domingo, 22 de julho de 2012

Estação Fraterna Francisco de Assis: Estranho portal conecta Terra ao Sol

sábado, 7 de julho de 2012
Estranho portal conecta Terra ao Sol
Estranho portal conecta Terra ao Sol
Portais magnéticos se abrem aproximadamente a cada oito minutos para conectar nosso planeta com o Sol.
Quando o portal se abre, cargas de partículas altamente energéticas podem viajar 150 milhões de km através da passagem, de acordo com cientistas espaciais.
O fenômeno recebeu o nome “evento de transferência de fluxo” ou FTE (de flux transfer event, em inglês).
Ele é real e ocorre com o dobro da freqüência que qualquer pessoa poderia imaginar.
“Dez anos atrás eu tinha certeza que eles não existiam, mas agora a evidência é irrefutável”, disse o astrofísico estadunidense David Sibeck.
Explosões dinâmicas
Os pesquisadores já sabiam que a Terra e o Sol deveriam estar conectados.
Por exemplo, partículas solares incidem na Terra constantemente por causa do vento solar e freqüentemente seguem as linhas do campo magnético que conectam a atmosfera do Sol com a terra firme.
As linhas do campo permitem que as partículas penetrem a magnetosfera da Terra; o escudo magnético que envolve nosso planeta.
Uma das hipóteses sobre a formação do evento é que o lado da Terra que está de frente para o Sol pressiona o campo magnético da Terra contra o campo magnético do Sol.
E a cada oito minutos os dois campos se conectam brevemente, formando um portal através do qual as partículas podem fluir.
O portal toma a forma de um cilindro magnético com a largura da Terra.
Mais de um FTE podem se abrir em um mesmo momento e eles ficam abertos entre 15 e 20 minutos.
Algumas medições foram feitas com sondas da Agência Espacial Européia e da NASA que voaram através destes cilindros e nas suas bordas.
Apesar das sondas terem conseguido medir a largura de um FTE o seu comprimento ainda é incerto.
Mas uma medida preliminar concluiu que teria mais de 5 raios da Terra
(um raio da Terra tem cerca de 6.400 km).
O astrofísico Jimmy Raeder, da Universidade de New Hampshire, nos EUA, criou uma simulação computadorizada com estes dados e concluiu que os portais FTE cilíndricos tendem a se formar sobre o equador até que em dezembro eles deslizam sobre o Pólo Norte.
Em julho eles deslizariam sobre o Pólo Sul.
Parece também que existem fluxos ativos e passivos o que faz com que ocorram com o dobro da freqüência que se pensava antes.
Os fluxos ativos permitem que as partículas passem com facilidade, formando dutos de energia importantes para a magnetosfera da Terra e os cilindros passivos ofereceriam mais resistência para as partículas que transitam.
Os cientistas ainda estão empenhados em descobrir porque os portais se abrem a cada oito minutos e como os campos magnéticos no seu interior se torcem e enrolam.
[LiveScience]
Cientistas encontram portais no campo magnético da Terra
Portais, na ficção científica (e em jogos de computador), são passagens capazes de transportar você para pontos distantes no espaço e no tempo ou, ainda, para outra dimensão.
Na vida real, não chegam a tanto, mas não deixam de ser um fenômeno surpreendente.
Em observações feitas recentemente por uma equipe da NASA, foram encontrados portais no campo magnético da Terra.
“São locais onde o nosso campo magnético se conecta com o do sol, criando caminhos com mais de 150 milhões quilômetros de extensão”, explica o físico Jack Scudder, da Universidade de Iowa (EUA).
Esses portais magnéticos, também chamados de “Pontos-X”, abrem e fecham várias vezes por dia.
Normalmente, estão localizados a dezenas de milhares de quilômetros da superfície terrestre, onde fortes ventos solares atingem o campo magnético do planeta.
A maioria deles é pequena e dura pouco, mas alguns são gigantescos e demoram para se fechar.
Através deles, correm toneladas de partículas energéticas, aquecendo a atmosfera da Terra, causando tempestades magnéticas e auroras boreais.
Como encontrar um portal
Em 2014, a NASA planeja lançar naves para coletar informações e, assim, poder estudar o fenômeno.
Encontrar portais não é fácil, já que eles abrem e fecham sem aviso e são invisíveis a olho nu.
Ao analisar um projeto antigo, porém, Scudder descobriu uma forma de localizá-los.
No final da década de 90, a nave Polar da NASA passou anos na magnetosfera da Terra e encontrou vários Pontos-X/Portais durante a missão.
Usando dados coletados por essa nave, é possível calibrar equipamentos que indiquem a presença das estranhas passagens magnéticas.
[ScienceDaily]
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Lisa Teixeira
Julho / 2012

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