domingo, 25 de dezembro de 2011
É fácil ajoelhar-se e reverenciar algum ser admirável.
Difícil é seguir o seu exemplo e tornar-se admirável também.
A devoção cega leva à estagnação do discernimento.
No entanto, a admiração sadia leva ao trabalho e ao crescimento consciencial.
Adoração cega não é amor, é ilusão emocional.
Pois o amor real leva ao progresso e ao compartilhamento de atitudes sadias e desprovidas das presilhas psicológicas do apego.
Reverenciar o Alto para evoluir e ascender é ótimo.
Porém, devocionar o Alto para rebaixar-se e somente encostar o próprio discernimento na exacerbação emocional densa é complicado.
Amar o Divino não significa deixar de discernir.
Gostar de algum Ser de Luz elevado não significa "fechar pacote" com alguma doutrina criada na Terra.
Amar o Divino, e não ao próximo, é inversão de valores.
Entretanto, amar o Divino percebendo-O no próximo, seja quem for, e em si mesmo, é sempre motivo de intensa alegria.
P.S.:
Admirar, para crescer.
Amar, para compartilhar.
Saber, para ensinar.
Abrir a mente, para aprender.
Serenar o coração, para sintonizar a paz.
E reconhecer que mestre e discípulo, velho e criança, homem e mulher, espírito e corpo, tudo é expressão do mesmo UM IMANENTE, Causa, Glória e Vida de todos.
O Todo está em tudo!
(Tudo é Ele... Tudo é Ele... Tudo é Ele!)
Paz e Luz.
- Wagner Borges -
São Paulo, 02 de dezembro de 2003.
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