sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Filhos do Arquiteto ✡: Resgatando a Sua Fé:

8 de setembro de 2012
Resgatando a Sua Fé:
Nosso principal objetivo é elevar a importância da perspectiva que temos do Criador, 
ou seja, adquirir fé em Sua grandeza e poder.
Devemos fazê-lo, porque é a única maneira possível de sair da prisão do egoísmo pessoal 
e entrar nos Mundos Superiores.
Podemos experimentar uma extrema dificuldade, ao decidir seguir o caminho da fé 
e abandonar toda a preocupação por nós mesmos.
Além disso, sentimo-nos isolados de todo o mundo, suspensos no nada, sem o apoio do
 bom senso, do raciocínio ou de qualquer experiência prévia que nos dê suporte.
É também como se tivéssemos abandonado nosso próprio ambiente, família e amigos, 
para nos unirmos ao Criador.
Essas sensações surgem quando falta fé no Criador, quando não podemos percebê-Lo 
ou a Sua Presença ou o Seu Domínio sobre toda a Criação. Nesse momento, sentimos 
ausência do objeto da fé.
Porém, ao começarmos a sentir a Presença do Criador, estaremos prontos para nos 
Submetermos totalmente a Seu poder e para segui-lo cegamente – sempre preparados 
para nos anularmos por completo diante d’Ele – desacreditando nosso intelecto quase de 
maneira instintiva.
Por essa razão, o principal problema que enfrentamos é o de como perceber a Presença 
do Criador.
Portanto, quando surge tal questionamento, vale a pena dedicar toda a nossa energia
 e todos os nossos pensamentos em favor do Criador.
Imediatamente devemos desejar aferrarmo-nos a Ele com todo o nosso ser
Esse sentimento chama-se fé.
O processo pode ser acelerado, se considerarmos que o objetivo é importante.
Quanto mais valioso for para nós, mais rápido poderemos alcançar a fé, isto é, 
nossa consciência do Criador.
Além disso, quanto mais importância atribuírmos à percepção do Criador, mais forte esta será,
até se tornar parte de nosso ser.
A sorte (mazal, em hebraico) é uma forma especial da providência, a qual não podemos 
influenciar de jeito nenhum.
Mas foi ditado pelo Divino que nós, como indivíduos, somos responsáveis pela mudança 
de nossa própria natureza.
Depois, o Criador avaliará nossos esforços nessa direção e, eventualmente, mudará 
nossa natureza além de nos elevar acima de nosso mundo.
Portanto, antes de realizar qualquer esforço, devemos perceber que não podemos 
esperar que forças superiores, sorte ou qualquer outro tratamento especial do Alto 
intervenham a nosso favor.
Pelo contrário, devemos começar reconhecendo completamente que, se não agirmos,
não conseguiremos o que desejamos.
Porém, uma vez tendo completado a tarefa, ou nos dedicado ao estudo, ou realizado 
qualquer outro esforço, devemos chegar à conclusão de que:
Tudo o que alcançamos como resultado de nossos esforços teria acontecido de 
qualquer maneira, mesmo não tendo feito nada, pois o resultado foi pré-determinado 
pelo Criador.
Desse modo, se desejarmos compreender a verdadeira Providência, em todos os 
aspectos de  nossa vida, de antemão deveremos procurar assimilar essas contradições 
dentro de nós mesmos.
Por exemplo, pela manhã devemos começar nossa rotina diária de estudo e 
trabalho, deixando para trás todos os pensamentos do Domínio Divino do Criador 
sobre o mundo e sobre seus habitantes.
Cada um de nós deve trabalhar como se o resultado final dependesse somente de nós.
Mas, no fim, sob nenhuma circunstância devemos nos permitir imaginar que o que 
alcançamos é o resultado de nossos próprios esforços.
Temos que perceber que, mesmo se permanecêssemos na cama o dia todo, de 
qualquer maneira chegaríamos ao mesmo resultado, porque isso foi pré-determinado 
pelo Criador. Portanto, quem desejar levar uma vida baseada na verdade deve, 
por um lado, obedecer às leis da sociedade e da natureza como qualquer outra pessoa; 
mas, por outro, também deve acreditar no domínio absoluto do Criador sobre o mundo.
Todos os nossos atos podem ser divididos em bons, neutros ou maus.
Nossa tarefa consiste em elevar os atos neutros a bons.
Podemos conseguir isso conscientizando-nos de que, mesmo quando nos 
desenvolvemos, no fim, prevalecerá a Vontade do Criador.
Por exemplo, quando estamos doentes, embora saibamos que a cura está totalmente 
nas mão do Criador, devemos tomar o remédio prescrito por um médico autorizado e 
acreditar que a habilidade do doutor ajudar-nos-á superar nossa condição.
Mas, quando nos recuperarmos, depois de ter tomado o remédio estritamente de 
acordo com  as ordens do médico, devemos acreditar que teríamos nos recuperado 
de qualquer maneira, porque esse era o Plano do Criador.
Portanto, em vez de agradecer ao médico, devemos agradecer ao Criador.
Desse modo, convertemos um ato neutro em um ato espiritual e, ao repetir esse 
procedimento com relação a todos os atos neutros, podemos gradualmente 
“espiritualizar” todos os nossos pensamentos.
Os exemplos e explicações dados são importantes, porque, na realidade, 
tudo o que foi dito poder-se-ia tornar sério obstáculo, impedindo nossa elevação 
espiritual.
O problema, às vezes, cresce porque pensamos que entendemos os princípios do 
Domínio Divino.
Concentramos nossas energias, artificialmente, no fortalecimento de nossa crença 
na onipresença  do Criador, em vez de trabalhar de maneira árdua em nós mesmos.
Com frequência, a fim de demonstrar fé no Criador, ou simplesmente por preguiça, 
assumimos que não precisamos trabalhar em nós mesmos, pois tudo está em 
poder do Criador; ou ainda, fechamos nossos olhos e simplesmente confiamos 
na fé cega, ao mesmo tempo em que evitamos perguntas fundamentais sobre 
a verdadeira fé.
Porém, ao evitar responder a essas perguntas, privamo-nos da possibilidade de 
progredir espiritualmente.
Diz-se de nosso mundo:
“Ganharás o pão com o suor de teu rosto.”
Ainda assim, quando ganhamos alguma coisa, nos é difícil admitir que o resultado não 
dependeu de nosso árduo trabalho ou de nossas habilidades, mas que foi fruto do 
trabalho do Criador.
Devemos nos esforçar com o suor de nosso rosto para fortalecer nossa fé no domínio 
absoluto do Criador.
Mas, a fim de crescer e experimentar novas sensações espirituais, devemos fazer um 
esforço para entender e aceitar a natureza contraditória do Domínio Divino 
(que parece contraditório apenas por causa da nossa cegueira).
Somente então saberemos com exatidão o que se espera de nós.
Autoria: Ir.’. Michael Laitmann
Ilustração: Ir Daniel Martina

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