quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
O tema de hoje é
bastante complicado, até porque traz conceitos pouco conhecidos.
Espero me fazer
entender.
É sobre o que é ter
consciência e não simplesmente ter ciência (saber
ou conhecer ou ter percepção)
Encontrei um texto
de um psicólogo americano (Dr. Arthur Janov) que explica bem a
diferença:
“A Psicoterapia tem estado no negócio ter ciência por muito
tempo.
Desde os tempos de Freud temos deificado insights.
Estamos tão acostumados a apelar para o córtex frontal todo
poderoso, a estrutura que nos fez os avançados seres humanos, que esquecemos de
nossos preciosos antepassados, seus instintos e sentimentos.
Nós podemos enfatizar como o nosso neocórtex
é tão diferente de outras formas animais enquanto desconsideramos
nosso aparato de sentimentos compartilhados mutuamente.
Precisamos de uma terapia de consciência, não de ciência (estar
ciente).
Se acreditarmos que temos um Id
a estufar dentro de nós, não há nenhum tratamento adequado porque a
causa é uma aparição, um fantasma que não existe.
Ou pior, é uma força genética que é imutável e, portanto, não pode
ser tratada.
Em qualquer caso, nós somos os perdedores.
Não há nenhuma impotência tal como ser
inconsciente; correndo à volta com dilemas sobre o que fazer sobre isso ou
aquilo, sobre problemas sexuais,
hipertensão arterial, depressão e explosões de temperamento.
Tudo parece ser como um mistério. À pessoa ciente ou que procura a
ciência (conhecimento) tem de ser dito tudo.
Ele ouve, obedece — e sofre.
Conhecimento ou constatação não nos faz sensível, empático ou
amoroso.
Faz-nos cientes de porque não podemos ser.
É como estar ciente de um vírus.
É bom saber qual é o problema, mas nada muda.
O melhor que o estar ciente pode fazer é criar idéias que negam a
necessidade e a dor.
Ciência não é a cura; a consciência o é.
A verdadeira ciência consciente significa sentimentos e, portanto,
humanidade.
À pessoa consciente não é preciso ser dito sobre suas motivações
secretas.
Ela as sente e não são mais secretas.
Consciência significa pensar o que sentimos e sentir o que
pensamos; o fim de uma existência dividida e hipócrita.
Ciência não pode fazê-lo porque tem de mudar a cada vez que há uma
nova situação.
É por isso que a terapia cognitiva é tão complexa.
Ela tem de seguir cada nova mudança na estrada.
Tem que combater a necessidade de drogas e depois batalhar a
incapacidade de manter um emprego e ainda tentar entender porque
relacionamentos estão caindo aos pedaços. Isso também explica porque a terapia
convencional leva tanto tempo; cada avenida deve ser percorrida de forma
independente.
A consciência é global; ela se aplica a todas as situações, engloba
todos aqueles problemas de uma só vez.
O verdadeiro poder da consciência é levar a uma vida consciente
com tudo o que isso significa: não estar sujeito a
comportamento descontrolado, ser capaz de se concentrar e aprender, capaz de
ficar quieto e relaxar, ser capaz de fazer escolhas que são saudáveis, a
escolha de parceiros que são os mais saudáveis e acima de tudo, ser capaz de
amar.”
Enfim, estar consciente é ter sentimentos a respeito de algo, não
é meramente um processo cognitivo, é mais amplo.
Quando apenas estamos cientes de algo, usamos o hemisfério
cerebral esquerdo, o responsável pelo pensamento lógico.
Estar ciente conscientemente é
ter ambos os hemisférios cerebrais trabalhando em harmonia.
Como seres humanos complexos que somos, muitas vezes estamos
conscientes de situações ou problemas externos, como a fome no mundo, por
exemplo,
mas não estamos conscientes do que se passa em nosso psiquismo, o
por que de estarmos sofrendo neste momento de nossas vidas.
Ou vice-versa: aqueles mais centrados no próprio umbigo têm
consciência do que vai em seu interior, mas estão se lixando para o que vai
pelo mundo com seus congêneres irmãos.
Se quisermos evoluir como pessoas é preciso estarmos conscientes
não só de nós mesmos como também do mundo em que vivemos, do que acontece com
nossos irmãos de jornada.
Aqui no blog você encontra textos para ajudá-lo a expandir sua
consciência em vários aspectos.
Sinta-se à vontade para garimpá-los.
Imagem: psicologia1.com.br
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