O Caminho do Coração - O Aprendizado do Silêncio
RAM – 3 de dezembro de 2008
O Aprendizado do Silêncio
Eu sou RAM. Recebam a paz. Recebam minhas bênçãos.
Eu venho a vocês e com vocês numa ótica que é a de instruí-los e conduzi-los para um espaço sagrado. Esse espaço sagrado é seu templo interior.
Eu longamente insisti sobre o lugar e o papel do silêncio.
O silêncio é, ao mesmo tempo a chave e a porta de seu templo interior.
Fazer silêncio permite, portanto, abrir o acesso à interioridade e isso nos leva naturalmente a vislumbrar a interioridade.
Todas as ações que são efetuadas pelo ser humano em encarnação são apenas reações a estímulos que tomam sua fonte em lugares diversos de seu ser.
Qualquer ação, mesmo aquela que lhes pareceria a mais correta, a mais autêntica, a mais luminosa, é colorida, condicionada, filtrada por qualquer outra coisa, exceto seu interior e sua interioridade.
O acesso à interioridade, graças à chave do silêncio, vai permitir observar as ações engendradas no mundo exterior e, muito rapidamente, nesse estado de interioridade, vocês tomarão consciência de que a grande maioria de suas ações não vem de seu ser interior, mas são apenas reações a diversas coisas: condicionamentos de sua educação, condicionamentos de seu mental que tem medo, condicionamentos ligados ao olhar do outro, condicionamentos ligados às estratégias defensivas e por vezes ofensivas que se construíram (inconscientemente) nas camadas bem afastadas de seu ser interior, de seu templo interior e de sua interioridade.
Fazer silêncio, aprender o silêncio, viver o silêncio abre o espaço interior de seu templo interior chamado interioridade. A interioridade não é, no entanto, inação, ela é criação.
O olhar do olho e do mental é condicionado pelas próprias condições de sua existência na encarnação.
A ação (insuflada pela interioridade) demarca-se de reações (ligadas aos condicionamentos) pela própria natureza dessa ação.
A ação procedente da interioridade (à qual vocês acederam pelo silêncio) é uma ação necessariamente desprovida de qualquer dualidade, porque essa ação toma sua fonte na unidade de seu templo interior.
Façam a experiência: deixem emergir à consciência a reação a um acontecimento de sua vida.
Observar isso é já tomar consciência de que o que dita sua conduta visível no mundo é, de fato, apenas o efeito de seus condicionamentos.
De fato, o condicionamento é a própria condição prévia à existência desta dimensão que vocês percorrem.
Dimensão da dualidade, da multiplicidade, cuja origem é velada, escondida pelas estratégias que vocês instauraram a fim de crer avançar em sua vida.
Somente os seres capazes de aceder à interioridade podem, nesse estado, engendrar ações que são realmente ações e não reações.
O silêncio permite-lhes, portanto, o acesso a essa interioridade e, portanto, reapropriar-se da ação correta.
A interioridade é um estado de consciência.
Eu diria mesmo um estado de lucidez para além da lucidez comum.
Tudo o que vocês observam em seu exterior, toda a manifestação nesta densidade dimensional, apenas pode criar-se e manifestar-se porque isso se tornou possível como ação exterior e exteriorizada e desejada, a um dado momento, pelo conjunto de interioridades.
Em outros termos, nada do que vocês podem observar, avaliar, experimentar no exterior de vocês está ausente em seu interior.
O que vocês vivem, o que vocês enfrentam, o que vocês experimentam é apenas a resultante de reações às suas próprias reações, engendradas nos espaços do mental dividido.
Isso é verdadeiro tanto na escala individual como na escala coletiva.
A interioridade não pode encontrar-se num olhar exteriorizado ou numa atitude exteriorizada.
O templo interior, estabelecido no meio do ser e no silêncio da eternidade deixa-se penetrar apenas a partir do momento em que vocês engajaram o desejo e a vontade de superar sua condição atual no plano mental de suas vidas.
Na interioridade vocês não podem engendrar ações duais.
Todas as ações religadas à sua fonte interior podem apenas refletir, manifestar a Unidade e a Luz.
Qualquer ação conduzida pelos níveis da divisão, por seu mental (mesmo obedecendo ao que vocês chamam «lógica») será sempre apenas uma reação condicionada, ela mesma, por seu modo de funcionamento na divisão dessa encarnação.
