domingo, 3 de
fevereiro de 2013
via blog:
”Os discos
ingleses são sinais provocativos à nossa inteligência", disse o ufólogo Ademar José
Gevaerd.
A palestra que encerrou a programação do palco
Galileu da Campus Party Brasil desse ano foi sobre agroglifos, os desenhos
atribuídos a extraterrestres em campos de plantações de grãos.
Também chamados de círculos ingleses, em
referência ao país onde foram inicialmente observados, os fenômenos vem sendo
registrados no Brasil desde 2008, explicou o ufólogo e jornalista Ademar José Gevaerd.
"Ufologia
é ciência pura, do começo ao fim", afirmou aos
campuseiros, reclamando do tratamento "preconceituoso" que o tema recebe da comunidade científica.
Segundo o pesquisador de OVNIs, a presença na Campus Party Brasil é importante
para que o campo da ufologia "seja
visto pela área da ciência".
"Há
uma metodologia de pesquisa, que emprega conceitos científicos de várias áreas
e apresenta resultados através de laudos",
descreveu.
Gevaerd mostrou a
história dos agroglifos, desde o fim da década de 1970,
quando foram descobertos os primeiros, e também
citou os detalhes que caracterizam as formações.
"O
fenômeno é um dos mais contundentes sobre a presença de outras inteligências.
Os
discos ingleses são sinais provocativos à nossa inteligência", disse,
reforçando que o momento é de tentar entender "o
que significam, por quem são feitos e por quê essas formas de vida se preocupam
em mandar essas mensagens"
O monumento de pedras de Stonehenge foi o primeiro cenário de aparecimento dos
sinais extraterrestes, com círculos simples.
Os desenhos foram ficando mais complexos nos
anos 80 e 90, quando começaram a aparecer fora da Inglaterra, mas ainda apenas
em países do hemisfério norte.
Gevaerd trabalha com o
número de 10 mil desenhos, mas cita pesquisadores que atingiram a casa dos 30
mil.
O ufólogo explicou que os desenhos aparecem no
verão, quando os grãos são cultivados, e que a forma como as plantas são
dobradas é característica.
Os ângulos são sempre idênticos, e as plantas
continuam vivas mesmo após os agroglifos, descreveu.
Além disso, os ramos intocados continuam em
perfeito estado e não há marcas de pneus de carros ou plantas amassadas
aleatoriamente - o que indicaria passagem de pessoas.
"Mesmo
um pesquisador iniciante é capaz de perceber as diferenças entre uma fraude e
um fenômeno real", resumiu.
Outra característica é a visão de luzes no céu
na mesma noite ou em noites anteriores, relatada por testemunhas.
Além disso, os desenhos aparecerem em locais
com sítios arqueológicos, seja já conhecidos, seja por conhecer.
"Há
casos em que se encontrou sítios justamente porque se começou a buscá-los após
o aparecimento dos círculos ingleses", apontou.
No Brasil também
Os primeiros sinais extraterrestes em
plantações brasileiras surgiram em 2008,
em Ipuaçu (SC), a 520 quilômetros de Florianópolis.
Segundo Gevaerd, ainda não se sabe sobre a presença de um sítio arqueológico
no local, que tem sido palco do fenômeno ano após ano, porque ainda não há
estudos.
Mas já se observou, segundo o pesquisador, a
complexificação dos desenhos,
que iniciaram com um círculo circunscrito a um
anel, há quatro anos, e em outubro passado já eram compostos de duas figuras
interligadas compostas de 35 formas geométricas.
No mundo, desde 2000 se registra imagens com
efeito 3D.
O pesquisador esteve em Santa Catarina fazendo
medições segundo a metodologia ufológica, e relatou aos campuseiros um teste
feito com celulares em 2008 e 2009, quando a região do oeste catarinense ainda
não tinha sinal de nenhuma das quatro operadores.
Dentro dos sinais, os pesquisadores conseguiram
fazer ligações.
"Em 2009 eu mesmo consegui isso, com um
iPhone 3GS", relatou.
"Em
1997 eu fui o primeiro e entrar em um agroglifo, e é uma experiência bem
interessante, que não sei ainda descrever em termos fáceis.
Qualquer
pessoa que frequente um desses ambientes não vai sair dali como entrou", contou.
Aos descrentes, ele comparou: "nós não estamos cavocando (sic) o solo de
Marte, fotografando asteroides?
Esses são os nossos discos voadores.
Só que os deles são muito mais avançados",
disse.
Campus Party Brasil 2013
A sexta edição da Campus Party Brasil, uma das
maiores festas de inovação,
tecnologia e cultura digital do mundo, acontece
entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro no Anhembi
Parque, em São Paulo.
Na Arena do evento, 8 mil pessoas têm acesso à
internet de alta velocidade e a mais de 500 horas de palestras, oficinas e
workshops em 18 temáticas, que vão desde mídias sociais e empreendedorismo até
robótica e biotecnologia.
Cinco mil desses campuseiros passam a semana
acampados no local.
A 6ª edição traz ao Brasil nomes como o
astronauta Buzz Aldrin, um dos
primeiros homens a pisar na Lua, e o fundador da Atari, Nolan Bushnell.
Em sua sexta edição em São Paulo, a Campus
Party também teve no ano passado a primeira edição em Recife (PE).
O evento acontece ainda em países como
Colômbia, Estados Unidos, México,
Equador e Espanha, onde nasceu em 1997.
Nas edições brasileiras anteriores, o evento
trouxe ao País nomes como Tim Berners-Lee, o criador da Web; Kevin Mitnick, um dos mais famosos hackers do mundo; Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos; Steve Wozniak, que fundou a Apple ao lado de Steve Jobs; e Kul Wadhwa, diretor-geral da fundação Wikimedia,que mantém a Wikipédia.
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