sábado,
3 de novembro de 2012
Cientistas franceses
e alemães detectaram importantes mudanças no campo magnético da Terra, numa
região que se estende desde o Atlântico até o Oceano Pacífico nas medições do
último decênio,
em estreita relação
com a variação de gravidade nesta área.
A equipe confirmou
também pela primeira vez que os processos do núcleo externo da Terra afetam ao
campo magnético terrestre e refletem, com flutuações na gravidade de nosso
planeta, informa o Centro de Investigação Geológica da Alemanha em seu
relatório de 23 de outubro, que a sua vez foi publicado na Academia Nacional de
Ciências dos Estados Unidos.
Os fluxos de
correntes de ferro carregados eletricamente que se encontram no núcleo
externo, se deslocam afetando o campo magnético terrestre.
Dada a importância
do campo magnético da Terra, que serve como um escudo importante na proteção
das partículas de radiação cósmica, especialmente as procedentes do Sol, os
cientistas acreditam agora que será muito importante estudar os processos que
ocorrem no núcleo externo e analisar os fatores desde acessos independentes,
como por exemplo, na medição dos deslocamentos da massa da Terra, além da
gravidade.
As provas de que existe uma
estreita conexão das flutuações na gravidade da Terra e o campo magnético se
detetaram nos registros das medições do campo magnético pelo satélite CHAMP GFZ.
Além disso, foram
realizadas medições “extremamente precisas do
campo gravitacional da Terra”, com a missão GRACE, onde trabalhou o
Centro Geológico da Alemanha (GFZ)
“O principal
problema foi a separação dos componentes individuais dos dados de gravidade do
sinal total “, explicou o
investigador Vincent Lesur do GFZ.
“Um satélite só mede
a gravidade total, que se compõe das frações de massa de corpo da Terra, a água
e o gelo no solo e o ar”, pelo que tiveram que filtrar os dados, acrescenta
Lesur.
“Só necessitam do
sinal do campo magnético total, que mede o satélite, a proporção da crosta
magnética e então se filtram na ionosfera e a magnetosfera, com o fim de
detectar as pequenas mudanças no núcleo externo “, explicou Vincent Lesur.
Estas medições das
missões por satélite CHAMP GFZ e GRACE conjuntas foram avaliadas
pela primeira vez para este estudo.
A equipe se centrou
numa área entre o Atlântico e o Índico, onde se detectaram ríos de fluxos mais
altos. Foram mudanças “extremamente
rápidas”, ao qual eles
chamaram ‘puxões magnéticos’ e que se observaram em
2007 na superficie da Terra.
“Se trata de um
indício de mudanças repentinas dos fluxos de comunicação no núcleo externo
superior, e são importantes para a compreensão da magneto-hidrodinâmica no
núcleo da Terra”,
expressam os
cientistas.
Utilizando os dados
do satélite mostraram pela primeira vez claros sinais do núcleo da Terra, que
terão notáveis efeitos na criação dos modelos conceituais existentes.
Até agora, a ciência
supunha que as diferênças na densidade no ferro fundido do núcleo da Terra não
eram o suficientemente grandes como para gerar um sinal mensurável no campo
gravitacional da Terra.
Com os fluxos de
massa recém determinados nos resultados de núcleo superior exteriores o estudo
da equipe do Centro Geológico da Alemanha está dando um novo enfoque da
hidrodinâmica do núcleo da Terra.
“As mudanças
recentes do núcleo da Terra derivam das observações satelitais dos campos
magnéticos e a gravidade”.
No estudo
participaram também os investigadores Mioara Mandea,
Panet
Isabelle, Lesur Vincent, Olivier de Viron, Michel Diament e Jean-Louis Le Mouel.
Fontes: La Gran Epoca e Urgente24.
Visto em: Sott
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