sábado, 8 de setembro de 2012
- PARTE 3
- É REAL?
É REAL?
Por Suzanne Lie PhD
Em 29 de agosto de 2012
Após ter uma
refeição familiar com meus colegas de tripulação, nós nos despimos e nadamos no
lago.
Então nos deitamos
na rocha morna e não conversamos sobre nada.
Contamos piadas,
rimos e finalmente caímos no sono.
Quando acordei, o
sol estava baixo no horizonte e meus amigos tinham ido embora.
De repente, fui
tomado pela profunda tristeza que não pudera sentir sobre deixar minha amada
família.
Agora eu estava
sozinho, então podia chorar como um bebê.
E eu chorei.
Enquanto chorava,
imagens de estar na terra da Mãe com Mytria, rindo com ela e fazendo amor
encheram meu coração.
Lentamente eu
percebi que aquelas imagens eram mais fortes do que o sentimento de tristeza e
eu comecei a me focalizar no sentir as imagens.
Conforme permiti que
o sentimento de profunda amizade, amor e alegria enchesse meu corpo, comecei a
entender o que o Arcturiano quis dizer com "perceber com a
emoção".
Quando minha emoção
era tristeza, tudo que eu percebia era que estava sozinho numa pedra que já
estivera cheia de amor.
Com o sentimento de
amor enchendo meu corpo, eu olhava para o Sol se pondo e via meu EU.
Não sei explicar
como eu me via, pois eu via com a emoção de Felicidade.
Eu havia liberado
minha solidão e profunda tristeza e substituído pelo SENTIR amor por outro.
Então, assim que
senti amor por outro, eu consegui amar o meu EU.
Por Eu, quero dizer,
o eu que é UM com o EU que é
UM.
Naquela hora pareceu
uma sentença pobre, mas gradualmente eu comecei a entender o que ela significava.
Eu estava criando o
holograma com meus pensamentos, tal como o Arcturiano disse que eu criaria.
Eu pensei em meus
amigos e dei vida ao meu amigo que morrera.
Reuni-me com eles
num dia ensolarado porque eu precisava me sentir um cara "normal" relaxando com seus
amigos.
Finalmente eu caí no
sono, pois não podia mais acreditar na fantasia que eu criara.
Com a perda da minha
ilusão, eu tive de encarar minha verdade.
O medo e a tristeza
chegavam rápido, e o amor e a felicidade chegavam de uma maneira lenta, mas
duradoura.
Quando eu permitia
que minhas emoções falassem comigo, eu podia ver a verdade ao meu redor.
E para minha
surpresa, essa verdade incluía o fato de minha tristeza não ser apenas pela
minha família.
Eu estava lamentando
a perda de tudo que eu considerava ser verdadeiro,
honesto e real.
Agora que eu
percebera que meu mundo real era uma ilusão, tudo que eu podia perceber era a verdade.
Com esta
conscientização final, o lago desapareceu, a rocha desapareceu, as árvores
desapareceram e o sol se pondo revelou a porta de saída do holo
espaço.
Eu sabia que passar
por aquela porta era reconhecer que tudo que eu já tinha conhecido, feito,
possuído e experimentado era uma ilusão.
Através da porta
estava o meu verdadeiro EU.
Sim, claro, este EU estava dentro de mim, mas
através da porta eu aprenderia como me lembrar de quem eu realmente sou.
Olhei para aquela
única porta na parede vazia por um tempo muito longo.
Eu sabia que não
tinha mais escolha.
Ao mover nossa
pequena nave com minha mente, tudo mudou porque eu mudei.
Então, quando eu
deixei a Câmera de Recuperação, eu comecei a SER minha verdade, o
que me aterrorizou.
Levantei-me e
atravessei a porta.
Com a cabeça
erguida, passei pela porta e segui o Arcturiano que me aguardava e que me
saudou com o coração aberto.
Não foi necessária
nenhuma palavra, pois agora eu podia ler sua mente.
Enquanto meu amigo Arcturiano (eles
não têm nomes da maneira que eu estava acostumado) me conduzia pelo corredor,
ele começou a flutuar cada vez mais alto acima do piso.
Eu sei que ele
estava me encorajando a fazer o mesmo, mas minhas dúvidas falavam mais alto do
que minha crença em meu EU.
Com esse pensamento,
o Arcturiano se virou e olhou em meu rosto.
Gradualmente uma
pequena luz dourada cresceu dentro de mim.
Na verdade, parecia
que ela delicadamente se erguia acima do limiar da minha dúvida interior.
Eu sei que essa
sentença não faz sentido, mas minha dúvida não era infinita.
Ela era forte
naquela parte de mim que ainda mantinha medo, a parte de mim que mantinha a
escuridão.
Porém, essa esfera
dourada erguia-se acima desse medo e me enchia de luz.
Sim, claro, este é o
SOL que revelou a porta de saída do holoespaço e de entrada para o meu EU.
O Arcturiano leu minha mente imagética
e falou comigo numa imagem mais poderosa do que as palavras.
Eu pude sentir
lágrimas rolando por meu rosto, mas elas eram lágrimas de alegria.
Pus a cabeça para
trás e abri meu coração para a crescente alegria dentro de mim.
Levantei
meus braços abertos para entregar meu coração a... o quê?
Eu não sabia, mas a
sensação de entrega era maravilhosa.
Fechei meus olhos e
a entrega transformou-se em felicidade e a felicidade transformou-se em uma
tranquilidade total, uma completa calma e uma sensação de flutuar.
E então o Arcturiano disse:
"Abra seus olhos".
Eu não queria abrir
meus olhos.
Preocupava-me que,
se eu visse o mundo exterior, eu perderia estas sensações maravilhosas e
curadoras.
"Abra seus olhos agora", eu ouvi com uma sensação
de urgência.
Relutantemente eu
abri meus olhos e vi o teto do corredor a centímetros do meu nariz.
Fiquei tão surpreso
que perdi minha concentração e comecei a cair.
"PARE!"
Para minha surpresa,
minha queda foi suspensa pelas firmes palavras do Arcturiano.
Mantive o sentimento
de comando em minha mente enquanto repetia "PARE" até que pude pousar meus
pés no chão.
Com uma sensação de
orgulho misturada com acanhamento, olhei para cima,
nos olhos do Arcturiano.
"Agora é hora de começar com suas aulas", disse o Arcturiano com sua mente.
Tradução para os Blogs SINTESE e DE CORAÇÃO A CORAÇÃO:
Selene - sintesis@ajato.com.br
Respeite todos os Créditos
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