19 de fevereiro
de 2013
Se alguma vez houve
uma nação que poderia ver o propósito por trás da agricultura orgânica,
sustentável, seria uma nação que é composta principalmente de agricultores.
Esse lugar existe, e
que em breve poderá ser a primeira nação a ser 100% orgânico, abrindo caminho
para os outros a fazerem o mesmo em uma escala global.
O reino himalaio do
Butão é conhecido por um alto nível de felicidade dos cidadãos, mas está
fazendo algo ainda mais notável no futuro próximo.
Com o
primeiro-ministro Jigmi Thinley fazendo um grande
anúncio sobre o projeto de agricultura orgânica na Conferência Rio
+20 sobre Desenvolvimento
Sustentável, o movimento ganhou as manchetes nacionais.
É chamado de Política Nacional Orgânica, e é alimentada pelo simples conceito de que trabalhar "em harmonia com a natureza" trará os resultados mais poderosos - tudo sem sacrificar a saúde
humana ou do ambiente.
O que isso acarreta
é nenhum produto geneticamente modificado, nenhum pesticida, nenhum herbicida,
sem produtos à base de fluoreto de spray, sem intrusão da Monsanto em tudo, e
um monte de alimentos de alta qualidade disponível para os 700.000 cidadãos do
Butão.
Alimentos que, ao
mesmo tempo, foram chamados simplesmente de "comida".
Na declaração aos
outros fazedores de política, o primeiro-ministro Jigmi Thinley explicou a mudança:
Ao trabalhar em
harmonia com a natureza, eles podem ajudar a sustentar o fluxo de dádivas da
natureza.
O Butão atualmente
produz mais milho, arroz, frutas e alguns vegetais, e está perfeitamente
posicionado para começar a desenvolver 100% de agricultura biológica.
Além de conter uma
população que é na maior parte de agricultores, tem também terras extremamente
ricas que são verdadeiramente além do que muitos consideram orgânico.
Algumas terras no
Butão não foram sequer tocadas com produtos químicos de qualquer espécie, e
técnicas tradicionais são utilizadas para produzir altos rendimentos, sem fazer
a Monsanto mergulhar nos bolsos dos agricultores familiares.
Isto está em nítido
contraste com a comunidade agrícola da Índia, que foi abalada pela Monsanto e
posteriormente apelidada de "cinturão do suicídio",devido aos suicídios desenfreados que podem ser atribuídos, em
parte, pela Monsanto induzindo a ruína financeira.
O consultor australiano do Butão, Andre Leu, explica:
Eu não acho que vai
ser tão difícil dado que a maioria das terras agrícolas já estão orgânicas por
padrão.
A mudança é
certamente inspiradora, mas também nos lembra sobre a verdadeira loucura de designar
alimentos como "orgânicos" e "tradicionais"
na sociedade
moderna.
Estes agricultores
do Butão não estão crescendo feijões mágicos ou milho encantado, eles estão
crescendo comida de verdade.
Alimentos reais,
cultivados por milhares de anos.
Só agora, com o
advento de formas que podem toxificar nossas culturas,
valorizamos o
orgânico, como se fosse algum privilégio ou ato de classe.
Quando se trata
disso, nós queremos apenas comida de verdade.
Fonte: Natural
Society
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