbecil Coletivo ~ Partículas da Fonte


31 de janeiro de 2011



Não, não se trata do livro homônimo do professor Olavo de Carvalho; este post é independente, embora vá focar justamente na distorção mental gerada pelo sistema e induzida à coletividade planetária, criando indivíduos cegos diante de si mesmos, crendo terem pensamentos distintos, individuais e absolutos, provenientes do interior, mas cuja verdadeira origem se dá no externo, gerados pela Matriz.

Falamos um pouco disso no post Lidando com Egóicos, e agora iremos aprofundar um pouco o entendimento sobre o assunto, uma vez que ainda temos de lidar com pessoas sem o verdadeiro discernimento e sem a consciência de que foram programadas desde o nascimento, mas que podem se desprogramar quando assim o quiserem.

A plenitude da experiência física está fundamentada no total equilíbrio entre a matéria e o etérico, entre o externo e o interno. Porém, devido à ilusão manipulatória que foi criada neste planeta especificamente, a matéria acaba tendo 90% do peso na balança, gerando então as maiores disfunções mentais e sendo um veículo para dramas emocionais, especialmente medo, raiva e tristeza.


Todavia o que precisa ser compreendido é que tudo o que é da matéria é externo a nós, e portanto não nos pertence. Nós pegamos do externo e o usamos a nosso favor, acreditando piamente que determinada ideia é originária de nós mesmos. Mas eis um equívoco, uma vez que o Ego é quem decide arbitrariamente que qualquer conceito que adentra a mente passa a ser de seu patrimônio, eliminando qualquer ligação com terceiros. Dizemos então que a pessoa é materialista e egóica.
Mas todo o pensamento gerado diretamente pela mente racional não tem origem interna, não é de fato um pensamento independente. É uma aquisição conseguida através do sistema, que engloba crenças, conhecimentos e condicionamentos. Dizemos então que a pessoa muito intelectualizada é alguém que consegue mais aquisições mentais da Matrix que a maioria da humanidade. Todavia, suas ideias não passam disso, aquisições.
E aquelas mais modestas mentalmente não fogem à regra, uma vez que estão mais sugestivas às influências da sociedade. São dependentes diretas do que rege a cultura, o comportamento, as leis terrenas, a moral distorcida, as hipocrisias passivas e o contexto religioso presente, quando têm alguma espiritualidade. Mas o reconhecimento dos padrões mentais estão diretamente relacionados com o senso comum. São pessoas que, sob a influência do medo, acabam seguindo o padrão vigente como forma de garantir sua inserção na sociedade, obtendo sua cidadania.

Do Externo

Nascemos com amnésia espiritual, porém com todas as faculdades ativas. De fato, sem contar a fase de adaptação, nascemos plenos e felizes e vamos entristecendo ao longo da vida. Isso se dá pela programação que nos é forçada pelo sistema, a começar por nossos pais e seus valores limitados e fajutos, uma vez que apenas seguem a concordância da colméia humana. Deste modo, o Ego aflora e se desenvolve até que alcancemos o poder intelectual de entendimento da realidade vigente. Após isso, nossos condicionamentos são idênticos à maioria das pessoas. Tornamo-nos então formigas, sem personalidades e sem a consciência unitária, que apesar de parecer um paradoxo, funciona dessa mesma maneira.
Assim sendo, querido leitor, de tudo o que se aprende na vida como um dormente, 90% não estão presentes de fato em quem nós somos, e sim em quem parecemos ser. Tudo o que é aprendido na Matrix é da Matrix. Portanto, escolas e universidades não ensinam a realidade como ela é, mas como parece. Tudo o que se aprende na ilusão faz parte da ilusão.

Por isso que insistimos tanto em que cada um de vocês aprenda a ouvir a voz interior, deixando o conhecimento exterior em segundo plano, até que o equilíbrio seja conquistado. Do contrário, o mental ainda será a base da vida material e a base das interpretações e das revelações sobre a verdade além deste universo dimensional, deixando a humanidade ainda às cegas, sendo liderada e guiada também por cegos, rumo ao precipício da ignorância perpétua. Ateísmo, materialismo e conformismo não passam de estados psíquicos da cegueira interior. Abrir os olhos para dentro é a única maneira de voltar a enxergar.
O software mental pode tomar as rédeas da máquina humana, mas jamais do condutor. Aquele que se submete aos caprichos mentais e egocêntricos está não apenas rebaixando sua divindade, mas se autocondenando a uma existência de dor e sofrimento indefinida. Obviamente, que a dormência não ajuda ninguém a ter esse entendimento, mas estou falando também dos despertos que ainda se iludem nos padrões mentais, quando já deveriam estar em plena conexão com os padrões etéricos.

A Tola Coletividade

Se por um lado a conexão entre as formas de vida e o prório universo é algo substancial para nosso desenvolvimento, quando estamos acordados, para os que dormem ela acaba sendo um empecilho para o mesmo desenvolvimento. Isso porque de acordo com o fractal consciencial da humanidade, a ignorância tende a espalhar-se, desenvolver-se e firmar-se na psique humana, fazendo de sua realidade física uma grande sucessão de incongruências e inconstâncias.


