quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Escola Agartha F. M.: “Os quatro inimigos do homem de conhecimento” (cf. C. Castañeda)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012
“Os quatro inimigos do homem de conhecimento”
(cf.C.Castañeda)
Diz o ensinamento tolteca transmitido por Carlos Castañeda, que o buscador do conhecimento encontra quatro inimigos na sua jornada de liberação.
Seriam formas de maya ou ilusões-de-separatismo, atuando como “sombras” capazes de serem relacionadas à provações das quatro iniciações humanas.
Na sequência, apontamos estes “inimigos” e sugerimos algumas soluções tradicionais:
1.“MEDO”
É o temor de morrer para o velho e enfrentar o novo, o medo de perder a proteção do rebanho e rumar para coisas desconhecidas.
Esta ilusão gera imobilidade e covardia, ou senão produz ânsias por poderes psíquicos e o culto a prestidigitadores.
É a ilusão da idolatria, que se começa a vencer pela disciplina e pelo serviço sincero.
2.“CLAREZA”
A sensação de que a nova visão já representa a chegada aos objetivos almejados,
e que é um dos efeitos da fé, na confusão da meta com o meio.
Esta ilusão determina o fanatismo ou sectarismo que impede uma relação criativa com as pessoas distintas de nós.
É a ilusão da ideologia, que se começa a vencer pelo amor e pela devoção sincera.
3.“PODER”
Na fase da iniciação real, o buscador adquire conhecimento e carisma, tornando-se capaz de exercer algum grau de liderança ativa, pelo qual pode almejar o poder social.
Esta ilusão pode bloquear a evolução pessoal, mantendo o buscador atado a compromissos que ele mesmo cria com suas idéias, sendo considerado este o maior dos inimigos do homem de conhecimento.
É a ilusão da idealização, que se começa a vencer pela entrega ao conhecimento sem forma e pela vontade consagrada ao superior.
4.“MORTE”
Na derradeira etapa de evolução humana, o buscador conhece os limites da condição encarnada na velhice e pode julgar incerta a eternidade, hesitando daí em dar o salto final no abismo que poderá libertar, ante o único inimigo que o buscador não poderá jamais vencer de todo: a morte.
Esta ilusão impede o Grande vôo da consciência ao gerar apego à vida terrena, capaz de produzir morbidez e levar o buscador a adentrar por vias ilusórias de poder espiritual, na tentativa onerosa de alcançar sobrevida consciencial.
É a ilusão da identificação com a forma, que se começa a vencer pela compaixão e pelo desapego à vida material.

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