SEGUNDA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2012
Por
Aline Bitencourt
Ao ouvir um CD que eu comprei em 2008, quando eu passava por
período de intensas transformações, eu logo me lembrei de como eu era naquele
momento.
A música tem a capacidade de fazer a gente viajar
interdimensionalmente.
Então, enquanto respirava aqui, podia reviver o que eu sentia na
primeira vez em que eu ouvi este CD.
Foi tão marcante ouvir e sentir o chamado para despertar com
consciência pela primeira vez.
E essa lembrança me fez perceber que eu já estou em outra vida,
dentro do mesmo corpo.
E é muito comum quando a gente passa a viver outra vida, dentro
da mesma existência, notar a diferença da nossa aparência numa foto tirada há
algum tempo.
Mas não é só a aparência que está mudada.
O nosso olhar muda, a nossa energia muda, a nossa consciência se
abre cada vez mais.
Então, percebendo o meu Eu velho e o meu Eu de agora, me veio a
analogia da flor.
Isso pode soar até meio piegas, mas é assim que eu pude perceber
como a consciência humana se abre.
Uma parte minha questionadora se pergunta: mas pra que
mesmo a gente precisa se expandir?
Ah, daí que entra a metáfora da flor.
Por que uma
flor se abre?
É da sua natureza de ser flor.
Assim, na natureza há vários tipos de flores, umas maiores,
outras menores, umas delicadas, outras que nem parecem mesmo flores,
espinhosas.
Mas todas são flores, não importa como elas sejam.
E cada flor tem sua forma própria de viver, seu
ritmo.
O que elas têm em comum: seu aspecto de ser flor e, portanto,
mais cedo ou mais tarde, todas as flores desabrocham.
Vejo quantas vezes eu já me espantei com a atitude das pessoas e
com a minha própria atitude.
E, na falta de compaixão, duvidei que dentro de cada ser há esse
“aspecto-flor”.
Mas, sim, todos nós somos flores, diferentes flores, com
diferentes movimentos de desabrochar.
Algumas flores se abrem com graça e facilidade.
Outras, nem parecem que estão se abrindo e quando se percebe,
ah, eis que surge uma bela flor!
Muitas vezes, o movimento da flor é sofrido, leva um tempo.
Mas, a nossa verdadeira Natureza é tão compassiva, tão paciente.
Não há mesmo um tempo ideal para a flor se abrir.
Mas, temos a certeza de que ela se abrirá.
Por isso, não é preciso forçar a natureza, nem mesmo nos cabe
comparar o nosso ritmo com o dos outros.
Somos flores únicas e, por isso, com um jeito próprio de
experimentar o nosso desabrochar.
Só nos resta, então, curtir cada etapa do nosso despertar, com
aceitação, com compaixão por cada momento de nossa vida.
Não importa como o desabrochar se dá, mas ele é lindo por
natureza.
Celebremos essa dádiva que está presente em cada um de nós.
Um abraço a todos, com o perfume amoroso do meu Eu-flor...
Aline Bitencourt
Texto enviado por
Thais Marzagão.
Grata Aline por autorizar a publicação de seu texto, amei!
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