terça-feira, 19 de abril de 2011
APEGO
Uma das maiores fontes de angústia e infelicidade que podemos ter na vida é o apego.
Quando nos tornamos dependentes de alguma situação ou de alguém para que possamos ser felizes, certamente começa o inferno.
Como é impossível controlar a realidade de modo que ela satisfaça todos os nossos desejos, é óbvio que em algum momento acabaremos por sofrer uma perda, uma rejeição ou teremos frustrada alguma expectativa.
Se nossa dependência dos fatores externos for demasiadamente grande, o sofrimento será inevitável.
Entre todos os tipos de apego, certamente o mais difícil de superar é a dependência afetiva.
Esta é uma dificuldade tão disseminada, que existem grupos terapêuticos específicos para o seu tratamento, pois ela é tão destrutiva quanto a que se relaciona com vícios, como o álcool e as drogas.
A dependência afetiva tem como raiz uma baixa auto-estima e a necessidade de sentir-se amado para poder acreditar que se possui algum valor.
Esta carência leva a situações humilhantes, pois faz com que a pessoa abra mão da própria identidade e faça qualquer concessão, para garantir a aceitação por parte do outro.
Para libertar-se dessa prisão é preciso, em primeiro lugar, tomar consciência de que algo de errado está acontecendo.
Quando o primeiro sinal de que se precisa de ajuda surge, é importante agir, principalmente, para que o sentimento de fraqueza desapareça, visto que num grupo de terapia pode-se perceber que muitos outros seres humanos se encontram na mesma situação.
Esta descoberta traz alívio, incentivo e motivação para que se persista na busca da cura.
Quanto mais o amor-próprio e a autovalorização se fortalecerem, mais rapidamente acontecerá a transformação.
... "Para o apego, a consciência não é necessária; ao contrário, a consciência é a barreira. Quanto mais consciente você se torna, menos você será apegado, porque a necessidade de apego desaparece.
Por que você quer estar apegado a alguém?
Porque sozinho você sente que você não se basta.
Porque sozinho você sente que você não se basta.
Você sente falta de alguma coisa.
Algo fica incompleto em você.
Você não é inteiro.
Você precisa de alguém para completá-lo.
Daí, o apego.
Se você está consciente, você está completo, você é inteiro - o círculo está completo agora, não está faltando nada em você - você não precisa de ninguém.
Você, sozinho, sente uma total independência, uma sensação de inteireza.
Isso não quer dizer que você não amará as pessoas; ao contrário, somente você pode amar.
Uma pessoa que seja dependente de você não pode amá-lo: ela o odiará.
Uma pessoa que precisa de você não pode amá-lo. Ela o odiará, porque você se torna o cativeiro.
Ela sente que sem você ela não pode viver, sem você ela não pode ser feliz, então, você é a causa das duas coisas, da felicidade e da infelicidade dela.
Ela não pode se dar ao luxo de perdê-lo e isso lhe dará uma sensação de aprisionamento: ela é sua prisioneira e se ressentirá disso; ela lutará contra isso.
As pessoas odeiam e amam ao mesmo tempo, mas este amor não pode ser muito profundo. Somente uma pessoa que seja consciente, pode amar, porque esta pessoa não precisa de você.
Mas, então, o amor tem uma dimensão totalmente diferente: ele não é apego, ele não é dependência. A pessoa não é sua dependente e não o fará dependente dela: a pessoa permanecerá uma liberdade e lhe permitirá permanecer uma liberdade.
Vocês serão dois agentes livres, dois seres totais, inteiros, se encontrando.
Esse encontro será uma festividade, uma celebração - não uma dependência.
Esse encontro será uma alegria, uma brincadeira.
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Mensagem enviada por Thais Marzagão
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LUZ!
STELA
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