sábado, 16 de junho de 2012
O Homem
Que Foi a Vênus
Nós conhecemos pessoalmente a
Salvador Villanueva Medina, o homem que foi a Vênus.
Salvador não tem nada de fanático
nem de desequilibrado.
Salvador foi examinado pelos
psiquiatras e eles chegaram à conclusão de que este é um homem normal,
mentalmente equilibrado.
Salvador não vive de sua extraordinária
aventura nem tampouco do livro que escreveu intitulado Estive no
Planeta Vênus.
Este cavalheiro agora é mecânico de profissão,
arruma automóveis,
disso vive, nós mesmos estivemos em sua oficina
vendo-o trabalhar, é prático em cem por cento.
O domicílio deste cavalheiro não revelamos por
não ter autorização para dá-lo em um impresso.
Só nos limitamos a duas coisas: Primeira, dar testemunho de que este é um homem
absolutamente cordato dedicado a seu trabalho e à sua família.
Segunda, que este homem passou por uma aventura
formidável,
mas que não vive nela.
Salvador Villanueva Medina conta o que
aconteceu, e isso lhe tem dado muitos sofrimentos porque os patifes, os céticos
de sempre,
os imbecis, têm feito escárnio dele.
Salvador esteve em Vênus, fora de toda dúvida,
e cumpre com o dever de informar a seus semelhantes, embora estes se burlem
dele.
Quem ri do que desconhece está a caminho de ser
idiota.
Na segunda dezena do mês de agosto de 1953, Salvador,
conduzindo um automóvel rumo a Laredo, levava
uns "gringos" que desejavam retornar a seu país.
Tiveram de acontecer as peripécias mais
tremendas.
O carro se danificou, seus acompanhantes
decidiram retornar a um povoado próximo em busca de um guincho.
Enquanto isso, no silêncio da noite, Salvador
se meteu debaixo do carro com o propósito de consertá-lo.
Quando tentou sair debaixo do automóvel, ouviu
que alguém se aproximava, pois se escutavam passos na estrada.
Uma voz estranha lhe perguntou, em perfeito espanhol,
o que tinha acontecido com o carro.
Salvador não respondeu.
Encontrou-se frente ao homem estranhamente
vestido, de pequena estatura, com 1 metro e 20 centímetros aproximadamente.
O estranho uniforme do visitante, o rosto tão
branco como o marfim,
o cabelo comprido platinado e ondulado caindo
sobre seus ombros,
a perfeição de seu rosto etc., surpreenderam
tremendamente a Salvador.
Conta Salvador que este estranho visitante
levava um cinturão com perfurações das quais saíam estranhas luzes.
Salvador só se limitou a perguntar ao
misterioso personagem se era aviador.
O personagem respondeu que seu avião, como nós
o chamamos,
estava a pouca distância.
Ditas estas palavras, o personagem se meteu
entre a montanha.
Conta Salvador que, depois deste acontecimento,
resolveu dormir tranqüilamente no seu carro.
Não tinha passado muito tempo quando foi
despertado por fortes golpes dados no vidro da porta dianteira do lado direito.
Salvador abriu sua porta e foi grande sua
surpresa ao encontrar ao conhecido que vinha agora em companhia de outro
indivíduo semelhante.
Salvador os fez entrar em seu carro e conversou
com eles amplamente.
Aqueles personagens disseram vir de Vênus e
deram muitos dados sobre este planeta.
Disseram que, em Vênus, as ruas se prolongavam
sem fim, cheias de desníveis para evitar acidentes.
Em Vênus, os veículos não consomem combustíveis
nem vegetais nem minerais, pois são prejudiciais para os organismos.
Os venusianos utilizam a energia solar para
propulsar seus veículos.
Disseram-lhe que as banquetas, plataformas ou
calçadas das ruas não estão paradas, pois estão organizadas em forma de bandas
metálicas que se movem e economizam esforços aos transeuntes e que as pessoas
jamais ocupam o centro da rua, pois este é metálico e condutor da força solar
com que se impulsionam todos os veículos.
Disseram os venusianos que eles, em seu mundo,
tinham um só mar, mas que este era três vezes mais profundo que os nossos.
Salvador asseverou que, segundo nossos sábios
terrestres,
nenhum outro planeta podia ter habitantes
racionais.
Os
venusianos responderam:
"O que lhes faz pensar tal coisa?
Acaso os deficientes meios de que dispõem para fazer seus cálculos?
Não lhes parece muita pretensão acreditar que são os únicos seres que
povoam o Universo?"
Aqueles venusianos informaram amplamente a
Salvador sobre a vida de Vênus.
Dissiparam suas dúvidas lhe explicando que eles
criaram em Vênus mediante sistemas científicos especiais um clima artificial
uniforme ou benigno convertendo assim seu mundo em uma morada deliciosa.
Explicaram que, em Vênus, os meninos não vagam
pelas ruas, que o Governo os controla até que alcançam a idade adequada, que
lhes classificam de acordo com suas qualidades físicas e mentais e lhes
atribuem determinado lugar onde fazem falta.
Explicaram estes venusianos que, do mar, tiram
todos os elementos necessários para construir edifícios, confeccionar roupa,
fabricar veículos e uns 60% ou mais de sua alimentação.
Disseram que seus navios podem estar no ar ou
na água e que, no fundo do mar, existem gigantescas fábricas encarregadas de
selecionar e aproveitar cientificamente o pescado para sua alimentação.
Afirmaram os venusianos que, aqui em nosso
planeta Terra ficam alguns deles vestidos de compatriotas com o propósito de
estudar à humanidade de nosso planeta.
Dizem eles que a etapa histórica pela que nós,
os terrícolas,
estamos atravessando agora, viveram-na eles faz
muitos milhares de anos.
Eles também conheceram as guerras, os líderes
ardilosos da política, até que, por fim, nasceu a fraternidade.
Hoje em dia, não têm bandeiras.
Fizeram de seu mundo uma só Pátria e estão
governados por sábios que somente se limitam a aconselhá-los com sabedoria e
amor.
Salvador foi convidado pelos venusianos a
comprovar a realidade dessas afirmações.
Saiu do carro depois dos dois homens.
Meteu-se com eles na montanha e encontrou uma
majestosa nave em figura de esfera achatada que se apoiava em três bóias que
formavam um triângulo.
Diz Salvador que dita nave tinha, na parte
superior, um cabo ligeiramente inclinado para dentro, como de 1 metro de
altura,
circundado de buracos que semelhavam olhos de
boi como os que se usam nos navios.
Salvador penetrou detrás de seus acompanhantes
no interior da formidável nave cósmica que, segundo suas palavras, parecia uma
impressionante fortaleza.
Cinco dias esteve vivendo Salvador no planeta
Vênus, e retornou à Terra depois de ter verificado a realidade de todas essas
afirmações feitas pelos venusianos.
A civilização venusiana é milhões de vezes mais
avançada que a dos orgulhosos terrícolas.
Salvador relata o que viu, nos limitamos a
comentá-lo.
A Casa Philips examinou amostras de terra e de
plantas recolhidas no lugar onde Salvador encontrou a nave e descobriu uma
desordem atômica muito estranha dessas amostras.
Também se fotografou o lugar, pois ali ficaram
os rastros da nave.
O sábio Adamski ditou uma conferência sobre
este tema no Teatro Insurgentes do México.
Uma comissão alemã de cientistas se interessou
pela questão e visitou Salvador e estudou no terreno dos acontecimentos.
Não ficou dúvida alguma, porém os imbecis
seguirão rindo como sempre porque são imbecis.
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