segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Uma nave-mãe liberará de cinco a seis robôs esféricos sobre a lua
Fobos, de Marte, ou sobre um asteroide.
[Imagem: Marco Pavone]
Robôs rolantes
Com uma missão a Marte cada vez mais
longe no futuro, e sem muitos motivos para voltar à Lua, o interesse volta-se
cada vez mais para corpos celestes menores, como luas de outros planetas e
asteroides.
É o que defende o Dr. Marco Pavone, da Universidade de
Stanford, já devidamente financiado pela NASA.
Pavone está
idealizando uma missão à lua Fobos, de Marte, mas que poderá ser facilmente
adaptada para explorar corpos celestes menores e mais próximos da Terra.
O pesquisador mostrou nesta semana
como ele pretende explorar diretamente a superfície desses corpos celestes de
baixa gravidade.
A ideia é usar pequenos robôs,
parecidos com ouriços-do-mar,
lançados a partir de uma nave-mãe em
órbita - a missão foi batizada de Phobos Surveyor (investigador de Fobos, em tradução livre).
Medindo cerca de meio metro de
diâmetro cada um, os robôs esféricos poderão saltar, rolar ou quicar ao longo
da superfície repleta de crateras da lua marciana, analisando múltiplos locais
e vários tipos de formações rochosas.
Mobilidade híbrida
Corpos celestes pequenos têm
gravidade muito fraca, o que inviabiliza sua exploração com robôs movidos por
rodas ou lagartas, já que estas perdem tração.
Pavone então
idealizou um sistema de mobilidade híbrido, que explora tanto a baixa gravidade
quanto um movimento tipicamente "voador".
Os robôs-ouriço não têm rodas, mas
três discos apontando em direções diferentes.
Quando os discos giram, sua força
inercial combinada permite que o robô mova-se com agilidade e com muita
precisão.
[Imagem: Marco Pavone]
Quando os discos giram, sua força
inercial combinada permite que o robô mova-se com agilidade e com muita
precisão.
Basta variar a velocidade dos discos
para que o robô role, salte ou quique.
Isso significa que esses robôs têm
uma estrutura forte o suficiente para suportar impactos, simplificando muito a
tarefa de lançá-los da órbita até a superfície da lua.
Para testar todas as possibilidades
de movimentação, os pesquisadores agora estão construindo uma versão do robô
que não é esférica, mas cúbica, embora as simulações indiquem que o formato mais
eficiente deverá ser esferoide, ou multifacetado.
Nave-mãe
Uma nave-mãe deverá lançar apenas um
robô-ouriço de cada vez,
minimizando a complexidade dos
equipamentos necessários para rastrear e receber as informações vindas do
explorador.
Tão logo desça sobre a lua, o robô
transmitirá sua posição à nave-mãe, que então traçará uma rota de exploração,
mediante comandos recebidos do centro de controle na Terra.
NASA simula no
deserto missão tripulada a asteroide
Com base na análise dos dados
coletados, os controladores poderão manobrar a nave para o próximo ponto de
interesse e lançar o próximo robô.
O projeto inicial prevê o lançamento
de cinco ou seis robôs.
Interesse na lua
Há pouco mais de um ano terminou em
fracasso o projeto russo de enviar uma sonda para coletar uma amostra da lua Fobos.
O interesse sobre Fobos é grande porque a lua tanto pode ser
um asteroide capturado por Marte quanto ser um pedaço do próprio planeta
ejetado por um impacto.
Se for formado do mesmo material, os
cientistas poderiam estudar Marte sem os riscos e custos associados com a
exploração do próprio planeta, que possui uma gravidade muito maior.
Para Pavone, seria muito mais viável enviar astronautas a Fobos,
que poderiam usar a lua como
estação-base para eventualmente controlar robôs na superfície de Marte.
FONTE: SITE
INOVAÇÃO TECNOLOGICA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.