O aprendizado do silêncio é o único modo que vai permitir, em tempos extremamente curtos de aprendizagem, reencontrar o olhar da lucidez, da interioridade, porque o olhar exterior se faz através do filtro dos olhos, o filtro do mental, enquanto que o olhar interior se faz, ele, através do olhar e do filtro do coração.
E esse filtro não conhece a lógica.
Ele conhece apenas o amor, ele conhece apenas a unidade, ele conhece apenas a graça e a plenitude.
Ele não conhece a falta.
Somente o silêncio é capaz de despertar sua consciência unificada, sua consciência divina.
Sua vibração divina e seu sopro divino poderão apenas animar-se e despertar-se diante de sua atitude de silêncio interior.
A interioridade é um estado de transparência.
A interioridade é um estado de Unidade.
A interioridade é um estado de paz.
O exterior é um olhar de guerra, porque a exteriorização, nesta dimensão, é um parto penoso, ilusório.
Mas o conjunto dos humanos exteriorizou tanto que chegou, em sua totalidade, há tempos muito antigos, a cristalizar, a densificar esta exteriorização na qual os seres humanos vivem hoje.
Não há salvação no exterior de vocês.
Não há certezas no exterior de vocês.
Não há unidade possível no exterior de vocês.
A unidade, a paz são assuntos interiores e exclusivamente interiores.
A transcendência, a elevação, a ascensão (palavras hoje tão empregadas) é possível apenas na total adequação e identificação com seu ser interior.
Como vocês sabem que estão na interioridade?
Vocês estão na interioridade quando passam da distância à coincidência, quando passam da separação à unificação, quando passam da guerra à paz (consigo mesmo e com todos os outros), quando passam da dualidade à unidade interior.
Quando vocês passam do ego ao coração, a paz está em vocês.
Nenhuma afecção, nenhuma perturbação exterior pode vir desvanecer (ou diminuir mesmo) o interior e a unidade que vocês são.
A interioridade, o coração, é a única busca que pode conduzi-los, de maneira definitiva, para além dos jogos da ilusão, da posse, desta dimensão.
Vocês foram criados livres.
Nós fomos todos criados livres.
Nesta densidade nós nos cremos fechados.
Eu repito, nesse nível trata-se apenas de uma crença que se perenizou, cristalizou-se de vida em vida, a fim de adquirir uma tal certeza que ela vem opor-se à evidência de sua divindade.
Vocês sabem, por outros instrutores, que vocês vivem, nesses momentos mesmos, um período de graça, um período em que a promessa de seu juramento, de sua eternidade, ia despertar-se em vocês a fim de que vocês pudessem, de maneira lúcida e livre, decidir sua orientação, seu caminho, sua estrada para os ciclos a vir.
O risco é não estar na escuta do ser interior daquele que sabe e, portanto, não fazer a distinção entre o que quer o ego e o que quer a unidade.
Não há, aí, diabo exterior a você mesmo.
Há apenas o mental que diaboliza, que os inunda de palavras (e de pensamentos mesmo) a fim de afastá-los do lugar onde ele não existe e onde, no entanto, vocês são inteiramente.
Esse lugar é sua divindade, onde a evidência é transparência, onde tudo é resolução, onde tudo é solução e onde tudo é Luz, amor, harmonia e facilidade.
Quando uma coisa é difícil, ela pode ter vocação a tornar-se o centro. Isso é válido nas rodas da encarnação que ocorrem fora dos períodos de início e de fim de ciclo.
Hoje isso é diferente.
Vocês sabem, vocês percebem, vocês leem, vocês ouvem, vocês veem manifestações exteriores opostas à emergência da Luz.
Tudo o que foi criado em negação do princípio de Luz e de unidade sobre esta Terra deve tender a apagar-se diante do apelo da Luz.
O que é o apelo da Luz?
É o momento em que o conjunto do planeta tem encontro.
Essa hora pode ser chamada, sem conotação negativa alguma, a hora do julgamento final.
A hora do julgamento final é uma visão metafórica que ilustra o momento das escolhas e da exteriorização das escolhas, a fim de iniciar novos ciclos de vida e novas experiências para além desses mundos divididos e limitados nos quais alguns de vocês evoluem desde muito tempo.
Essa hora é agora.
Essa hora é nessas horas que vocês vivem.
