Série
de textos escritos por Jean Luc Ayoun durante seu acesso ao Absoluto
*TUDO É AMOR ABSOLUTO*
25.04.2012
No silêncio das palavras eu deixei a Onda da Vida
trabalhar em mim e sobre o meu mundo, uma paz inalterável apareceu, eu estou
aqui e por toda parte,
na mesma Graça eterna do Absoluto, o êxtase
estabilizado mostra à minha consciência a beleza da Vida, aquela que está
operando em todas as coisas,
em todas as consciências, aqui como por toda
parte.
Então, um único
grito ergue-se: “Pai,
perdoa-os, eles não sabem o que eles são”, este grito
é um ato de Amor que só é ouvido por Gaïa e pelo amado do Um, o eco da Graça
canta em mim que tudo, absolutamente tudo está em ordem, que tudo está pronto
para as últimas Núpcias Místicas, eu fui gerado do filho virgem de qualquer
medo, de qualquer ataque das feiuras do Ego.
A vida nova é bela e está bem aí, além de toda
dúvida e de todas as questões, eu vivo cada minuto na paz do instante presente,
nesse único face a face, há o universo da Luz, espaços sagrados onde tudo é
canto, tudo é a infinita bondade da Presença.
Eu estou em cada Um, assim como todos estão em
mim, eu assumo o peso de toda humanidade na leveza da indizível Alegria que
transpassa o coração deste corpo, a Onda que se agita desde os pés lançou-se
até o mais alto deste corpo, a única palavra que dança em letras de fogo é
Plenitude, o único credo da minha alma é “ame!”.
O Amor verte-se neste templo mortal, ele preenche
cada espaço, assim como cada segundo do seu canto de eternidade.
Uma força
prodigiosa ilumina o meu olhar sobre cada coisa observada, eu sou preenchido
continuamente da indizível Dádiva da Graça, nada pode mais ficar fora desta
lava em fusão com o Absoluto, nada pode desviar o sopro do verbo do seu próprio
destino, eu sou Um em todos e por toda parte, a melodia do Absoluto dança neste
corpo e nesta consciência onde o eu sou também está presente.
Eu não posso descrever mais diante do gosto do
Absoluto, eu bebo à Vida,
como ela bebe em mim, os mundos são danças das
calmarias da vida, este mundo ali prossegue, nenhuma aparência enganosa pode
impedir isso, esta realização da Luz é o justo tributo daquele que tanto sofreu
da ilusão de não ser, desta vida, deste êxtase.
O olhar do coração é uma potência incessantemente
renovada concedendo o absoluto perdão, eliminando qualquer abjeção e qualquer
falta.
Estar pleno disso é ser isso, tudo é doação e compartilhamento,
nenhuma falta pode obstruir o Amor que jorra da fonte do coração, tudo ali está
incluído, sem exceção alguma, o alarido dos Egos é apenas murmúrio diante do
canto da Vida, tudo é tão simples na majestade do Absoluto, tudo é tão pleno,
tão amplo, sem início nem fim, que apenas pode registrar o Amor que nada pode
descrever, que nada pode apagar. Eu os amo à medida da Onda da Graça, sem
limites, sem desvios, sem artifícios.
DESFRUTEM.
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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