terça-feira,
15 de janeiro de 2013
Os astrônomos já localizaram, em números até o
final de dezembro de 2012, 854 planetas extrassolares.
Somente o telescópio espacial Kepler da NASA
flagrou mais de 2700 candidatos a planeta, a serem confirmados nos próximos
anos.
O grande prêmio da caça a exoplanetas será um mundo similar à Terra, com tamanho aproximado e situado na região
habitável de sua estrela.
Contudo, boa parte desses mais de 800 mundos são
gigantes gasosos como Júpiter ou Saturno, inadequados a vida como conhecemos.
Mas uma equipe de astrônomos defende que esses
planetas inabitáveis podem possuir luas habitáveis, e de fato vários gigantes
gasosos foram localizados orbitando a região onde as temperaturas permitem a
existência de água líquida.
De acordo com Rory Barnes, da Universidade de Washington e do Instituto de
Astrobiologia da NASA
“Existe uma zona habitável para exoluas, um pouco
diferente da zona habitável para exoplanetas”.
Ele e René Heller do Instituto Leibniz de
Astrofísica de Potdsdam,
Alemanha, explicam que o clima e a luz podem ser
bem diferentes para exoluas em comparação a exoplanetas.
Como nossa Lua, tais satélites podem estar travados,
sempre com a mesma face voltada para seu planeta, e isso pode diminuir a região
habitável da lua. Satélites também possuem duas fontes de luz, sua estrela e a
que é refletida por seu planeta, sem falar nos eclipses.
Segundo Heller:“Um observador na superfície de uma exolua
experimentaria o dia e a noite de maneira bem diferente do que aqui na Terra.
Por exemplo, eclipses estelares poderiam lançá-lo
na escuridão total ao meio-dia”
Os dois astrônomos detalharam sua pesquisa em um
artigo publicado na edição de janeiro do periódico Astrobiology, e explicam como esses efeitos precisam ser levados
em consideração para determinar a habitabilidade de uma exolua.
E outros pesquisadores já consideram meios de caçar
esses mundos. Por exemplo, o próprio telescópio Kepler, que busca planetas por
meio da minúscula variação de brilho estelar resultante da passagens destes
diante de suas estrelas.
O Kepler poderia medir variações nesses trânsitos,
causada pela gravidade de uma exolua atrasando ou adiantando seu planeta.
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