SÁBADO, FEVEREIRO
16, 2013
Relembrando uma postagem sobre um planejamento
de defesa planetária contra um asteroide para 2029 que eu publiquei
em Abril de 2009; Vale a pena rever por conta dos últimos acontecimentos!
Noticia:
Especialistas planejam a defesa planetária contra um asteroide
É bastante pequeno - as últimas observações indicam que mede cerca
de 270 metros -, mas o asteroide Apofis poderia causar uma catástrofe de
grandes proporções e conseguiu galvanizar os esforços de cientistas e
engenheiros de muitos países para defender a Terra das ameaças que vêm do
espaço.
Ouvindo-os no Congresso de Defesa Planetária, que reuniu 180
deles em Granada (sul da Espanha), pode parecer que se preparam
para uma guerra: falam de ameaças, de que há muitos inimigos lá fora e da
necessidade de que os seres humanos tomem consciência do risco constante a que
estão submetidos.
Mas basicamente demonstram o nascimento e rápido desenvolvimento
de uma nova área de pesquisa, especialmente adequada para a cooperação
internacional,
que busca seu lugar entre as ciências espaciais.
O astronauta espanhol Pedro Duque diz claramente:
"É uma nova
era; o risco é real e agora é mensurável, e temos a tecnologia para detectá-lo
e tentar evitar suas consequências"
O Apofis, descoberto em 2004, se aproximará muito da Terra
daqui a 20 anos, em 13 de abril
de 2029, mas por enquanto o risco de impacto dessa aproximação é nulo.
No entanto, como passará na altura da órbita geoestacionária (36 mil
km, menos de um décimo da distância da Lua), teme-se que a perturbação
gravitacional o situe então em rota de colisão com nosso planeta em 13 de abril de 2036.
A probabilidade de colisão é de 1 para 45 mil e há muitos
fatores pouco conhecidos para se afirmar alguma coisa, mas mesmo que passe ao
largo em 2036, como seguramente o fará, o Apofis já é o asteroide mais
acompanhado e estudado da história, o catalisador de esforços
internacionais sem precedentes para se enfrentar as ameaças espaciais.
A pedido do Congresso dos EUA, a Nasa tentou detectar os
asteroides potencialmente perigosos (que se aproximam da Terra) de
mais de um quilômetro de diâmetro, e após dez anos dá o trabalho praticamente
por terminado.
Agora os especialistas indicam que chega a hora de detectar os
maiores de 140 metros, que, como o Apofis (único dos mais de mil
asteroides potencialmente perigosos detectados que apresentam um risco
apreciável de impacto), também podem causar muito dano.
No entanto, Don Yeomans, encarregado da questão na
Nasa, explica que há pouco dinheiro para fazer isso e que é necessária a
cooperação internacional.
São da mesma opinião o astrofísico Rafael
Rodrigo, presidente do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), e Jean-Michel
Contant, da Academia Internacional de Astronáutica, também presentes no
congresso.
O Apofis está hoje perto demais do Sol para ser observado.
Segundo Jon Giorgini, do Laboratório de Propulsão a Jato, as observações ópticas
poderão ser retomadas no final de 2010 e as de radar em 2013, mas é
muito possível que não se consiga saber a probabilidade de impacto para 2036
até que chegue 2029, quando o asteroide será visível da Terra sem instrumentos.
Então se conhecerá sua massa, sua velocidade de rotação, sua
forma e suas características técnicas, e será possível avaliar a influência em
sua trajetória de sua passagem pela Terra.
Resta muito tempo, e mudanças físicas muito pequenas podem
produzir mudanças muito grandes no mundo, lembra Giorgini.
Prever aproximações perigosas como a do Apofis é só o primeiro
passo.
Os especialistas indicam a necessidade de ter missões espaciais
preparadas para tentar desviar os asteroides.
Estão divididos sobre a conveniência de se utilizar a energia
nuclear, mas é uma opção.
"Há três tipos
de missões possíveis, sempre para empurrar o asteroide e desviá-lo, e não para
destruí-lo, o que seria ainda pior", explica Duque.
São uma explosão nuclear próxima, um veículo que o empurre (trator
gravitacional) e um impacto direto.
Desse último tipo é o Projeto Don Quijote da Agência Espacial
Europeia (ESA na sigla em inglês), ainda sem financiamento.
Na Deimos, a empresa espanhola que concebeu o Don
Quijote, o estão adaptando para mandar um orbitador a Apofis, uma sonda
que se aproximará e será colocada em órbita dele para conhecer melhor sua
trajetória e outras características.
"Poderia sair em 2015 e chegar em 2017,
explica o responsável, Juan Luis Cano.
Se a ESA aprovar a missão, seria de demonstração tecnológica
mais que científica e deveria ter um custo baixo.
Por enquanto não flui o dinheiro que os especialistas espaciais
consideram necessário, mas esperam que na medida em que o Apofis se aproximar
aumente a consciência social e política e se possam fazer inclusive missões de
demonstração a outros asteroides não perigosos.
O ruim é
que seja tarde demais.
Também para isso se preparam os cientistas.
Calculam as consequências dos impactos de asteroides de diversos
tamanhos e concluem que mesmo um pequeno (entre 30 e 50 m de diâmetro,
como o de Tunguska, na Sibéria) poderia destruir uma cidade, mas que se
algum de tamanho maior cair no oceano o tsunâmi resultante teria consequências
muito piores.
A
Informação Sempre é o Melhor caminho
HARMONIZE-SE
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