Série de textos
escritos por Jean-Luc Ayoun durante seu acesso ao
Absoluto
NO OCEANO DA
BEATITUDE*
- 23.03.2012
Quaisquer que sejam os acontecimentos exteriores deste mundo ou
alcançando esta consciência presente neste mundo, Eu permaneço como nunca na
indizível Alegria e Presença deste Êxtase infinito de ser a VIDA.
Quando eu olho os meus irmãos e irmãs, apreendidos de dúvida e de
interrogações, uma paz ainda maior se instala.
O Absoluto sabe que vocês ainda atuam, jamais a noite é muito
sombria como antes do Sol nascer, é durante esses momentos que tudo o que não
foi iluminado no ser, sobressai e ataca o que é efêmero.
É ao que vocês assistem em vocês, ao mesmo tempo uma excitação
diante do desconhecido, o sentimento exato de que isso é demasiado ou não
assaz,
esse corpo que está fatigado ou em plena forma, esses humores que
passam de um estado a outro, essa mudança interior que vocês apreenderam, mesmo
se vocês o negarem, esse face a face que emerge para todos, para cada um.
Uma mistura complicada e por vezes dolorosa, de alegria, de
apreensão.
porque o que chega nada mais é do que o seu próprio nascimento na
Graça.
Naturalmente, tudo o que esteve aí por muito tempo para vocês nesta
vida,
parece tão frágil, e tão forte ao mesmo tempo...
Há momentos em que a Graça apreende e remove toda dúvida, há outros
momentos em que tudo parece descer de novo como um suflê que sai do forno.
Isso é fatigante, por vezes extenuante, por vezes extático, e tudo
isso é apenas o mesmo processo, este nascimento a nós mesmos, à nossa
eternidade.
Como é que o que foi tão ardentemente
desejado pode estar tão ativo hoje?
O que é esta luta, estes movimentos que
parecem contradizer-se entre eles?
É o choque pessoal do seu próprio reencontro, do seu próprio
reconhecimento, uma coisa é acreditar, mesmo no Absoluto, no Amor, é totalmente
outra coisa viver o que nós por tanto tempo acreditamos estar afastado.
Esta Graça que se revela é também um luto, o luto real, como o
adolescente que deixa a infância ao mesmo tempo com medo e com sede do que o
aguarda.
No entanto, a beleza é inevitável, o único combate somos nós, nada
existe fora do SI, evidentemente o ser sempre acredita que há uma história a
percorrer, batalhas a liderar, experiências a viver, deuses maus e bons que
querem a nossa perda ou o nosso bem, que nós criamos ou que nós destruímos.
Esta lógica do efêmero apenas pode manter-se se vocês aderirem a
uma história que se desenrola em um tempo linear, e se essa linearidade for apenas a única possível?
Uma sucessão de momentos que se seguem, que vão de um ponto a
outro,
sem parar, então, qual seria o objetivo
disso?
Não haveria qualquer objetivo, mas o prosseguimento de um intuito
eterno,
mas jamais realizado, uma busca da Verdade e de Justiça, quem acredita nisso senão o EGO?
Só ele quer acreditar evoluir, melhorar, lutar por um deus, ou por
uma causa nobre.
O SI estabelece o ser na Beatitude, o Absoluto realiza a Fusão dos
chakras,
a Kundalini sobe e vem desposar a divina Shakti, depois chega um
momento em que mesmo isso que foi vivenciado é transcendido, vocês acedem à sua
natureza, não como uma experiência, mas sim como uma imanência total, aí não
pode existir a mínima questão, a mínima dúvida, então vocês sorriem,
porque, quaisquer que sejam as divisões realizadas pelos seus
irmãos e suas irmãs, vocês sabem que isso irá terminar, porque isso é efêmero,
porque a história deste mundo, como de qualquer universo, é uma bela história,
porque vocês percorrem a história, mas que jamais, de fato, vocês
mudaram,
mas é apenas uma história qualquer, vocês descobrem que vocês são
apenas Graça e Amor, essa é a sua natureza, que apenas há combate a realizar
para aquele que luta consigo mesmo.
Que há apenas Beleza e Majestade no Absoluto.
A paz torna-se a sua morada, quer este corpo sofra ou se regozije,
nada pode alterar o que vocês são, vocês amam do mesmo modo aquele que os
rejeita como aquele que crê segui-los, porque ninguém segue ninguém no
Absoluto, só o combate do Ego acredita nisso, o próprio Ego todos nós sabemos
ser o medo, o seu combate é pôr fim ao medo, o paradoxo não é para uma coisa que apenas existe pelo medo e pelo
sentimento de separação?
Quando a Beatitude, que é tolice para o EGO, está aí, o que mais vocês querem ou vocês podem pedir?
É curioso que o EGO que busca esta beatitude e esta satisfação em todo espectro de
desejos e de experiências desta vida sobre a Terra, torna-se muito inquieto
quando ela está aí, e ainda mais inquieto quando ele não o vive, ou pior quando
um irmão ou uma irmã vive isso!
Vocês não acham que isso não é lógico?
Absurdo?
Sim, isso o é, e como poderia ser de outra forma com o que é
limitado,
efêmero, e que jamais irá viver isso... e que, no entanto, dá
lições... sim, o Absoluto ri, não das suas ideias ou posições, simplesmente
desta Absurdidade, não são vocês que são absurdos, mas sim o EGO...
vocês são Alegria, Felicidade! Beatitude e Verdade.
DESFRUTEM.
Tradução
para o português: Zulma Peixinho
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