A Luz autêntica e eterna vem bater à porta de seu ser interior para lembrá-los do que vocês são: seres de Luz que penetraram a matéria pelas próprias crenças e própria determinação de querer elevar, espiritualmente, esta matéria.
Essa foi uma promessa, esse foi um caminho, esse foi um momento (uma eternidade, dirão alguns), mas há momentos em que os caminhos terminam.
Há momentos em que é preciso saber começar um novo caminho, colocar escolhas, mas também colocar atos em acordo com essas escolhas.
Colocar atos conformes ao que grita o coração, ao invés do que aquilo que seduz o mental.
Vocês estão nesse momento, vocês estão na encruzilhada dos caminhos, na encruzilhada dos mundos, na encruzilhada do último momento.
Não se demorem numa visão exterior do fenômeno.
Contentem-se de cultivar o silêncio interior.
Ele é um bálsamo, ele é aquele que pode tudo, ele é a solução, ele é o caminho.
O período de agora é um período de grande agitação.
Certamente vocês estarão todos agitados, mas aqueles que resistirem serão aqueles que estarão consolidados solidamente no coração, na própria unidade, aqueles que deixarão a ação ligada ao estado de transparência tomar a dianteira sobre a ação do mental que divide e que separa.
O silêncio, esse estado de consciência específico, está hoje às suas portas.
Cabe a vocês apenas acolhê-lo, recolhê-lo, permitir a ele crescer e ornamentar.
Cabe-lhes, e vocês sozinhos podem fazê-lo, dizer «sim» ou «não».
Gostaria, agora, de abrir um espaço de reflexão comum sobre essa noção.
Questão: para quê nos serve então a palavra, dada a importância do silêncio?
A palavra, a agitação do ar, existe apenas nesta dimensão dividida e separada.
Ela vem compensar a falta de comunicação direta, de essência a essência, ou de interior a interior, que é a regra comum em outros espaços dimensionais superiores a esta dimensão.
A palavra é de ar.
A palavra pertence à vibração desta dimensão.
Ela manifesta para o exterior o que vocês gostariam de mostrar ao exterior e, em caso algum, a verdade.
A palavra torna-se verdade apenas naqueles que se juntam à própria unidade.
A palavra, as palavras, dividem, separam.
A palavra e as palavras pertencem à análise, à sentença, ao julgamento.
Elas podem também pertencer realmente à expressão da unidade, mas, então, essa palavra torna-se clareza.
Ela não pode, em caso algum, ferir.
Ela não pode, em caso algum, trair.
Mas a palavra é raramente utilizada deste modo, nesta dimensão.
A palavra é utilizada para seduzir, enganar, iludir e mentir.
Aí está porque é tão importante cultivar o silêncio, porque o silêncio não pode mentir, porque o silêncio não pode enganar, porque o silêncio é especificamente o lugar onde manifesta-se a Luz.
Eis agora a resposta à sua questão pela vibração da Luz.
Questão: a verdade de nosso coração pode ser partilhada simplesmente com o sorriso?
Sim, mas de maneira não absoluta.
Se o sorriso vem do interior, então, ele participa da unidade.
Esse sorriso exprimido não é mais, então, a expressão manifestada, na reação, em sinal de reconhecimento ou em qualquer outro sinal.
Mas esse sorriso é o sorriso da felicidade.
Trata-se de um estado de ser específico daquele que deixa emergir em si a alegria do Pai, a alegria da Luz, a alegria da unidade.
Então, sim, esse sorriso que sai, naquele momento, é Verdade.
Eis a resposta do silêncio.
Questão: como chegar ao silêncio quando se é assaltado pelos pensamentos?
Os pensamentos são, geralmente, a expressão do mental.
A partir do momento em que vocês decidem ir para o silêncio, obviamente, o silêncio não está ali.
Um fluxo incessante de pensamentos criados pelo mental vem aflorar à sua consciência.
Entretanto, se vocês perseverarem, muito rapidamente e extremamente facilmente vocês verão que o fluxo em intensidade e em frequência desses pensamentos irá diminuindo.
Virá um momento em que o silêncio estabelece-se realmente.
Quando esse silêncio estabelece-se realmente, no interior do coração, certo número de processos energéticos produz-se, que ilustram que vocês tocaram o objetivo.
Quais são esses sinais?
Eu não descreverei as manifestações energéticas que são bem conhecidas.
