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via blog:
Fenômeno estranho na Venezuela
Ao Editor da Scientific American
OBS:
Ao final
do texto prestem atenção para a data.
Durante a
noite do último dia 24 de
outubro, chuvosa
tempestuosa, uma família de nove pessoas dormindo em uma cabana a alguns
quilômetros de Maracaibo, foi acordada por um zunido alto e barulhento quando
uma luz brilhante e vívida iluminou completamente o interior da casa em que
dormiam.
Os moradores
foram tomados de completo terror acreditando, como narraram, que o fim do mundo
tinha chegado.
Atiraram-se
ao chão de joelhos e começaram a rezar, mas sua devoção foi quase que
imediatamente interrompida por vômitos violentos, e ferimentos que começaram a
aparecer na parte de cima de seus corpos,
isto sendo
especialmente notado nas áreas da face e dos lábios.
Devemos
notar que a luz brilhante não se fazia acompanhar da sensação de calor, muito
embora houvesse uma aparente névoa e um odor peculiar.
Na manhã
seguinte os ferimentos tinham diminuído, deixando em seus rostos e corpos
grandes manchas negras na pele.
Nenhuma dor
foi sentida pela família até o nono dia, quando a pele começou a descascar e as
manchas se transformaram em dolorosas infecções virulentas.
O cabelo, do
lado que estava virado para o fenômeno, caiu quando ele ocorreu.
Nos nove
casos o lado do corpo mais atingido foi, exatamente, aquele que estava voltado
para a luz brilhante.
O mais
curioso sobre essa ocorrência é que a casa nada sofreu e todas as portas e
janelas estavam fechadas durante o acontecido.
Nenhum traço
de luminescência pôde ser observado depois do fato em qualquer parte da
construção e todos os que sofreram a experiência foram unânimes em afirmar que
não houve nenhuma detonação, mas somente um alto som sibilante já mencionado.
Outro dado
curioso sobre o fenômeno é que as árvores em torno da casa não mostraram nenhum
sinal de dano até o nono dia, quando elas subitamente descoloraram, quase que
simultaneamente com o desenvolvimento dos ferimentos nos corpos dos ocupantes
da casa.
Isso,
talvez, seja uma mera coincidência, mas é impressionante que a mesma
susceptibilidade aos efeitos elétricos, com o mesmo lapso de tempo, tenha sido
observado nos organismos animais e vegetais.
Eu visitei
as pessoas que estão sofrendo e que estão, agora, em um dos hospitais da
cidade; e embora eles estejam com uma aparência realmente horrível, tudo indica
que os ferimentos desse caso não irão se mostrar fatais.
Warner Cowgill
Consulado dos Estados Unidos
Maracaibo, Venezuela
17 de Novembro de 1886
O ano está correto: 1886.
A carta foi
publicada na Scientific American em 18 de dezembro do mesmo ano
muito antes da ufologia atual.
Não existia a
televisão não existia.
Motores radioativos
não existiam.
Mas o fenômeno
existia; estava lá.
Foi registrado
pela mais importante revista científica da época.
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