domingo, 1 de julho de 2012

Matéria Sublime: INJURIAS E VIOLÊNCIAS - Evangelho de 19.06.2012

19 JUNHO 2012
INJURIAS E VIOLÊNCIAS
- Evangelho de 19.06.2012
1 – Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra.(Mateus, V: 4).
2 – Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.(Mateus, V: 9)
3 – Ouvistes que foi dito aos antigos:
Não matarás, e quem matar será réu no juízo.
Pois eu vos digo que todo o que se irá contra o seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão: raça, será réu no conselho; e o que disser: és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno.(Mateus, V: 21e 22).
4 – Por essas máximas, Jesus estabeleceu como lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência.
E, por conseqüência, condenou a violência, a cólera, e até mesmo toda expressão descortês para com os semelhantes.
Raça era entre os hebreus uma expressão de desprezo, que significava homem reles, e era pronunciada cuspindo-se de lado.
E Jesus vai ainda mais longe, pois ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão:
És louco.
É evidente que nesta, como em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta.
Mas por que uma simples palavra pode ter tamanha gravidade, para merecer tão severa reprovação?
É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e caridade, que deve regular as relações entre os homens,
mantendo a união e a concórdia.
É um atentado, à benevolência recíproca e à fraternidade, entretendo o ódio e a animosidade.
Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo é a primeira lei de todo cristão.
5 – Mas o que dizia Jesus por estas palavras:
“Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra?”
Não ensinou ele a renúncia aos bens terrenos, prometendo os do céu?
Ao esperar os bens do céu, o homem necessita dos bens da terra para viver.
O que ele recomenda, portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que aos primeiros.
Por essas palavras, ele quer dizer que até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos.
Que as estes falta frequentemente o necessário, enquanto os outros dispõem do supérfluo.
E promete que justiça lhes será feita, assim na terra como no céu,
porque eles serão chamados filhos de Deus.
Quando a lei de amor e caridade for à lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e o violento.
Será esse o estado da Terra, quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz,
pela expulsão dos maus.
IV – A Cólera
9 – O orgulho vos leva a vos julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, de tal maneira acima de vossos irmãos, seja na finura de espírito, seja no tocante à posição social, seja ainda em relação às vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e vos fere.
E o que acontece, então?
Entregai-vos à cólera.
Procurai a origem desses acessos de demência passageira, que vos assemelham aos brutos, fazendo-vos perder o sangue frio e a razão: procurai-a, e encontrareis quase sempre por base o orgulho ferido.
Não é acaso o orgulho ferido por uma contradita, que vos faz repelir as observações justas e rejeitar, encolerizados,
os mais sábios conselhos?
Até mesmo a impaciência, causada pelas contrariedades,
em geral pueris, decorre da importância atribuída à personalidade, perante a qual julgais que todos devem curvar-se.
No seu frenesi, o homem colérico se volta contra tudo, à própria natureza bruta, aos objetos inanimados, que espedaça, por não o obedecerem.
Ah!, se nesses momentos ele pudesse ver-se a sangue frio,
teria horror de si mesmo ou se reconheceria ridículo!
Que julgue por isso a impressão que deve causar aos outros.
Ao menos pelo respeito a si mesmo, deveria esforçar-se,
pois, para vencer essa tendência que o torna digno de piedade.
Se pudesse pensar que a cólera nada resolve, que lhe altera a saúde, compromete a sua própria vida, veria que é ele mesmo a sua primeira vítima.
Mas ainda há outra consideração que o deveria deter: o pensamento de que torna infelizes todos os que o cercam.
Se tiver coração, não sentirá remorsos por fazer sofrer as criaturas que mais ama?
E que mágoa mortal não sentiria se, num acesso de arrebatamento, cometesse um ato de que teria de recriminar-se por toda a vida!
Em suma:
a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede que se faça muito bem, e pode levar a fazer-se muito mal.
Isso deve ser suficiente para incitar os esforços por dominá-la.
O espírita, aliás, é incitado por outro motivo: o de que ela é contrária à caridade e à humildade cristãs.
UM ESPÍRITO PROTETOR Bordeaux, 1863
Bem Aventurados os que são Brandos e Pacificos IX
Do Evangelho segundo o Espiritismo.
Allan Kardec
Copyright © 2012-2013. Por Matéria Sublime e Sementes das Estrelas.
Todos os direitos reservados.
É dada permissão para copiar e distribuir este material contanto que o conteúdo seja transmitido integralmente e sem alteração, o autor seja creditado, seja distribuído gratuitamente, e esta nota de direitos e o link sejam incluídos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.