Eu me limitarei, sobretudo a dizer-lhes, com palavras, que, quando vocês tocam realmente o silêncio interior, produz-se em sua consciência (e mesmo em seu mental) uma imersão progressiva na unidade e na paz.
Essa imersão progressiva na unidade e na paz foi chamada «estado místico», «graça interior» e, no Oriente, Samadhi.
As palavras que podem mais descrever esse estado de ser são as seguintes: trata-se de um estado de estremecimento, de um orgasmo, de união mística, cujo centro e a explosão não estão situados ao nível da esfera genital, mas da esfera cardíaca.
Aproximar-se da unidade, tocar a unidade confere as modificações que nada pode confundir porque, naquele momento, reconectada no silêncio, a divindade e a interioridade que são as suas, acompanham-se de um sentimento que está além da emoção.
Esse sentimento apresenta-se mais como uma certeza.
Qual é essa certeza?
A evidência da eternidade.
A evidência da Luz autêntica.
A evidência de que isso é verdadeiro.
É algo que se impõe a si mesmo sem reflexão, sem lógica, porque no momento em que o silêncio se estabelece, vocês abrem um espaço no qual penetram, onde nada mais pode ser como antes.
Naquele momento vocês vivem um estado de consciência a nenhum outro similar.
Assim que ele se afasta de vocês (o que quer dizer que a unidade afasta-se de vocês) vocês percebem, no interior de seu ser, uma ruptura e uma falta extremas.
Esse estado, uma vez tocado, não necessita mais de esforço para tocá-lo, porque ele se torna sua evidência, seu estado, sua referência.
Esse estado foi vivido e descrito por numerosas pessoas na história humana, com palavras diferentes, com experiências por vezes diferentes, mas a finalidade é sempre a mesma: realizar o Pai em si, despertar-se, despertar-se e revelar-se à própria Luz, à própria Fonte e à própria autenticidade.
Questão: durante a vida noturna é o ser interior que se manifesta ou há ainda interferências da personalidade?
Há múltiplos níveis de intervenções em suas noites e em seus períodos de sono.
Tudo é possível.
Mas o acesso ao silêncio interior deve ser feito (e não se faz de outro modo) apenas no estado de despertar, mesmo se, num tempo ulterior, vocês possam viver esse estado durante suas noites.
Mesmo se durante algumas de suas noites sejam-lhes propostas experiências que os aproximem desse estado interior.
Questão: o que é dos cantos sagrados, uma vez que eles utilizam também a palavra, mesmo se ela vem do coração?
Tudo o que é verbalizado, pela palavra ou pelo sopro (seja a língua falada, seja o canto) participa, efetivamente, no canto sagrado, no canto inspirado, de trampolins vibratórios que aspiram a alma, literalmente, para o alto.
Mas quando a música para, o canto sagrado para, a consciência recai.
Não existe, ou então é uma experiência rara, acesso à divindade por uma palavra ou por um canto.
A experiência de um nível não é a criação do nível.
Ver a Luz não quer dizer ser a Luz, porque o fato de ver é um ato exterior.
Enquanto vocês permanecem no ver, vocês permanecem na exteriorização e na manifestação.
Trata-se, portanto, apenas de um reflexo ou de uma reação, se preferem.
O silêncio é simplesmente a qualidade a mais propícia e a chave a mais fácil para aceder ao ser interior.
Porque o acesso, quando tiver ocorrido uma vez, reproduzir-se-á à vontade e naturalmente, ou seja, sem esforço e sem exercícios.
O momento, eu repito, em que vocês tocam sua própria interioridade é um momento observável entre todos, porque ele conduz a viver e a experimentar a unidade, a transparência e o amor.
Questão: a simplicidade de ser é outra chave, como é o silêncio?
Eu diria que a simplicidade, verdadeira e autêntica, decorre do silêncio.
A simplicidade é uma chave, mas trata-se, eu diria, de uma chave lógica e, portanto, mental.
A simplicidade, em contrapartida, que decorre do estado interior daquele que encontrou a própria interioridade é uma garantia da realidade de sua vivência.
Mas a simplicidade sozinha não pode conduzir à Unidade.
Questão: a alegria e o entusiasmo não são a expressão do silêncio interior e, portanto, é correto encorajá-los?
A alegria é provavelmente a manifestação a mais autêntica da interioridade, mas trata-se de uma alegria que não está ligada a circunstâncias exteriores.
