quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
"Tempestades solares podem causar infarto, aponta pesquisa da USP
Fenômenos foram relacionados com aumento nas
internações pela doença.
Pesquisadora
analisou registros de 35 hospitais na região de Ribeirão Preto."
"Um estudo realizado pela Universidade de São
Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) descobriu que existe relação entre
as atividades solares e problemas cardiovasculares.
Após
analisar os registros diários de 35 hospitais da região entre 1998 e 2007, a pesquisadora Andressa
Kutschenko concluiu
que as internações por doenças cardíacas aumentaram cerca de 40% em épocas de
tempestades geomagnéticas muito intensas.
“Quando acontecem explosões solares e as partículas chegam à Terra,
acaba tendo uma perturbação no campo magnético do nosso planeta.
Isso é um fator que desencadeia infartos, anginas ou então piora crises
de depressão e esquizofrenia", explica Andressa, destacando que isso só acontece quando o
paciente tem predisposição ou fatores de risco para essas doenças.
Andressa afirma ainda que não se sabe como ou por que essas
alterações ocorrem.
“Ainda não conseguimos descobrir o que acontece com o sistema nervoso e
com o sistema cardiovascular para eles mudarem.
Mas é certo que suas funções são alteradas.”
Problema hormonal
Uma
possibilidade apresentada pelo cardiologista Fernando Nobre é de que as tempestades solares afetem a produção
de hormônios fundamentais na função cardíaca, como a adrenalina.
“Os mecanismos não são muito claros, mas é possível que interfira na
produção de adrenalina e na frequência dos batimentos cardíacos, na pressão
arterial e na contração das artérias", diz.
Nobre reafirma a necessidade de mais investigações sobre
o tema,
alegando
que os infartos estão se tornando cada vez mais comuns,
inclusive
entre pessoas jovens.
"Tudo o que possa facilitar o aparecimento do infarto passa a ter
importância no meio científico.”
O cardiologista afirma ser possível monitorar e
prever quando a atividade do sol será intensa.
Mesmo
assim, explica que é difícil evitar seus efeitos no corpo humano.
“É um mecanismo natural e você não tem como se esquivar dele. As
providências seriam ter os cuidados naturais para evitar o infarto, como
hábitos de vida saudáveis”, conclui.
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