Jiddu Krishnamurti
domingo, 27
de janeiro de 2013
Observe o que lê, vê... preste atenção nas notícias que tem visto,
pois os reflexos não são momentâneos mas sim, ao longo prazo.
Toda informação dramática, negativa, por exemplo, ficam enraizadas
no subconsciente.
O subconsciente é uma 'memória' que registra e aceita tudo que está acontecendo, mesmo aquilo que
você não está dando atenção.
Filtrar ou melhor, não ver ou NÃO entrar no drama é uma questão de saúde, de consciência!
Cuidado com as notícias!!!
Verdade - Medo - Ser livre
Não há caminho para a verdade
Agora, se você entrar nisto muito clara e inteiramente, com
inteligência,
você vê que para a verdade não pode haver caminho; não existe
caminho como seu e meu; o caminho do ritual, o caminho do conhecimento, o
caminho da devoção, e os outros inumeráveis caminhos que os filósofos
inventaram, dependendo de suas idiossincrasias e reações neurológicas.
Agora, se a pessoa pode pensar claramente sobre este assunto, sem
preconceito – quero dizer por preconceito estar comprometido com uma ação
particular de pensamento ou crença, e estar totalmente alheio a uma forma
particular de pensar, uma abordagem particular, deve inevitavelmente limitar,
seja o caminho do conhecimento, o caminho da devoção, ou o caminho da ação – a
pessoa verá que qualquer caminho particular deve invariavelmente limitar e,
portanto, não pode levar à realidade.
Porque um caminho de ação, ou um caminho de conhecimento, ou um
caminho de devoção, em si não é suficiente, por certo.
Um homem de saber, conquanto erudito, conquanto enciclopédico seu
conhecimento possa ser, se ele não tem amor, certamente seu conhecimento é
inútil; é simplesmente aprendizado de livro.
Um homem de fé, como discutimos, deve inevitavelmente moldar sua
vida de acordo com o dogma, a doutrina que abraçou, e assim sua experiência
deve ser limitada; porque a pessoa experimenta de acordo com suas próprias
crenças, e tal experiência nunca pode ser libertadora.
Ao contrário, é comprometedora.
E, como dissemos, só em liberdade a pessoa pode descobrir alguma
coisa nova, alguma coisa fundamental. –
(The Collected Works Volume V)
O medo é um processo psicológico
O medo não é só uma resposta das glândulas supra-renais, mas também
um processo psicológico.
Para compreender o medo, não intelectualmente, mas de fato estar
livre dele, a pessoa precisa de observação muito aguda, tem que olhar para ele
bem de perto.
Quando a mente – que foi treinada numa cultura que aceita o medo
como parte da vida com toda sua violência – compreende o medo então, talvez
possamos ficar completamente livres não só conscientemente, mas também
inconscientemente.
Para entrar nesta questão do medo, a pessoa tem que estar
consciente que deve olhar seu próprio medo, não o medo que lhe foi contado ou o
medo do desconhecido, mas o medo real que a pessoa tem.
- (Talks in Saanen, 1968)
É possível ser livre?
A pessoa pergunta, é possível ser livre?
É possível para nós como somos, condicionados, modelados, moldados
por toda influência, pela propaganda, pelos livros que lemos, os filmes, as rádios,
as revistas, todos impostos sobre a mente, modelando-a para viver neste mundo
completamente livres, não só conscientemente, mas em todas as origens de nosso
ser?
Esse me parece ser o desafio, é a única questão.
Porque se a pessoa não é livre, não existe amor; existe ciúme,
angústia,
medo, dominação, a busca de prazer, sexualmente ou outro.
Se a pessoa não é livre, não pode ver claramente e não existe
sentido de beleza. –
(Talks and Dialogues Saanen 1968)
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