Série
de textos escritos por Jean Luc Ayoun durante seu acesso ao Absoluto
*MEU CORAÇÃO EXULTA E SE
VERTE EM CADA UM*
10.04.2012
A Onda da Vida continua a trabalhar nos ateliês da criação, este
indizível Amor que além de abrasar o coração, o faz vibrar em uma tonalidade de
uma potência tal que cada Sopro é deleite e morte, juntando-se ao sublime
perfume da Morada da Paz Suprema.
O Absoluto submerge qualquer forma,
qualquer vontade de ser ou de não ser, eu não sou mais mestre deste coração,
ele age à sua maneira inundando de Amor tudo o que a consciência vê, no mesmo
Fogo que libera e ama sem restrições, mais nenhum limite pode se manifestar
nesta dança da Onda,
mais nenhum conhecido pode ali
aparecer, esse fluxo verte-se em permanência, noite e dia, sobre tudo o que é
adjacente e notado, nenhum obstáculo, nenhuma construção, nenhuma hostilidade
pode perturbar o que é vivo e vida!
O próprio sentido de toda vida inscreve-se nesta dança da Onda que
é renascimento permanente do Amor a ele mesmo, nenhum problema, nenhum embaraço
pode sustentar-se diante da majestade do indizível Último.
Então,
escapa deste peito que foi o meu, um único grito, um único apelo “Ame!” e venha
então abrasar o coração dos outros, de cada Um,
despertando-o à sua indizível Alegria
de si mesmo, o mesmo coração, o mesmo Amor flui então de Você para mim e de Mim
para você, nenhuma barreira, nenhuma prisão, nenhuma carne pode nos restringir
ou nos limitar no ato de amor, porque nós somos Amor, Absoluto, Último!
Nós somos a Liberdade, nós somos a Alegria infinita.
Nenhum limite pode alcançar o Amor, nenhum freio pode alterar a
Onda da Vida, nós oferecemos nossos vasos e nossos templos em gratidão por esta
Dádiva.
Nenhum pensamento pode imiscuir-se na
vibração dos nossos corações entrelaçados e, livre, eu canto a sua liberdade,
eu canto a minha liberação,
unidos no mesmo canto do Último, no
mesmo Sagrado das nossas presenças neste mundo como em qualquer mundo, nenhuma
estrela pode ignorar a nossa sagração, pode negar a evidência do Amor.
Eu não me pertenço mais, eu não pertenço mais a você, porque os
nossos corações pertencem ao Único, nenhum pertencimento pode imobilizar o Amor
e a Liberdade, eu canto a sua Vida, como você canta a Minha, que não estão mais
em nós, mas estão inscritas no frontispício do infinito!
Eu o amo além de todo eu, de toda
pessoa, eu sou o Amor honrando o Amor que você é, esqueçamos nossas pessoas e
entremos no indizível do Absoluto,
não há outra via, não há outras
possibilidades senão ser este sorriso, este olhar preenchido da Graça, esta mão
que aberta oferece a você a Dádiva de si mesmo, o olhar preenchido da promessa
eterna do seu Amor, eu estimo cada coração, cada chama, não importa que ela
acolha ou não, porque todo coração é bom para tornar-se livre, para tornar-se
vibrante com a nossa união e a nossa liberdade!
Ele nos falou: “quando vocês forem dois reunidos em meu nome, eu estarei entre
vocês!”, Ele vem confirmar isso.
Eu conheço o seu Amor, você não pode
esconder o seu coração, nenhuma muralha pode ser invencível para a Graça do
Amor, não negue mais, não rejeite mais a sua essência, o que quer você
combater, o que quer você esperar de mais belo do que o que você é, atrás desta
pessoa, atrás de cada pessoa, abra-se!
Porque nada pode fechar de novo o seu
coração à sua Divina Presença, nada pode alcançar o Amor, exceto o Amor.
DESFRUTEM.
Tradução
para o português:
Zulma Peixinho
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