sábado, 7 de julho de 2012
Estranho
portal conecta Terra ao Sol
Portais magnéticos se abrem aproximadamente a
cada oito minutos para conectar nosso planeta com o Sol.
Quando o portal se abre, cargas de partículas
altamente energéticas podem viajar 150 milhões de km através da passagem, de
acordo com cientistas espaciais.
O fenômeno recebeu o nome “evento de
transferência de fluxo” ou FTE (de flux transfer event, em inglês).
Ele é real e ocorre com o dobro da freqüência
que qualquer pessoa poderia imaginar.
“Dez anos atrás eu tinha certeza que eles não
existiam, mas agora a evidência é irrefutável”, disse
o astrofísico estadunidense David Sibeck.
Explosões dinâmicas
Os pesquisadores já sabiam que a Terra e o Sol
deveriam estar conectados.
Por exemplo, partículas solares incidem na
Terra constantemente por causa do vento solar e freqüentemente seguem as linhas
do campo magnético que conectam a atmosfera do Sol com a terra firme.
As linhas do campo permitem que as partículas
penetrem a magnetosfera da Terra; o escudo magnético que envolve nosso planeta.
Uma das hipóteses sobre a formação do evento é
que o lado da Terra que está de frente para o Sol pressiona o campo magnético
da Terra contra o campo magnético do Sol.
E a cada oito minutos os dois campos se
conectam brevemente, formando um portal através do qual as partículas podem
fluir.
O portal toma a forma de um cilindro magnético
com a largura da Terra.
Mais de um FTE podem se abrir em um mesmo momento e eles ficam abertos
entre 15 e 20 minutos.
Algumas medições foram feitas com sondas da Agência
Espacial Européia e da NASA que voaram através destes
cilindros e nas suas bordas.
Apesar das sondas terem conseguido medir a
largura de um FTE
o seu comprimento ainda é incerto.
Mas uma medida preliminar concluiu que teria
mais de 5 raios da Terra
(um raio da Terra tem cerca de 6.400 km).
O astrofísico Jimmy Raeder, da Universidade de New Hampshire, nos EUA, criou uma
simulação computadorizada com estes dados e concluiu que os portais FTE cilíndricos tendem a se formar sobre o equador até que em
dezembro eles deslizam sobre o Pólo Norte.
Em julho eles deslizariam sobre o Pólo Sul.
Parece também que existem fluxos ativos e passivos
o que faz com que ocorram com o dobro da freqüência que se pensava antes.
Os fluxos ativos permitem que as partículas
passem com facilidade, formando dutos de energia importantes para a
magnetosfera da Terra e os cilindros passivos ofereceriam mais resistência para
as partículas que transitam.
Os cientistas ainda estão empenhados em
descobrir porque os portais se abrem a cada oito minutos e como os campos
magnéticos no seu interior se torcem e enrolam.
[LiveScience]
Cientistas encontram portais no campo magnético da Terra
Portais,
na ficção científica (e em jogos de computador), são
passagens capazes de transportar você para pontos distantes no espaço e no
tempo ou, ainda, para outra dimensão.
Na
vida real, não chegam a tanto, mas não deixam de ser um fenômeno surpreendente.
Em
observações feitas recentemente por uma equipe da
NASA,
foram encontrados portais no campo magnético da Terra.
“São locais onde o nosso campo magnético se conecta com o do sol, criando
caminhos com mais de 150 milhões quilômetros de extensão”, explica o
físico Jack Scudder, da Universidade de Iowa (EUA).
Esses
portais magnéticos, também chamados de “Pontos-X”, abrem e
fecham várias vezes por dia.
Normalmente,
estão localizados a dezenas de milhares de quilômetros da superfície terrestre,
onde fortes ventos solares atingem o campo magnético do planeta.
A
maioria deles é pequena e dura pouco, mas alguns são gigantescos e demoram para
se fechar.
Através
deles, correm toneladas de partículas energéticas, aquecendo a atmosfera da
Terra, causando tempestades magnéticas e auroras boreais.
Como encontrar um portal
Em 2014, a NASA planeja lançar naves para coletar informações e,
assim, poder estudar o fenômeno.
Encontrar
portais não é fácil, já que eles abrem e fecham sem aviso e são invisíveis a
olho nu.
Ao
analisar um projeto antigo, porém, Scudder descobriu
uma forma de localizá-los.
No final da década de 90, a nave Polar da NASA passou
anos na magnetosfera da Terra e encontrou vários Pontos-X/Portais durante a
missão.
Usando
dados coletados por essa nave, é possível calibrar equipamentos que indiquem a
presença das estranhas passagens magnéticas.
[ScienceDaily]
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Lisa Teixeira
Lisa Teixeira
Julho / 2012
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