quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Às vezes, como agora, um nevoeiro se instala no meu cérebro, sim, eu o sinto fisicamente mesmo, como que um torpor vai se espalhando; a mente muda, parece ser a mesma mas não é, ela silencia entre um pensamento e outro ou entre um impulso e outro.
Há algum tempo atrás eu tentava alcançar este estado através de práticas de concentração, meditação, etc e no clímax de cada prática às vezes experimentava este estado, fugazmente, rapidamente; também quando em contato com algumas formas de som este estado se instalava, mas apenas de maneira rápida e passageira.
Nos últimos tempos, no entanto, este estado brota de maneira espontânea e independente do que eu esteja fazendo, é algo incrível, ele vem e se instala e "eu" não sou mais um "eu" separado, este "eu" com seus limites enfraquecidos, apagados É agora parte de algo maior. Talvez o mais fantástico de tudo é que a Consciência, o EU-Consciência não é mais o "eu" mas o TODO.
A mente talvez se cale, silencie por conta do Mistério assombroso que é a Unidade, este estado inconcebível mas vivenciável, em diferentes níveis e intensidades.
Como ser o corpo e o vento que o acaricia?
Como ser o olho e a estrela que é observada?
A Sagrada União do si com o Si. Tentar explicar é lançar véus sobre o esplendor desta Realidade.
Não funciona nem vontade, esforço, disciplina mas unicamente uma Aspiração serena e tranquila, uma abertura e um Abandono desinteressados àquilo que é a Essência e condição primeira da manifestação da Vida: o Mistério do Um.
Shylton Dias
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