SÁBADO, 15 DE SETEMBRO DE 2012
POR
WANDERLEY OLIVEIRA
“A
sombra só é ameaça quando não é reconhecida.
Só pode
ser prejudicial quando negligenciamos identifica-la com atenção, respeito e
afabilidade.”
Ermance
Dufaux
Repita
duas vezes, em voz alta, essas frases:
“NINGUÉM,
MAS NINGUÉM MESMO, PODE TIRAR MINHA PAZ E MEU EQUILÍBRIO!
EU
ADORO MINHA VIDA!
EU ME
AMO ABUNDANTEMENTE!
EU
TENHO PLENA FÉ NO DEUS NOSSO PAI!”
Observe que depois de dizer isso, bate por dentro uma sensação
de que isso é mentira e que esses conceitos não são aplicáveis ou verdadeiros.
Sabe
quem faz você pensar dessa forma?
É o seu sabotador interno!
Chamamos assim todas aquelas programações mentais que
conspiram contra nosso equilíbrio e nossa paz interior.
Esses sabotadores se escondem em hábitos, modos de pensar e
comportar e,
sobretudo, na forma de sentir.
A raiz dessas estruturas mentais também pode ser chamada de crenças.
São as crenças que determinam como vemos ou sentimos a nossa
vida.
Existe uma crença que é muito antiga na vida mental de muitas
pessoas:
é a crença do desvalor
pessoal que nos envolve em uma energia de inferioridade e incapacidade de se
proteger perante a vida.
Ela responde pela baixa autoestima, pela sensação de abandono e
incapacidade que costumamos experimentar.
Talvez possamos mesmo afirmar que esse é o maior inimigo que
temos em nossas vidas, porque anda conosco o tempo todo.
Está presente em cada acontecimento, em todos os lugares,
causando um doloroso nível de estresse por meio de conflitos e sentimentos de
insegurança ante os desafios da vida.
Saber lidar com esse sabotador interno é assunto para um livro,
mas vamos anotar algumas reflexões nesse artigo no intuito de colaborar com
medidas práticas na educação desses processos interiores.
Para vencer seu sabotador interno, temos alguns passos:
1- Saber
da existência dele.
Muita gente nem sabe que tem esse inimigo interno.
2- O que
primeiro você precisa identificar são as crenças que ele usa como base para erguer
as suas artimanhas. Isso pode, em alguns casos, exigir ajuda especializada para
ser descoberto.
3-
Aprender como ele age dentro de você usando essas crenças.
Habitualmente, ele se utiliza de cinco sentimentos para isso:
medo, culpa, mágoa,
orgulho e tristeza.
4- As
situações mais típicas de quem cai em suas garras são: nível alto de cobrança,
crítica de desvalorização, preocupação excessiva, sensação de frustração por
não conseguir controlar fatos e pessoas, ansiedade e angústia.
5- O
sabotador interno não suporta ser olhado nos olhos, ou seja, é a única forma de
você superá-lo.
Conversar com ele, dizer a ele que agora você está no comando.
Que agradece pelas suas investidas, mas quem escolhe é você.
Essa atitude de meditação é a solução para adquirir consciência
e domínio sobre suas movimentações.
Claro que isso é um treino e não vai ser conseguido com uma ou
duas tentativas.
De alguma forma, fazer contato com nossos sabotadores internos
pode ser trabalhoso no início, mas há de trazer inúmeros benefícios na
construção de uma relação mais pacífica e amigável conosco mesmo.
Não há como nos amar sem travar contato com esse aspecto sombrio
de nossa vida mental.
Somente conhecendo bem esse terreno do inconsciente, podemos
transformá-lo em forças positivas e poderosas em favor do nosso bem-estar
emocional.
No meu trabalho profissional, em alguns casos, com alguns
clientes, chegamos a dar nome a esse sabotador no intuito de começar um
relacionamento paciente e educativo.
Isso funciona.
Quando deixamos de domar as nossas inclinações, abdicamos de
fazer luz no caminho.
Essa a razão pela qual, o quanto antes, é recomendável uma
amizade com nossos sabotadores que, em última análise, na verdade nos convocam
a novas posturas perante a vida, o nosso próximo e nós próprios.
Como
diz Ermance Dufaux:
“A sombra só é ameaça quando não é reconhecida.
Só pode ser prejudicial quando negligenciamos identificá-la com
atenção, respeito e afabilidade.”
Fonte:
REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO
LUZ!
STELA
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