segunda-feira, 6 de junho de 2011
Ouçam a Voz que clama no deserto, diz ela:
"O deserto já não é, no vale onde havia secura e aridez agora largas correntes se estendem, inundando todo o espaço.
Minha Voz antes solitária agora é acompanhada de multidões, firmes, inabaláveis.
Ouvide e vede que raia um Novo dia!
Desvanece a bruma!"
A mente está sempre a perguntar "por que?
qual a razão?"
Sempre a atribuir utilidades para tudo, cada átomo, cada galáxia. Utilidades, utilidades.
Mas aquilo que chamam de Espírito, aquilo que aparece como um Vazio para a mente, isto não pode ser apreendido nem tampouco compreendido em termos de utilidade.
E ainda assim, a mente arrogante em suas tresloucadas ilusões crê manipular e usar o Espírito.
O reino do Espírito não pertence a esta esfera, embora silenciosamente ele a perpasse e a transcenda.
Oh mente! Cala ante o Mistério.
Irmãos, a sanidade tão bem zelada deve ser abandonada.
Este papel que vocês desempenham e creem ser a vossa realidade deve ser abandonado.
Apenas neste Vazio pode se estabelecer, ou melhor, se desvelar a Realidade de todas as Eras: Eternidade.
Cortem o fio, permitam-se ser levados, embalados nesta Onda. Aceitem deixar para trás sanidade, controle, utilidades...
Nada disso faz sentido onde reina o Um.
Tudo isto perde forma, cor e som quando imerso na Sinfonia que nunca se altera mas é sempre Nova.
A terra entra em êxtase, os Céus se abrem para permitir o Encontro, o único.
Momento glorioso, tão esperado, anseio mantido oculto sob os véus das crenças, sim, pois no cerne desta consciência, mesmo fragmentada, manteve-se este anseio pelo Desconhecido, esta obsessão pelo Mistério, pelo fundir-se em si mesmo.
O momento chegou.
Não há mais desculpas, não há mais demora, não há mais o que esperar.
Luz!
Reconheça seu estado Eterno e dispasse dos trajes imperfeitos.
Eis que o Noivo se aproxima.
Não importa se a lamparina não tem óleo, não importa se o caminho parece escuro, lance-se ao Encontro do Bem Amado.
O que crês ser não é senão o pálido reflexo da Realidade.
Abandono, abandono!
Esta é a hora e o lugar: Aqui e Agora.
Bençãos e Paz,
Antena Proteção
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