SEGUNDA-FEIRA, 9 DE ABRIL DE 2012
Para quem ainda não viu, recomendo com louvor,
o filme comentado abaixo pelo crítico Thiago
Siqueira.
O comentário é bastante fiel, com exceção
apenas do rótulo de ficção científica,
típico de quem não conhece ou não quer aceitar
as evidências da existência de um comando maior e nega a realidade de que, o
que está acontecendo no planeta já não é mais ficção científica há muito tempo.
São seres que estão infiltrados entre nós e
agindo em todas as áreas,
principalmente em Hollywood, de onde tem
enviado as suas constantes mensagens, que são confortavelmente chamadas de
ficção científica, até as pessoas estarem prontas para aceitarem a verdade.
O pior cego é o que não quer ver...
Livre-arbítrio é o foco do surpreendente filme:
Os Agentes do Destino.
Thiago Siqueira
Romance, ficção científica e espiritualidade se
misturam neste interessante primeiro longa do diretor George
Nolfi.
Um dos aspectos que faz a vida interessante é o
livre-arbítrio.
Tanto erros quanto acertos são nossos para
cometer. No entanto, alguns fatos na vida acontecem ou deixam de acontecer de
um modo tão sincronizado que é difícil não acreditar em destino.
Chamemos de lei dos números grandes ou lei de
Murphy, sempre tentamos encontrar uma explicação lógica para tais
fatos.
É neste ponto que “Os
Agentes do Destino” finca sua trama.
A trama acompanha o político David
Norris (Matt Damon),
outrora favorito para uma vaga no senado americano que vê sua campanha
naufragar após um escândalo.
Prestes a dar o seu discurso de admissão de
derrota, ele acaba inspirado por um encontro inesperado com a livre e bela Elise (Emily
Blunt), que acaba revigorando sua carreira pública.
Algum tempo depois, os dois se reencontram e a
química entre eles é simplesmente inebriante.
No entanto, David e
Elise não foram feitos para ficar juntos, sendo o destino deles
permanecerem separados.
Pelo menos é o que dizem os misteriosos homens
de terno e chapéu, que encurralam David na mais estranha das circunstâncias.
Eles farão de tudo para manter tudo de acordo
com o plano de seu misterioso Chefe, mesmo que isso signifique apagar (deletar,
formatar) tudo que David é e
poderá vir a ser.
Daí temos os antagonistas, que são os Agentes
do título.
Não utilizo a palavra “vilões” porque
ela simplesmente não se aplica.
O grupo segue instruções bem específicas para
manter o mundo em um rumo mais aprazível, sendo inevitável que se envolvam
negativamente na vida de uma pessoa ou outra.
Os caminhos são traçados de modos misteriosos.
O conceito criado é deveras interessante e
utilizado de maneira inteligente pelo filme.
As limitações dos agentes e o uso das portas (que me
remeteu à “Matrix Reloaded”.) também
geram eficientes momentos de tensão na narrativa.
Fora que os atores escolhidos para interpretar
os Agentes que ganham destaque no filme não poderiam ser melhores, cada um
emprestando particularidades marcantes para seus personagens.
Em seu primeiro trabalho no comando de uma
película, Nolfi começa com o pé direito sua carreira na
direção, mostrando saber conduzir cenas de perseguições fantásticas e imprimir
muito bem um clima de paranoia quando necessário.
A fuga de David no ato
final do filme é fantástica, ajudada por um trabalho de montagem bastante
eficiente.
Econômico, o diretor consegue ressaltar de modo
visual a natureza de determinados personagens com tomadas aparentemente
simples.
Exemplos disso são os momentos que exibem um David
solitário em meio a um salão imenso e o diálogo entre o herói e Thompson, com
este último surgindo de um modo quase fantasmagórico.
Alguns acharão que a conclusão do filme peca
por ser um exemplo claro de deus ex machina.
No entanto, ela é bastante condizente com a
mensagem que o longa tenta transmitir o tempo todo: todos nós somos capazes de
fazer o nosso próprio destino.
Por mais boba que seja essa lição, muitas
pessoas tendem a esquecer dela.
Recomendado.
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Boba???
Como assim?...
Acho que ele quis dizer óbvia,né?
Pois de boba é que não tem nada.
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