SÁBADO, 16 DE JUNHO DE 2012
UMA
REORGANIZAÇÃO DIVINA
Mensagem
de Julie Redstone
15 de
Junho de 2012.
Amados,
Muitos pensam que a raiva é um instinto fundamental relacionado
com o ser humano, e esta percepção é tanto correta, quanto incorreta.
A raiva é uma conseqüência da necessidade do ego de criar a
auto-proteção, uma vez que a proteção Divina não mais parecia estar disponível
ou presente.
O ego, instituído como o agente interno da autoproteção e do
autocontrole, quando confrontado com o desamparo, procura recuperar o poder e o
controle, através da liberação da poderosa energia da raiva, que mobiliza as
defesas próprias contra um inimigo ou ameaça percebida.
Neste sentido, a raiva é um agente de mobilização que tenta
assegurar que se seja bem defendido e protegido dos danos.
Entretanto, a raiva como uma defesa contra o desamparo, não é a
definição do que significa ser humano, exceto no nível em que o ego se presume
como a autoridade sobre o que é esta definição.
Enquanto as almas encarnadas evoluem durante o seu tempo na
Terra, uma nova definição de “ser humano” entra em jogo, uma
definição que tem mais a ver com o relacionamento com o Espírito do que com o
ego.
De acordo com esta transição, uma nova maneira de lidar com o
desamparo precisa ser buscada, de modo que o desamparo não seja trazido ao ego
como o árbitro da proteção, mas sim levado à Deus como a Fonte de proteção.
Esta transição em lidar com o desamparo redefine a base sobre a
qual se encontra a raiva.
Pois se o desamparo pode ser levado à Deus como a Fonte de
proteção, então a raiva não tem mais base para existir.
Infelizmente, ainda que simples de dizer, isto é muitas vezes
difícil de fazer.
Pois muitos temem abrir mão da medida de controle e da
auto-capacitação que a energia da raiva oferece aparentemente.
Que há um preço a pagar para o uso desta energia nem sempre é
percebido, pois só se pode gerar conflito através do uso da raiva como uma
defesa, e não se pode gerar a paz.
E, além disto, não se pode gerar a verdadeira segurança através
da raiva, pois no próximo aparecimento do medo ou do desamparo na vida, a raiva
se manifestará novamente.
Por esta razão, aqueles que estão se movendo ao longo de um
caminho espiritual, precisam buscar uma nova forma de lidar com o desamparo,
uma maneira que permita que o desconforto e até mesmo a dor do desamparo sejam
sentidos, mas que sejam sentidos dentro de um contexto sagrado de Amor Divino.
Manter o desamparo em si mesmo, cria frequentemente a ansiedade,
a angústia e o medo do futuro, especialmente quando as energias da oposição e
da separação ampliam estes sentimentos.
Este não é o caso quando se leva o desamparo à Deus, pois então
se pode receber o fortalecimento que decorre de manter o desamparo no amor, em
troca da dádiva da confiança, da esperança e da entrega.
Muitos, no entanto, não confiam ainda neste acordo.
Eles temem o desamparo e se sentem sozinhos com ele.
Eles não se lembram de como levar o desamparo à Deus e assim,
eles aprovam a única defesa que eles conhecem, o que cria uma
maior sensação de capacitação, ou seja, tornam-se irritados.
Amados, esta defesa não é uma defesa real.
É um disfarce sobre o medo, do tipo mais frágil.
Pois mesmo que se esteja com raiva e em um momento seja reduzida
a sensação do medo e do desamparo, no momento seguinte estes sentimentos irão
retornar quando a vida se apresentar com condições semelhantes, levando a se
sentir impotente novamente.
A maneira de levar o desamparo à Deus é a maneira de levar a
própria dor a este Coração Divino que pode mantê-la junto ao coração humano.
Ao mesmo tempo, pode-se pedir para se sentir sustentado e
apoiado através da experiência, sabendo que nenhuma experiência chega ao ser
que não tenha uma dádiva maior de aprendizado nela.
Deve-se experienciar isto para saber a verdade disto.
Muitas vezes acontece, no entanto, por causa dos anos e
existências de separação percebida, que durante muito tempo não há suficiente
confiança ou disposição para lidar com o desamparo de outra forma que não seja
a de assumir o controle de si mesmo.
Nisto reside a escolha em relação à raiva e ao desamparo hoje,
ou seja, se alguém tomará uma decisão sobre como “estar” com
estes sentimentos a partir da perspectiva da alma, ou se irá escolher
perspectiva do ego.
A escolha do caminho da alma não é através do controle, mas
através da entrega, e isto é uma escolha que cada indivíduo deve fazer, de
acordo com a sua disponibilidade de liberar o controle em favor de algo muito
mais vasto e seguro.
Neste momento, muitos estão enfrentando esta escolha entre o
alinhamento com a alma ou com o ego humano.
Quando a alma for escolhida, a raiva irá desempenhar menos e
menos participação na experiência humana, enquanto o amor e o desejo da real
unidade com Deus e com os outros, desempenharão um papel cada vez maior,
chegando a ser o motivo dominante que reorganizará para sempre o cenário
emocional interior.
Enviada por Fada San
LUZ!
STELA
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