quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ufos-Wilson: Robôs acrobáticos vão explorar luas e asteroides

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Robôs acrobáticos vão explorar luas e asteroides
Uma nave-mãe liberará de cinco a seis robôs esféricos sobre a lua Fobos, de Marte, ou sobre um asteroide.
[Imagem: Marco Pavone]
Robôs rolantes
Com uma missão a Marte cada vez mais longe no futuro, e sem muitos motivos para voltar à Lua, o interesse volta-se cada vez mais para corpos celestes menores, como luas de outros planetas e asteroides.
É o que defende o Dr. Marco Pavone, da Universidade de Stanford, já devidamente financiado pela NASA.
Pavone está idealizando uma missão à lua Fobos, de Marte, mas que poderá ser facilmente adaptada para explorar corpos celestes menores e mais próximos da Terra.
O pesquisador mostrou nesta semana como ele pretende explorar diretamente a superfície desses corpos celestes de baixa gravidade.
A ideia é usar pequenos robôs, parecidos com ouriços-do-mar,
lançados a partir de uma nave-mãe em órbita - a missão foi batizada de Phobos Surveyor (investigador de Fobos, em tradução livre).
Medindo cerca de meio metro de diâmetro cada um, os robôs esféricos poderão saltar, rolar ou quicar ao longo da superfície repleta de crateras da lua marciana, analisando múltiplos locais e vários tipos de formações rochosas.
Mobilidade híbrida
Corpos celestes pequenos têm gravidade muito fraca, o que inviabiliza sua exploração com robôs movidos por rodas ou lagartas, já que estas perdem tração.
Pavone então idealizou um sistema de mobilidade híbrido, que explora tanto a baixa gravidade quanto um movimento tipicamente "voador".
Os robôs-ouriço não têm rodas, mas três discos apontando em direções diferentes.
Quando os discos giram, sua força inercial combinada permite que o robô mova-se com agilidade e com muita precisão.
[Imagem: Marco Pavone]
Quando os discos giram, sua força inercial combinada permite que o robô mova-se com agilidade e com muita precisão.
Basta variar a velocidade dos discos para que o robô role, salte ou quique.
Isso significa que esses robôs têm uma estrutura forte o suficiente para suportar impactos, simplificando muito a tarefa de lançá-los da órbita até a superfície da lua.
Para testar todas as possibilidades de movimentação, os pesquisadores agora estão construindo uma versão do robô que não é esférica, mas cúbica, embora as simulações indiquem que o formato mais eficiente deverá ser esferoide, ou multifacetado.
Nave-mãe
Uma nave-mãe deverá lançar apenas um robô-ouriço de cada vez,
minimizando a complexidade dos equipamentos necessários para rastrear e receber as informações vindas do explorador.
Tão logo desça sobre a lua, o robô transmitirá sua posição à nave-mãe, que então traçará uma rota de exploração, mediante comandos recebidos do centro de controle na Terra.
NASA simula no deserto missão tripulada a asteroide
Com base na análise dos dados coletados, os controladores poderão manobrar a nave para o próximo ponto de interesse e lançar o próximo robô.
O projeto inicial prevê o lançamento de cinco ou seis robôs.
Interesse na lua
Há pouco mais de um ano terminou em fracasso o projeto russo de enviar uma sonda para coletar uma amostra da lua Fobos.
O interesse sobre Fobos é grande porque a lua tanto pode ser um asteroide capturado por Marte quanto ser um pedaço do próprio planeta ejetado por um impacto.
Se for formado do mesmo material, os cientistas poderiam estudar Marte sem os riscos e custos associados com a exploração do próprio planeta, que possui uma gravidade muito maior.
Para Pavone, seria muito mais viável enviar astronautas a Fobos,
que poderiam usar a lua como estação-base para eventualmente controlar robôs na superfície de Marte.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA

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