QUARTA-FEIRA,
18 DE JULHO DE 2012
Na Antiguidade e em muitas culturas milenares, os
anciões sempre foram respeitados, eram considerados sábios e tinham uma
participação ativa nas decisões da vida na comunidade.
Infelizmente esse
costume salutar foi sendo modificado na sociedade capitalista, onde a
produtividade exacerbada tornou-se mais importante que a sabedoria.
Com isso, os idosos
foram perdendo espaço e sendo substituídos pelos jovens, considerados mais
capazes e produtivos.
A sensação de vazio,
inutilidade e menos valia entre as pessoas de idade, foi gerando o desânimo e à
inatividade, instalando-se assim, uma verdadeira morte em vida.
Isso contribuiu significativamente para o surgimento
de doenças físicas, mentais e emocionais, hoje tidas como “doenças da idade”.
Felizmente os avanços
da ciência estão nos provando mais uma vez,
que os povos antigos
tinham muito a nos ensinar.
De acordo com o
artigo do Dr.Elkhonon Goldberg, Neurologista da Universidade de New
York, Diretor do Instituto de Neuropsicología e Funcionamento Cognitivo,
podemos perceber que, ao contrário do que se pensava, O CÉREBRO MELHORA COM A IDADE.
As últimas
investigações científicas demonstram que, com o tempo e a atividade mental, o
cérebro vai se modificando e nos conduz ao que conhecemos como SABEDORIA.
Durante muitos anos se acreditou que, a partir de
certa idade, o número de neurônios não se renovava mais.
As últimas
investigações da neurociência, no entanto, demonstram que o cérebro pode se
regenerar mediante seu uso e potenciação.
A chave para alcançar
esse sucesso chama-se:
NEUROPLASTICIDADE, que significa moldar a mente e o
cérebro,
através da atividade.
Em março de 2000, investigadores da Universidade de
Londres descobriram que os taxistas dessa cidade tinham uma parte do cérebro, o
Hipocampo-região importante para a memória espacial-,
particularmente desenvolvida, muito mais que o resto
das pessoas.
“O cérebro muda a forma,
de acordo com as áreas mais utilizadas, segundo a atividade mental.”
Os taxistas
desenvolviam mais essa zona porque a exercitavam mais, memorizando a cada dia
ruas e caminhos diferentes.
E essa capacidade,
não diminuía, mas aumentava com o passar dos anos.
Em 2002, cientistas alemães descobriram a mesma
coisa na Circunvolução de Heschl dos músicos, área do córtex cerebral importante
para processar a música.
Em 2004 os mesmos
resultados teve o Instituto de Neurologia de Londres, na circunvolução angular
esquerda, estrutura cerebral importante para a linguagem, no cérebro das
pessoas bilíngue.
DESTAS EXPERIÊNCIAS
SE PUDERAM OBTER OS SEGUINTES RESULTADOS:
Nós, seres humanos podemos criar novos neurônios ao
longo de toda a vida, a criação de novos neurônios podem aumentar mediante o
esforço mental.
O exercício físico
protege nossa saúde cardiovascular.
O exercício cognitivo
protege nossa saúde cerebral, é fator de proteção contra a demência e
senilidade.
O moderno estudo da neuroplasticidade demonstra que
os cérebros das pessoas mais velhas não degeneram, mas têm uma evolução
particular, de acordo com a atividade realizada, o que torna essas pessoas
“sábias” quando chega a velhice.
O CÉREBRO MUDA DE
FORMA, SEGUNDO AS ÁREAS QUE MAIS UTILIZAMOS.
À medida que
envelhecemos, tem acontecido uma deterioração maior no hemisfério direito que
no esquerdo.
Isto ocorre porque usamos mais o hemisfério
esquerdo, que é o encarregado de colocar em marcha tarefas já aprendidas e
consolidadas.
Para aprender algo
novo, necessitamos mais do hemisfério direito,
mas quando alcançamos
certo nível de perícia, essas atividades passam a ser controladas pelo
hemisfério esquerdo.
Ao longo da vida, acumulamos um repertório de
destrezas cognitivas.
É o que popularmente
chamamos “EXPERIÊNCIA”.
Quando envelhecemos, nossa atividade mental está
mais dominada por essas “rotinas cognitivas”, ou “piloto automático”.
Isto não é ruim, pois
permite resolver conhecidos problemas complexos mediante o “reconhecimento
instantâneo” de padrões, sem muito esforço.
Porém, a estimulação cognitiva, que obriga a
resolução de novos problemas, com a utilização do hemisfério direito, é um
ingrediente no estilo de vida, que ajuda a evitar a deterioração do cérebro.
A corrente científica
dominante respalda a afirmação de que a vida mental intensa desempenha um papel
essencial no bem-estar cognitivo, nas etapas avançadas da vida.
Portanto é hora de incluir o FITNESS MENTAL e muitas outras atividades prazerosas no nosso dia a dia.
Essa é mais uma razão
para acreditarmos no nosso potencial e irmos trás dos nossos sonhos, seja em
que idade for!
Nunca é tarde para
ser feliz e SEMPRE É TEMPO DE
MELHORAR E PROGREDIR EM TODOS OS SENTIDOS.
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