quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um grande mistério: Escritores que previram o futuro ~ Nos dias de Noé.

Esqueça Nostradamus, as profecias mais acertadas sobre o futuro vieram dos escritores de ficção.
Às vezes a exatidão de detalhes é impressionante, como no caso da ida do homem à Lua, antecipada por Júlio Verne.
Alguns dos autores até reconheceram que fariam fortuna se tivessem patenteado algumas de suas invenções visionárias.
Quer ver?
Júlio Verne
(1828-1905)
Julio Verne foi um dos pioneiros do futurismo e previu a existência de viagens espaciais, submarinos, helicópteros e satélites.
Em 1869, o escritor francês imaginou um submarino que utilizava um combustível eficiente e praticamente inesgotável.
A ideia se concretizou em 1955, com o primeiro submarino de verdade movido por propulsão nuclear.
Ele recebeu o nome de Nautilus em homenagem ao veículo descrito por Verne.
A descrição de uma viagem à Lua também foi quase profética:
o livro Da Terra à Lua (1865) é praticamente um rascunho do que ocorreu de fato com o projeto americano Apollo, em 1969.
A duração da jornada (97 horas na ficção e 103, na realidade), o número de tripulantes (três), os locais de lançamento (a Flórida) e de pouso (o Mar da Tranqüilidade, na Lua), tudo parece ter sido previsto um século antes.
A cápsula de Verne, em forma de bala, media 4,8m de altura e 2,7m de diâmetro.
A Apollo media 3,7m de altura e 3,9m de diâmetro.
Até mesmo o regresso à Terra, com o pouso no Pacífico e o resgate por um navio, é igual.
HG Wells
(1866 – 1946)
A lista de invenções e ideias de Wells que se tornaram realidade é impressionante.
Em Guerra dos Mundos(1898), ele descreve o laser e, em When the sleeper wakes (1899), fala de portas automáticas.
Wells não descreveu especificamente o celular, mas falou de um futuro em que as pessoas usariam meios de comunicação sem fios e correios de voz em alguns de seus romances.
Suas “previsões” sobre a guerra também foram impressionantes.
Tanques, bombardeamentos aéreos e mesmo bombas nucleares já estavam descritos em seus livros.
Arthur C. Clarke
(1917 – 2008)
Ele próprio confessa que teria ficado rico se tivesse patenteado a idéia dos satélites em órbita fixa ao redor da Terra
A sugestão foi apresentada em um artigo de 1945, como um meio de melhorar as telecomunicações.
O conto A Sentinela (1951) deu origem a 2001:
Uma Odisséia no Espaço, filme de 1968 de Stanley Kubrick sobre o supercomputador HAL 9000, que comanda uma espaçonave,
adquire vontade própria e começa a eliminar os tripulantes.
O filme prevê os computadores capazes de derrotar o homem no xadrez (coisa que aconteceu em 1997, quando um supercomputador da IBM bateu o campeão de xadrez Gari Kasparov em um tira-teima) e mostra uma cidade orbital quase igual à Estação Espacial Internacional.
Até o iPad já tinha sido “previsto” por Clarke.
No livro 2001, escrito em 1968, baseado no script que ele escreveu para o filme de Stanley Kubrick, o protagonista utiliza algo chamado Newspad, um computador usado basicamente para exibir conteúdo como jornais, atualizados automaticamente, durante uma viagem.
Cyrano de Bergerac
(1619 – 1655)
O escritor e duelista francês existiu de verdade e, sim, tinha um enorme nariz (mas isso não é relevante).
Em pleno século 17, ele descreveu em uma de suas obras algo que se parecia com um gravador: uma caixa que permitia “ler com as orelhas.
E vai mais longe: em Viagem à lua (1950), ele fala de uma nave dividida em várias partes que se queimavam sucessivamente, até situar a cápsula tripulada em órbita.
Parece familiar?
A ideia foi retomada por Julio Verne em Da Terra à Lua, de 1865.
Aldous Huxley
(1894-1963)
A obra mais famosa do escritor inglês, Admirável Mundo Novo (1932), descreve um cenário sombrio em que a casta dirigente recorre à lavagem cerebral e à manipulação genética para manter a população idiota.
O livro prevê a liberação sexual dos anos 60, as drogas químicas, a clonagem e até a realidade virtual, que ali aparece com o nome de cinema-sensível. Fora todas as outras associações possíveis entre o “mundo novo” de Huxley e o nosso.
GeoffreyHoyle
(1942)
O escritor britânico nascido em 1942 escreveu o livro 2010:
Living in the Future em 1972 e antecipou boa parte da tecnologia do século 21.
Webcams, compras pela internet, ensino à distância, bibliotecas digitais, estava tudo lá.
Olha a descrição de uma sala com acervo digital em uma biblioteca do futuro:
“Os livros, filmes e jornais estão todos armazenados no computador da biblioteca.
Primeiro você acessa o índice de biblioteca.
Este arquivo contém todos os livros que já foram escritos.
Não importa se eles foram primeiro escritos em chinês ou francês.
Eles vão estar aqui, traduzidos para o Inglês. Há também um índice de filmes e jornais.”
Na descrição de Hoyle, você pode até virar as páginas usando botões e acessar qualquer livro em sua própria casa.
Ele previu até o déficit de atenção das pessoas do futuro:
“Enquanto você está na biblioteca, você pode querer ver alguns filmes de viagem para lhe ajudar a decidir para onde irá nas próximas férias.
(…) Até mesmo se você estiver sozinho em sua casa, você pode conversar com seus amigos durante a aula.
É so digitar o número de um amigo e o seu rosto aparece no canto da tela”.
George Orwell
(1903 – 1950)
A expressão Big Brother surgiu no romance 1984 (1948), em que o autor britânico antevê as paranoias que se tornariam realidade com as câmeras de vigilância espalhadas hoje por todo lado.
O adjetivo “orwelliano” cabe a todo regime totalitário que altera fatos históricos a seu favor e só acredita na paz por meio da guerra.
Fora que o autor inspirou um dos reality shows mais famosos do mundo.
Ray Bradbury
(1920)
No livro Fahrenheit 451 (de 1953), Bradbury imagina os EUA dos anos 90 como uma sociedade hedonista e anti-intelectual, onde é proibido ler livros.
Nesse mundo, todo trabalhador sonha em comprar sua “televisão de parede”, uma sala com projeções 3D e um sistema de som multicanal, onde as pessoas se sentem imersas na transmissão de espetáculos musicais ou competições que testam seu conhecimento sobre cultura popular, e onde os atores de suas séries preferidas são chamados de família.
Detalhe: quando Fahrenheit foi lançado, em 1953, a televisão colorida havia sido lançada nos EUA fazia apenas 3 anos e ainda era extremamente cara.
Tecnologias como o laserdisc e sistemas de som multicanal, que iriam tornar possível os home theaters, só surgiram na década de 1980.
E o melhor: Bradbury ainda está bem vivo e já viu suas previsões acontecerem.
Johann Wolfgang von Goethe
(1749 – 1832)
Além da literatura, Goethe se interessava muito por ciência e deixou trabalhos importantes em campos como botânica, física, química e até meteorologia.
E ele previu um retrato acertado sobre o mundo atual também.
Em Fausto, Goethe antecipou a questão ambiental que o homem enfrenta hoje, destruindo a natureza em prol de um suposto desenvolvimento da civilização.
No romance Os anos de peregrinação de Wilhelm Meister, ele cunhou o termo ‘velocífero’, mistura das palavras “velocidade” e “Lúcifer”, para se referir a um mundo frenético de velocidade demoníaca.
Fonte:
Via:
Under Creative Commons License:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.