Vejamos como exemplos duas das mais limitadas formas de pensamento deste planeta: religião e ateísmo. Ambos são limitadíssimos e não conseguem se fortalecer por si próprios, precisando de sofismas, fraudes e furtos filosóficos.
A pessoa religiosa não segue os dogmas porque refletiu por si só verdadeiramente, junto com seu Eu Superior, sobre a possibilidade daquilo ser o mais aconselhável, mas por conforto, por medo de assumir responsabilidade por sua vida e justamente porque baseou seu entendimento naquilo que milhões, bilhões de pessoas também têm como certo. Nunca tentaram compreender e discernir sobre o que e quem de fato é Deus, sobre o que de fato acontece no pós-vida e se este mundo é o que parece. Eis porque encontramos tantas pessoas humanizando Deus, fazendo-o ter preferência pela humanidade, tornando-o então incompetente e incapaz do amar incondicional. Essa limitação tola se dá justamente pela inabilidade de discernir por si mesmo. Lêem e ouvem alguém falando e já atestam que aquilo é verdade ou mentira, baseando-se apenas na interpretação racional e externa.
O ateísmo é até mais infantil que a religiosidade, uma vez que a frustração de não encontrar as respostas, faz com que seus adeptos, desiludidos, atestem não haver resposta, sentido e que é tudo um punhado de coincidências para a existência da própria vida. Tal concepção também não nasce do coração do homem, apenas da mente. Ao ver que a religião e seus dogmas não supriam suas necessidades pelo conhecimento e que grande parte do que ela dizia era risonha e completamente sem sentido, o homem criou um contraponto. Mas o ateu é igual a um religioso, não discerne por si só, adquirindo de ideias e conceitos exteriores, de terceiros, seus padrões mentais. Sua descrença não está no discernimento, está na oposição religiosa. Ou seja, ele é adepto de um movimento, não de uma busca pela verdade.


Ambos, religiosos e ateus, englobando também os céticos, os fanáticos, os sem amor e os negativados, estão atolados de programações da Matrix, e quando vêem algo que vá contra aquilo que seu programinha mental lhe diz, sua primeira atitude é a réplica, seguida da indignação, da raiva e do medo de aquilo ser verdade e tudo o que conhece uma grande mentira. Ele está tão refém do ego e dos condicionamentos, que é incapaz de parar e refletir a respeito. De ouvir a voz que vem de dentro. Então usa das velhas referências internas para retrucar e tentar forçar sua verdade a terceiros. Isso é limitação e falta de reconhecimento da mesma.
E para aqueles que ainda duvidam de que seus pensamentos não são provenientes de si mesmos, mas do sistema, da sociedade ao redor, lhes pergunto: conseguem pensar sem o uso de algum idioma conhecido? Conseguem pensar sem falar mentalmente? Conseguem pensar sem ser em Português, Inglês, Japonês, ou qualquer idioma conhecido? Não? Exato. E de onde vêm esses idiomas? Da Matrix. Entendeu, querido leitor?
A humanidade age de comum acordo com o padrão proposto. Os seres humanos são copiadores natos, a ponto de não poderem distinguir os originais das cópias. Copiam a maneira de vestir, de falar, de andar e de gesticular. Copiam profissões, metas e sonhos. Querem trabalhar e se aposentar; querem sucesso profissional e financeiro; querem ser reconhecidos e admirados por terceiros; querem o carro do ano e um duplex. São copiadores. Copiam ideias e conceitos; personalidades e pensamentos. São robozinhos padronizados. Todos vivendo num sonho coletivo.

A Voz Interior

Estando programados desde o nascimento, os seres humanos precisam equilibrar a balança, deixando o mental, que advém da Matrix, com 50% do peso, sendo o restante destinado ao interno, à espiritualidade pura. Uma vez que estamos vinculados à carne e à dimensão mental, não podemos simplesmentes suplantá-la, mas deixá-la na proporção correta para uma melhor experiência existencial. A suplantação total só poderá se dar quando o estágio evolucionário estiver muito além de qualquer fisicalidade e individualidade limitada. Somente no estado perpétuo do UM.
Deste modo, o verdadeiro discernimento, a verdadeira maneira de encontrar suas respostas não está apenas nos livros, não está no conhecimento, não está no intelecto. Está na união do intelecto e do espiritual; do externo e do interno; do pensar e do sentir; do formular e do intuir; do linear e do infinito. Quando damos a devida atenção ao Eu Superior, à voz interior, todas as respostas nos surgem e temos total entendimento das questões por que mais ansiamos.
Os textos mais sábios são formulados assim. 50% intelecto, 50% espírito. A opinião pessoal se vê explícita na maneira de escrever, de comunicar uma mensagem, no idioma escolhido, no estilo textual e nas referências. Mas o discernimento e a base são puramente interiores, advindos da conexão com o Eu Superior. Deste modo, querido leitor, não adianta ler toneladas de livros, textos em blogs ou assistir a vídeos internet à fora, se você não está verdadeiramente aberto ao florescer da verdade interior. Você só ficará mais confuso e menos receptivo às respostas.
O equilíbrio é a chave da existência. O caminho do meio não está apenas na escolha entre a positividade e a negatividade. O caminho do meio é o equilíbrio total, de todos os braços existenciais. Assim sendo, não tente apenas raciocionar sobre cada singularidade do aprendizado. Raciocine, mas deixe rolar; deixe que a voz interior reflita, filtre e purifique o entendimento, lhe enviando respostas originais e, essas sim, provenientes de quem você de fato é. Esse, querido leitor, é o verdadeiro discernimento.
Vamos na Paz.

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