É uma alegria interior que toma sua fonte nesse retorno à Unidade e nesse retorno à interioridade.
O entusiasmo é muito louvável, mas é sempre colorido pela emoção.
Há o risco, com o entusiasmo, de recair ao nível do ego e da pessoa.
O entusiasmo é uma energia que projeta para o exterior e que pode, em alguns casos, afastá-los do silêncio interior.
Questão: como se situa o sentir em relação à intuição?
O sentir é colorido por sua própria rede de leitura mental ou outra.
O sentir lhes dá o que está em acordo com vocês, com vocês na manifestação e, portanto, não na unidade e, portanto, não na interioridade.
O sentir é necessariamente colorido por suas convicções, suas crenças, suas certezas e suas esperas.
Ele pode ser correto e será de todo modo sempre correto em relação a você mesmo, mas seu sentir não pode ser uma lei geral, ele lhe pertence, ele é o seu.
A intuição não é o sentir.
A intuição é o que está ligado diretamente à unidade e à interioridade.
A intuição é uma evidência, por vezes visual, por vezes sem imagens.
Ela se impõe, a intuição, como uma evidência além do sentir, ela é, portanto, ligada diretamente à unidade e à interioridade, o que não é o caso do sentir.
Questão: o que você entende por «julgamento final»?
O julgamento final é um momento em que é preciso passar em revista, examinar o caminho percorrido com lucidez.
Não há juiz.
Vocês não serão jamais julgados, exceto por si mesmos.
Por si mesmos, não ao nível da pessoa, mas ao nível da alma, pela consciência (não pela consciência limitada ligada ao mental, mas pela consciência total liberada do mental).
O julgamento final é o exame, a revisão, a passagem, a ascensão, a revelação e a compreensão para além do intelecto.
É a revelação de sua divindade, não através das palavras, mas através da realidade da energia e da consciência.
É o momento da colheita.
É o momento, se o desejam, da liberdade reencontrada.
É o momento, se o desejam, de voltar à Luz e para a Luz.
O julgamento final é, antes de tudo, um estado interior que, obviamente, traduzir-se-á pelos acontecimentos visíveis ou pela realidade exterior desta dimensão.
Esses acontecimentos, se existem, são apenas o reflexo do que vocês vivem no interior.
Questão: viver uma EQM (ndr: Experiência de Quase Morte ou Experiência de Morte Iminente) remete a viver o julgamento final?
O que vocês chamam EQM é uma experiência múltipla que permite atingir diferentes limiares.
Alguns viram a Luz ao longe.
Outros, mais raros, aproximaram-se dessa Luz.
Outros, ainda mais raros, tiveram a chance de estar na Luz.
Outros, ainda mais raros, tiveram a chance de ir do outro lado da Luz, no pensamento puro que precede o aparecimento da Luz.
A experiência EQM pode fazê-los fazer irrupção na totalidade da experiência ou pará-los num limiar.
Entretanto, ela marca de maneira indelével a alma, do mesmo modo que o reencontro com a Luz (tornado possível pelo silêncio interior que abre a porta da interioridade) é também uma experiência inolvidável que não pode desaparecer.
É preciso diferenciar, de maneira formal, o que é do domínio da experiência do que é do domínio do nível de consciência.
Fazer a experiência de um nível de consciência é, certamente, já único, mas não é a finalidade.
Há uma diferença essencial entre viver a experiência e tornar-se a experiência, entre tocar com o dedo, ver no exterior e tocar com o coração e viver no interior.
Há uma gradação até o momento em que a gradação termina.
Naquele momento, vocês sabem que entram na evidência e têm a visão panorâmica de todas as etapas que viveram para chegar naquele momento.
Mas esse momento é visível, não temam.
Se vocês se colocam a questão é que vocês ainda não estabilizaram ou viveram esse estado interior.
Esse estado interior é um estado de Luz, um estado de Unidade, um estado de transparência, de paz e de alegria.
Ele não pode ser confundido com outras experiências ou com outros estados atingidos, porque sua alma sabe, porque seu Espírito sabe e porque sua personalidade não pode ali sobreviver.
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Bem amados irmãos na encarnação, vou propor-lhes agora viver juntos um momento de silêncio, no recolhimento, na atitude interior de acolhimento e de benevolência.
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Versão do francês:
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