:Um trânsito de Vênus é a passagem astronômica do
planeta Vênus diante do Sol , visto da Terra , ocultando uma pequena par...
SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JUNHO
DE 2012
Ocorre quando o Sol, Vênus e a Terra se encontram alinhados.
Apesar de o diâmetro de Vênus ser quatro vezes maior que o da Lua,
aparece bem menor durante o trânsito devido à maior distância entre o planeta e
a Terra.
Antes da era espacial,
a observação dos trânsitos de Vênus era utilizada para calcular a
distância Terra-Sol pelo método da paralaxe.
Os trânsitos de Vênus estão entre os fenômenos astronômicos previsíveis
menos frequentes. Ocorrem numa sequência que se repete a cada 243 anos, com
pares de trânsitos espaçados de 8 anos, seguidos de longos intervalos de 121,5
e 105,5 anos.
Esta periodicidade é reflexo do fato de que os períodos orbitais da
Terra e Vênus mantêm ressonâncias próximas a 8:13 e 243:395.
Antes da ocorrência de 2004, o último par de trânsitos ocorreu em
dezembro de 1874
e dezembro de 1882.
No século XXI, o primeiro trânsito ocorreu em 8 de
junho de 2004 e o seguinte ocorrerá em 6 de junho de 2012.
Um trânsito de Vênus pode ser observado com segurança tomando-se as
mesmas precauções usadas nas observações das fases parciais de um eclipse solar.
Olhar diretamente para o disco brilhante do Sol (a fotosfera) com
olhos desprotegidos pode rapidamente causar danos oculares sérios e, com
frequência, permanentes.
Antigos observadores gregos, egípcios, babilônios e chineses conheciam
Vênus e registraram os seus movimentos.
Os primeiros gregos pensavam que as aparições noturna e matutina de
Vênus se constituíam de dois objetos diferentes, Hesperus, a estrela da noite,
e Phosphorus, a estrela da manhã.
Não há evidência de que qualquer dessas culturas sabia dos trânsitos.
Vênus era importante para as antigas civilizações americanas, em
particular para os maias,
que o chamavam Noh Ek, a “Grande
Estrela”, ou Xux Ek, a “Estrela Vespa”;
eles corporificavam Vênus na forma do deus Kukulcán (também conhecido como ou relacionado a Gukumatz e Quetzalcóatl em outras partes do México).
Os maias registraram o ciclo completo de Vênus no Dresden Codex (livro maia pré-colombiano do século XI ou XII),
mas, apesar do conhecimento preciso do seu curso, não há menção ao trânsito.
O trânsito de Vênus foi dado como tendo sido observado por astrônomos islâmicos
medievais. O sábio persa Avicena sustentou
ter observado o trânsito de 24 de maio de 1032.
Ele usou esta observação para demonstrar que Vênus estava, pelo menos
algumas vezes,
abaixo do Sol na cosmologia ptolomaica.Logo depois, ele escreveu o
Compêndio do Almagesto, um comentário sobre o Almagestode Ptolomeu, no qual ele concluía que Vênus estava
mais perto da Terra do que o Sol.
No século XII, o astrônomo andaluz Ibn Bajjah reportou ter visto “os dois planetas como manchas negras na face do Sol”.
No século XIII, o astrônomo Qotb al-Din Shirazi, do observatório de
Maragha, no atual Irã,
identificou a observação de Ibn Bajjah como trânsitos de Vênus e
Mercúrio.
Entretanto, Ibn Bajjah não pode ter observado um trânsito de Vênus, já
que nenhum ocorreu ao longo da sua vida.
A par da sua raridade, o interesse científico original na observação de
um trânsito de Vênus era que ele poderia ser usado para determinar o tamanho dosistema solar,
empregando-se o método de paralaxe e a terceira lei de Kepler.
A técnica envolvia fazer precisas observações da pequena diferença do
momento de início ou de término do trânsito em pontos bastante separados na
superfície da Terra.
A distância entre os pontos da Terra era então utilizada como base para
calcular a distância até Vênus e o Sol por triangulação.
Embora por volta do século XVII os astrônomos pudessem calcular a
distância relativa entre cada planeta e o Sol em termos da distância entre a
Terra e o Sol (uma unidade astronômica),
um valor absoluto preciso desta distância não tinha sido determinado.
Em 1627, Johannes Kepler tornou-se a primeira pessoa a predizer
um trânsito de Vênus, ao prever o evento de 1631.
Seus métodos não eram suficientemente precisos para prever que o
trânsito não seria visível na maior parte da Europa e, como consequência,
ninguém foi capaz de se preparar para observar o fenômeno.
5-6 de junho de 2012 | 22:09 5 de junho | 01:29 6 de junho | 04:49 6 de junho | Totalmente visível no Havaí, Alasca, Austrália, o Pacífico e Ásia oriental, com o início do trânsito visível na América do Norte. |
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