quarta-feira,
13 de fevereiro de 2013
Poucos dias depois
de descoberto, o cometa C/2013 A1 já começa a chamar a atenção.
Apesar de poucos
dados disponíveis, cálculos astronômicos mostram que o cometa chegará tão perto
de Marte em 2014 que alguns softwares apontam para um possível impacto contra o
planeta.
Descoberto em 3 de
janeiro de 2013 pelo astrônomo amador Robert McNaught,
o cometa recebeu a
denominação oficial de C/2013 A1 Siding Spring por ter sido descoberto no
Siding Spring Observatory, na Austrália.
Antes de McNaught, o
objeto já tinha sido detectado em 8 de dezembro de 2012 pelo observatório
Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona, mas sem que fosse possível
determinar sua orbita.
Quando foi
descoberto, C/2013 A1 se encontrava a 7.2 AU do Sol ou cerca de 1.1 bilhão de
quilômetros de distância da estrela.
Após ter sua órbita
calculada, logo se verificou que o caminho do cometa cruzava a orbita de Marte
a uma distância muito próxima do planeta, estimada entre 700 mil e 1.9 milhões
de km da superfície.
Essa grande
aproximação provocou grande euforia nos astrônomos amadores e profissionais,
mas um pequeno detalhe chamou a atenção do público em geral: a simulação da
NASA.
Impacto
Pela simulação feita
pelo aplicativo de Dinâmicas do Sistema Solar, SSD, o gráfico que apresenta as órbitas
dos planetas e cometas não mostra uma simples aproximação entre os dois objetos
e sim um choque direto entre o cometa C/2013 A1 Siding Spring e o
Planeta Vermelho, prevista para 19 de outubro de 2014.
E para piorar a
situação, o campo de dados que informa a distância nominal de aproximação
mostra 879 mil km, enquanto a aproximação mínima prevista é de 0 (zero) km.
O problema na
apresentação dos dados da NASA parece estar relacionado ao tamanho do
aplicativo e também pelo método de cálculo, que não tem resolução e precisão
suficientes para mostrar uma separação tão pequena entre dois objetos.
Até o momento, 7 de fevereiro de 2013, apenas 55 observações
foram feitas para determinar o arco da orbita cometária e novas observações
deverão refinar melhor o shape orbital, permitindo que novas simulações sejam
feitas. No entanto, como o aplicativo da NASA é uma referência tanto para os
astrônomos amadores como para o público em geral, até que os dados sejam
refinados e a modelagem corrigida a possibilidade de impacto não pode ser
descartada.
Simulação:
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