TERÇA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO DE 2012
- BIDI - A QUESTÃO
Rendo Graças ao autor desta imagem
O que
fazer enquanto se espera o fim?
Eu empurro para mais
longe o seu raciocínio.
Desde que você está
na idade de conceber que você é uma pessoa (depois de três ou quatro anos), você sabe intimamente, naquele momento, que o que apareceu, dentro
desta forma (este corpo, este
campo de consciência) tem um fim.
Seria, portanto, você quem decide, desde a idade de quatro anos, não
fazer nada?
O sentimento de um
fim, se ele deve levar a um desinteresse, não leva você a nenhum lugar, porque
vai se tratar sempre de uma fuga.
Aquele que é o
Absoluto não é afetado, nem pelo início, nem pelo fim (de si mesmo, como do mundo).
Não há qualquer
atitude mental satisfatória para o Absoluto, porque se você diz a si mesmo que
em tantas semanas, é o fim, e que você espera este fim, você se engana.
Olhe: na maioria das
vezes, quando se anuncia a um
saco de comida que ele vai partir de uma doença grave, o que acontece?
Na maioria das vezes,
essas pessoas estão vivendo mais do que nunca.
Elas saboreiam cada
minuto, cada dia e a cada hora.
Isto é independente
da atividade ou da não atividade.
Esta é, eu diria, uma
atmosfera Interior.
É como se, sabendo
que você é uma pessoa (de quatro, cinco
anos) que acabará um dia, você se diz:
"este dia é inevitável, de que serve deixar viver esse saco?".
Ora, a recusa da
Ilusão mantém a Ilusão.
Da mesma forma, toda
espera (mesmo justificada,
mesmo real) de um evento real
demonstra o que você é.
A espera coloca uma
distância com o que você É.
Esperar que o fim do
que quer que seja, permitirá a você ser Absoluto, é um erro.
O fim do que quer que
seja lembra você, simplesmente, o que você É, para além da pessoa.
Isto se chama a
Liberação.
Aquele que é o
Absoluto, é Liberado Vivente.
Ele não precisa
esperar por um eventual, ou um real, fim do que quer que seja, para Ser isso.
Nunca queiram
colocar-se, a si mesmos, em um sentido de espera,
porque o sentido de
espera (como de expectativa
ou de esperança)
põe uma distância.
Há uma armadilha.
Como já foi dito,
vivam cada minuto, aí onde vocês estão,
plenamente,
inteiramente, como se fosse o último, porque, de qualquer maneira, aparecendo
em uma pessoa, há a certeza e a inevitabilidade do fim desta pessoa.
Bidi
28-10-2012
Rendo Graças às
fontes deste texto:
Tradução: Ligia Borges e
Josiane Oliveira
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