segunda-feira, 16 de julho de 2012
Alguns
anos atrás tomei conhecimento do trabalho de um neurologista que passei a
transmitir aos meus pacientes e também aos alunos da época.
Trata-se de uma técnica muito útil para acalmar
a ansiedade e/ou estabelecer uma comunicação amigável (dr. Portner chama de empatia) em
momentos em que precisamos estar no controle da situação, como por exemplo: realização de alguma prova escolar,
atendendo um cliente para o qual queremos vender
um produto,
pedindo aumento para o chefe, etc.
Sendo o dr.
Portner um cientista (cartesiano?), ele diz que a técnica desenvolve a intuição, contudo
intuição é outra coisa,
digamos mais transcendental.
Vou dar um exemplo do que é intuição:
Eu tinha uns 14 anos mais ou menos quando
voltando para minha casa, estando já no lado da rua onde a mesma se situava,
inesperadamente (sem
pensar) atravessei a rua para o outro lado.
Exatamente quando cheguei à calçada oposta ouvi
um forte barulho e me virei para o lado de onde tinha vindo e vi um cabo de
alta tensão chicoteando no chão exatamente onde eu iria estar passando.
Parece que me salvei da morte.
O que me fez atravessar a rua sem nenhum motivo aparente?
Resposta: intuição. Agora, nenhum nervo vago
poderia saber que o cabo ia rebentar e cair ao chão.
Nosso cérebro não tem tal capacidade, não é?
A intuição é algo que não se encontra no
cérebro, está um tanto além. rsrs
Segundo o dr. Portner:
“Desde que foi possível demonstrar que o nervo
vago controla o sistema límbico cerebral a partir do coração, certos aspectos
do comportamento humano ficaram mais claros.
O nervo vago do coração — quando ativado —
desenvolve a intuição porque:
além de modificar o ritmo cardíaco através da
influência sobre o coração, o vago possui uma comunicação direta com o cérebro.
Portanto, funciona nas duas direções;
é o vago o responsável pela ativação involuntária
dos músculos faciais, fazendo com que eles assumam um tônus empático enquanto a
"mente fala"; o vago engendra um atalho por fora da temível amígdala
cerebral (que organiza as reações simpáticas ligadas à
ansiedade) e prepara as zonas límbicas para "perceber"
idéias intuitivas; é o vago quem permeia as
conexões com o hemisfério direito, o lado criativo e artístico do profissional;
é da unificação do ritmo do coração com a
expressão facial e a criatividade que surge a intuição.”
Bem, o nervo vago não é responsável e nem
desenvolve a intuição,
mas a técnica ensinada pelo dr. Portner alivia a ansiedade
sim, já comprovei pessoalmente e as pessoas a quem a ensinei disseram o mesmo.
Então vamos transcrever uma parte do e-book do
dr. Portner que explica como a coisa funciona:
“Sempre que o cérebro percebe uma situação de
estresse, a amígdala (cerebral) é posta
em controle.
Ela, então, provoca algumas reações específicas.
Primeiro, a batida do coração se transforma em uma
batida acelerada.
Durante estresse, a amígdala aumenta o número de
batidas do coração.
Ele também reduz a regularidade entre as batidas.
A batida do coração é, primeiro, levemente
acelerada; depois, a amígdala estabelece uma oscilação levemente irregular
entre as batidas.
(...) A amígdala é uma das zonas mais autônomas do cérebro humano.
Ela age quando quer e do jeito que quer durante a
maior parte do tempo.
(...) Conseqüentemente, você pode silenciar a amígdala com o poder do coração.
E você faz isso de forma muito simples.
Você usa a sintonia do coração antes de começar a
conversar com o cliente.
Primeiro, durante uma pequena fração de tempo,
você busca sentir (não é ouvir, isso é quase
impossível) o coração que bate em seu peito.
A segunda coisa a fazer enquanto você presta
atenção ao coração é respirar com um ritmo um pouco mais lento que habitual.
Você inspira contando até dez e expira contando
novamente até dez.
Contando devagar. Isso vai resultar em ciclos que
duram cerca de dez segundos.
O que vai dar entre aproximadamente seis e oito
respirações por minuto.
O efeito de respirar devagar enquanto você desloca
a sua atenção para o coração é de grande importância.
Nenhuma outra combinação tem o poder de acalmar a
amígdala em tão pouco tempo.
No exemplo abaixo, obtido pelos pesquisadores do Institute of Heart Math, a
metade esquerda é de uma pessoa em estado de “trabalhar conforme dá” e a
metade direita é aplicando o exercício de “sentir
o coração e respirar devagar”.
Veja
a diferença.”
Viram como é simples?
E dá resultado.
Aproveitem a dica.
Recomendo que leiam o e-book do dr. Portner (download free)
para entenderem melhor como é o funcionamento completo da parte fisiológica: http://portner.sites.uol.com.br/empatia/ET.html
Imagem: tvcanal7.blogspot.com
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