07/03/2012
(Parte II de V) –
Crop Circles, Alinhamentos Planetários, Nibiru, Elenin
Parte I: AQUI
Crop Circles – Achei o ponto alto da palestra, foi realmente bem interessante.
Como já mostrei aqui no blog, existem naves extraterrestres localizadas no astral da Terra e em zonas mais intermediárias (entre os planos físico e astral).
Pra quem não conhece o trabalho do Carl Sagan, citado na palestra, vale a pena ver o filme “Contato” e conhecer um livro onde ele fala sobre a evolução da inteligência humana na obra “Os Dragões do Éden”.
Sem dúvida os crop circles são formas de comunicação utilizadas por essas naves que temporariamente podem se materializar e realizar esses desenhos nos campos abertos, sobretudo em plantações de trigo.
A única restrição ou ressalva que deve ser feita é que nem todas as naves astrais são de espíritos bons, acreditar nisso seria o mesmo erro que muitos religiosos cometem ao crer que todo espírito que se comunica é do mal.
Se nas canalizações vemos uma enormidade de espíritos mal intencionados e galhofeiros se manifestando, mesmo com bons espíritos se manifestando, não seria diferente com a comunicação via crop circle, sobretudo numa região como a Europa onde se sabe existe uma grande quantidade de débitos kármicos a ser resgatado.
Supor que apenas naves de ETs (que nada mais são do que espíritos vindos pra Terra de outros orbes) bonzinhos estão deixando comunicados seria muita ingenuidade, talvez venha daí a explicação de muitos desenhos ainda sem qualquer sentido mais claro ou pior ainda, dando a entender que possa existir algum apocalipse em 21 de dezembro de 2012.
Alinhamento planetários de longa duração agindo sobre a Terra e causando grande terremotos –
Esse é um dos temas da palestra.
É possível, afinal sabemos que o sistema solar é uma engrenagem e esses alinhamentos de grandes massas planetárias poderiam causar alterações no campo magnético terrestre e talvez causar terremotos e/ou vulcanismos mais severos.
É sem dúvida uma teoria que merece ser melhor estudada, na minha opinião.
Quanto a questão do Elenin ter realizado alguma ação de influencia sobre grandes terremotos ou tsunamis eu acho improvável, em virtude da pouca massa física somada a enorme distância que ele passou da Terra.
Inclusive muitos dos supostos alinhamentos planetários com o Elenin (alguns até citados na palestra) eu comprovei que sequer existiram, como pode ser visto nos dois posts sobre o elenin que eu coloquei no blog, no auge do “temor apocalíptico” dos teóricos da conspiração:
Nibiru e Elenin – Sem a menor dúvida é a parte que precisa ser bem comentada, pois encontra gravíssimos erros de análise.
Vamos começar de 1 hora e 34 minutos quando o palestrante fala sobre o telescópio do pólo sul, e fala em 1hora 35 minutos e 13 segundos em “fotografias tiradas desse telescópio” e mostra essas fotografias em seguida,
como algo vermelho sendo o temível Nibiru.
Vamos então começar do começo: esse telescópio (na verdade um radiotelescópio como veremos nesse texto) foi construído pra estudar a matéria escura do Universo, que é uma força gravitacional responsável pela expansão do Universo.
E porque na Antártica, nos confins do pólo sul, foi construído esse radiotelescópio?
Simplesmente porque naquela região é o melhor local pra se observar comprimentos de onda em milímetro, mais especificamente a radiação cósmica de fundo, uma espécie de “radiação fóssil” do que sobrou do Big Bang, radiação que fica entre o infravermelho e as ondas de rádio, ou seja,
esse radiotelescópio detecta as pequenas variações de comprimento dessa radiação.
As fotos que conhecemos surgem através da captura de luz com comprimento de onda na faixa visível do espectro eletromagnético, ou seja, o que o olho humano consegue captar.
Já as radiações milimétricas, ou seja, em comprimentos milimétricos de onda,
que o telescópio do pólo sul capta não são visíveis a olho humano, ou seja, o telescópio do pólo sul não tira fotos, ele capta dados de uma radiação invisível aos nossos olhos, sendo que essa radiação é absorvida pela água, ou seja, pra fazer essas observações o ideal é estar em um local com baixíssima umidade e céu claro.
Por isso mesmo que existe um outro radiotelescópio com objetivos semelhantes instalado no deserto do Atacama (Chile) o Atacama Large Array,
não tem nada haver com ser no pólo sul especificamente pra ver “algo vindo de baixo”
Como surgiram então as imagens mostradas pelo palestrante como sendo uma suposta fotografia de Nibiru?
Vamos à história: em janeiro de 2008 um cidadão lançou um vídeo no youtube com as fotos apresentadas na palestra, fotos do suposto Nibiru,
tiradas pelo radiotelescópio do pólo sul.
No dia seguinte, o vídeo foi excluído do youtube e um tempo depois o pretenso autor do vídeo disse que seu vídeo havia sido deletado pelo youtube por razões de segurança nacional (na verdade o vídeo foi deletado porque o autor afirmou de forma indevida que as fotos eram do telescópio do pólo sul)
Mas essas fotos não são do telescópio do pólo sul como nos informa o palestrante?
Voltando a explicação inicial, o telescópio do pólo sul, que é um radiotelescópio, ou seja, ele não capta luz, mas sim ondas curtas, milimétricas. Apesar de ser possível criar imagens a partir dessa captação, o
radiotelescópio não capta cores.
Dessa forma a teoria apresentada pela pessoa que fez o vídeo de 2008 é falsa,
ao falar que o telescópio do pólo sul captou imagens de um planeta vermelho com um pontinho preto.
Os rádio telescópios que trabalham nessa faixa do espectro eletromagnético (como o do pólo sul e do Atacama) , assim como o IRAS (que atua na faixa de infravermelho) foram feitos pra captar ondas milimétricas, vasculhar nuvens de poeira e não pra buscar planetas e fotografá-los.
Outra questão é que se alguém, por acaso, tivesse descoberto esse suposto planeta certamente deixaria algumas coordenadas junto das imagens para que outras pessoas também pudessem pesquisar e não apenas jogar na internet uma imagem e dizer que veio de um mega telescópio pra dar alguma credibilidade.A imagem não pode ter vindo do telescópio do pólo sul, ou seja, é falsa,
provavelmente é alguma imagem manipulada com imagens conseguidas por algum telescópio amador, sobrepondo duas ou mais imagens em um fundo escuro, algo facilmente feito em qualquer programa de edição de imagem.
Não seria a primeira vez que teóricos da conspiração interpretam essas imagens de planetas ou estrelas como se estas fossem do imaginário Nibiru.
A imagem abaixo ficou famosa por muito tempo como sendo uma suposta imagem de Nibiru feita pela NASA.
A imagem realmente é da NASA, do telescópio Hubble, de 2002, mas não de Nibiru, mas sim da estrela V838 Monocerotis
A imagem agora tratada por computador (famosa inclusive por ser utilizada por um navegador da internet, de forma estilizada, como seu próprio símbolo):
Continua na parte III, que será publicada quarta feira, dia 14 de março, as 22:14
Comunidade Profecias 2036 no Orkut:
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