SEXTA-FEIRA, 23 DE
NOVEMBRO DE 2012
Embora todas as
liberdades públicas que a Monarquia desenvolveu no Brasil, a ideia de implantar a República no Brasil
cresceu depois do dia 13 de maio de 1888 onde um membro da família real aboliu os escravos, ferindo
assim os interesses particulares de todas as classes conservadoras.
No plano espiritual,
Jesus reuniu as falanges benditas de Ismael e dos seus dedicados colaboradores
e, como no Sermão da Montanha, anunciou que a Pátria do Evangelho (Brasil) estava atingindo a maioridade coletiva e por causa disso,
profundas modificações assinalariam a sua parte social e política.
As pátrias devem
ter, como tem os indivíduos, direito à mais ampla liberdade de ação quando
aprendem a exercitar seus próprios raciocínios.
Que os trabalhadores
de Ismael (zelador escolhido
por Jesus para, juntamente com a sua falange, cuidar do progresso e o
desenvolvimento do nosso país), deveriam
espalhar por toda extensão territorial da pátria brasileira a Sua doutrina de
redenção, de piedade e de misericórdia.
Eles ensinariam aos Seus novos discípulos
encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e a resignação,
para que a luta seja vencida pela luz e pela verdade.
Deveriam abrir a estrada da revolução interior,
cujo objetivo único é a reforma de cada um, sob o fardo das provas, sem ser
indisciplinado perante as leis do mundo e sem usar armas homicidas.
A proclamação da
República Brasileira deveria fazer-se sem derramamento de sangue.
As mudanças deveriam se realizar acima de todos os
cultos religiosos.
E todas as conquistas deveriam estar fora da
contaminação de qualquer intolerância ou intransigência religiosa.
Os discípulos do Evangelho sofreriam os efeitos
dolorosos da borrasca (temporal
de pouca duração) em planejamento.
Mas que Seus trabalhadores estariam a postos
sustentando o Brasil espiritual.
Que seriam Bem-aventurados todos os trabalhadores
da seara divina da verdade e do amor, pois deles é o reino imortal do plano
espiritual.
Assim, as falanges
do Infinito, sob as bondosas determinações do Divino Mestre prepararam, então,
o último acontecimento político, que se verificaria com o seu amparo direto e que constituiria a proclamação da República.
Todas as grandes
cidades do país se entregam à propaganda aberta das idéias republicanas.
Os espíritos mais
eminentes do país prepararam o grande acontecimento.
Entre os
organizadores, prevaleceram os elementos positivistas (membros da Igreja Positivista do Brasil, onde
iniciou grande campanha abolucionista republicana), para que as novas instituições não pecassem
pelos excessos da paixão sanguinolenta das intolerâncias religiosas e, a 15 de Novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin
Constant, Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa e toda uma plêiade de inteligências cultas e vigorosas, o Marechal Deodoro da Fonseca proclama, no Rio de Janeiro, a República dos
Estados Unidos do Brasil e assume o poder no país.
O grande imperador
recebe a notícia com amarga surpresa já que Deodoro era íntimo de seu coração e
de sua casa.
Os instantes de
surpresa, contudo, foram rápidos.
O nobre monarca não
aceitou as sugestões dos apaixonados da Coroa no sentido da reação. Confortado
pelas luzes do Alto, que não o abandonaram em toda a vida, D.Pedro II não
permitiu que se derramasse uma gota de sangue brasileiro.
Preparou rapidamente
sua retirada com a família imperial para a Europa, obedecendo às imposições dos
revolucionários e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas de
dinheiro que o Tesouro Nacional lhe oferece, leva somente um pequeno
travesseiro recheado de terra brasileira para poder ser enterrado com uma
lembrança da Pátria do Cruzeiro que tanto amava.
Visitado pelo
Visconde de Ouro Preto, no mesmo dia em que chegava à capital portuguesa, o imperador lhe declara com serena humildade:
- Em suma, estou
satisfeito...
E, referindo-se à
sua deposição, acrescenta:
- É a minha carta de
alforria.
Agora posso ir aonde
quiser.
Naqueles amargurados
dias, o generoso velhinho se encontrava às vésperas de desencarnar.
No Brasil, as forças
militares que derrubaram a Monarquia, daria continuidade as tradições de amor e
de liberdade.
Nunca a sua figura
de chefe da família brasileira foi esquecida no altar das lembranças da Pátria
do Evangelho, e não só no Brasil.
O eminente político
de Caracas, Dr. Rojas Paul, chamou em seu país o Cônsul-Geral do Brasil, Múcio
Teixeira para dizer-lhe:
- Senhor
Cônsul-Geral do Brasil, peça a Deus que a sua pátria, que foi governada durante
meio século por um sábio,
não seja doravante
levada pelo tacão do primeiro ditador que se lhe apresente.
E, abraçando-o
sensibilizado, concluiu:
- Acabou-se a única
República que existia na América
– o Império do Brasil.
Rusumo de Rudymara, baseado no livro "Brasil, coração do mundo, pátria do
Evangelho", pelo Espírito Humberto de Campos e psicografado por Chico
Xavier
Observação:
Dom Pedro II, com 67
anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel Bedford, onde
passava o dia lendo e estudando.
As visitas à
Biblioteca Nacional era seu refúgio.
Em novembro de 1891, doente não saia mais do quarto. morre no dia 5
de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia.
Seus restos mortais
são transladados para Lisboa, e depositado no convento de São Vicente de Fora,
junto aos da esposa.
Quando revogada a
lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o
Brasil e depositados na catedral do Rio de Janeiro em 1921.
Em 1925, foram
transferidos para Petrópolis.
Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia
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