sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Já disse aqui no blog que o pior mal da humanidade é a ignorância
e ...
Ignorância mata!
Não só mata na violência cotidiana das cidades, nos atentados
suicidas dos terroristas islâmicos, nos abortos clandestinos porque em muitos
lugares o aborto ainda é criminalizado, no consumo de alimentos pulverizados
com agrotóxicos, etc, mas já matou centenas, talvez milhares de meninas que
ainda nos dias de hoje sofrem uma tortura indescritível e bárbara
a mutilação genital.
“As histórias são parecidas: sem aviso, as meninas são levadas
pelas mães a um local ermo, onde encontram uma espécie de parteira que as
espera com uma navalha.
Sem qualquer anestesia ou assepsia, a mulher abre as pernas das
garotas
- muitas vezes, crianças de
menos de dez anos - e corta a região genital, num procedimento que varia da
retirada do clitóris ao corte dos grandes lábios e à infibulação (fechamento parcial do orifício genital).
Com Waris Dirie não foi diferente.
"Desmaiei muitas vezes.
É impossível descrever a dor que se sente",
disse em entrevista ao G1 a hoje modelo e ativista contra a mutilação genital
feminina.
Dirie nasceu num vilarejo da Somália e foi circuncidada aos cinco anos.
Após conseguir fugir de um casamento arranjado por seu pai aos 13
anos, ela foi parar em Londres, onde chamou a atenção de um fotógrafo.
Dirie se tornou modelo internacional e uma ferrenha ativista contra a
circuncisão feminina. (...)
“É uma vergonha que
uma tortura bárbara, cruel e inútil continue a existir no século XXI”.
(...)
Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS)
aponta que entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres vivem hoje
sob consequências da mutilação -
a maioria na África.
A organização tem uma campanha contra a prática, que considera
prejudicial à saúde da mulher e uma violação dos direitos humanos.
A mutilação ocorre em várias partes do mundo, mas tem registro mais
frequente no leste, no oeste e no nordeste da África e em comunidades de
imigrantes nos EUA e Europa.
Em sete países africanos - entre eles Somália, Etiópia e Mali
- a prevalência da mutilação é em 85% das mulheres.
Um estudo da ONG Humans Rights Watch de junho deste mostra que,
no Curdistão iraquiano, 40,7% das meninas e mulheres de 11 a 24 anos passaram
por mutilação.”
A vida dessa mulher, Waris
Dirie, vale a pena ser conhecida pelo exemplo de superação e
conscientização que ela demonstra.
Ela alcançou reconhecimento mundial após ter sido a primeira
modelo africana contratada com exclusividade pela Revlon.
É autora de quatro livros.
O primeiro, sua autobiografia, Flor do Deserto foi transformado
em filme
Agora pergunto: o que faz o nosso órgão máximo de direitos humanos,
a ONU?
Uma campanhazinha aqui, outra ali?
Quando é para invadir países por questões econômicas, eles sabem
tomar grandes medidas, mas para salvar inocentes menininhas se fazem de surdos
e cegos.
Não sei qual foi a besta ou bestas que primeiro demonizaram a
mulher e, no seu medo, disseram que ela era um ser inferior.
Eu até aceito que nos tempos antigos isso fosse aceitável já que
a ignorância era a lei, mas hoje?
Século 21?
A mulher, na África e países islâmicos, está numa situação
lamentável, haja vista o recente acontecimento com a garota paquistanesa Malala
Yousufzai, baleada pelo talibã.
Ano passado, a ONU, após 15 anos, aprovou uma resolução para
banir a mutilação genital, mas isso não é o suficiente, a
ONU precisa tomar medidas mais efetivas junto aos países que praticam essa
barbaridade.
“A resolução exorta
193 Estados-membros da ONU a condenar a prática e
lançar campanhas educativas para eliminá-lo.
Insta todos os países a decretar e fazer cumprir a legislação para
proibir a mutilação genital feminina, para proteger as mulheres e meninas "desta forma de
violência" e
para acabar com a impunidade para os infratores. Embora não vinculativas,
resoluções da assembleia geral da ONU carregam considerável peso moral e
político.”
Waris
Dirie criou uma fundação à qual deu o nome de seu primeiro livro.
Conheça-a:
“O que é a Desert Flower Foundation?
Há mais de 12 anos, Waris
Dirie tem lutado contra a mutilação genital feminina (MGF) em
todo o mundo.
Pelo menos 150 milhões de mulheres e meninas são afetadas por esta
prática cruel, que continua a ser realizada na África, mas também na Ásia,
Europa,
América e Austrália.
A
Fundação Flor do Deserto pretende acabar com este
crime procurando sensibilizar a opinião pública, criação de redes, organização
de eventos e programas educacionais.
A Fundação também apóia vítimas de mutilação genital feminina.”
Encontre-a
também no Facebook e ajude a divulgar seu trabalho se você for uma pessoa
consciente.
Imagem: facebook.com
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