domingo,
10 de fevereiro de 2013
Relembrando o caso:
O caso desse
casal de classe média americana é importante para os estudiosos de ufologia por
se tratar da primeira vez em que se estuda profundamente uma inter-relação
pessoal entre terrícolas e irmãos do cosmos.
Este caso
ocorreu nos Estados Unidos, com o casal Barney e Betty Hill,
o qual seguia de carro, a passeio, para Portsmouth, no dia 19 de setembro de 1961.
Pretendiam
continuar viajando durante a noite, devido a um alerta do serviço meteorológico
relativo à possibilidade de um furacão, pois desejavam estar em casa antes que
este chegasse.
Pararam em
um pequeno restaurante em Colebrook, situado na região norte de New Hampshire,
para fazer uma refeição rápida.
Depois
seguiram viagem, pois pretendiam estar em casa por volta de 02h30.
Já ao sul de
Lancaster, os dois começaram a observar um objeto que brilhava muito no céu.
O aparelho
parecia acompanhar o trajeto do carro.
Os Hill
pararam o automóvel e observaram o UFO através de
um binóculo.
Tratava-se de uma nave enorme, de forma discóide, a poucas centenas de metros do solo,
apresentando uma cúpula giratória.
Betty pôde notar claramente uma fileira dupla do que pareciam
ser janelas.
Tanto ela
como seu marido tiveram a chance de observar através das janelas vários
ocupantes do aparelho.
Através do binóculo, Barney conseguia ver que alguns dos tripulantes da nave pareciam manejar uma
espécie de painel de controle, enquanto o objeto descia lentamente.
Quando a
nave pousou, Barney estava fora do carro, enquanto Betty,
gritando,
insistia para que ele retomasse ao carro. Porém seu marido parecia estar
hipnotizado pelos olhos de um dos tripulantes do objeto.
Sentiu que
estava prestes a ser capturado, correu para o carro, Betty deu partida, mas logo em seguida o
casal ouviu um estranho som eletrônico, e os dois foram prontamente envolvidos
por um estado de sonolência repentina.
Tudo que
aconteceu em seguida ficou bloqueado em suas mentes.
Apenas se
recordavam de que ouviram um outro som estranho e estavam viajando novamente
pela estrada.
Só tempos
depois é que a amnésia começou a incomodá-los, e procuraram ajuda médica.
Haviam
perdido aproximadamente duas horas transcorridas naquela noite, das quais nada
conseguiam se lembrar.
Após
sucessivas hipnoses regressivas, realizadas separadamente com Betty e Barney Hili, o doutor Benjamim Simon, um psiquiatra de renome,
pôde
reconstituir passo a passo os acontecimentos vividos pelo casal.
Ambos tinham
sido levados para dentro da nave pelos seres, que pareciam usar uniformes.
Barney notou que a criatura que parecia comandar a nave, o único
que aparentemente sabia falar inglês, usava um cachecol preto no pescoço,
que caía
sobre o ombro esquerdo.
Segundo o
casal, o traço que mais os diferenciava dos humanos da Terra eram os olhos.
Os seres
ficaram surpresos quando não conseguiram remover os dentes de Betty, ao contrário do que tinham conseguido
com Barney, já que este usava dentadura.
Introduziram
uma agulha no umbigo de Betty, sendo explicado para ela que se tratava de um teste de
gravidez, com uma técnica semelhante que seria utilizada na Terra anos mais
tarde, na década de 70.
Quando a
agulha foi introduzida, a contatada sentiu dor, que foi remediada imediatamente
com o toque de uma das mãos do líder na cabeça de Betty.
Além do
comandante (líder) e do “médico”,
existiam aparentemente dentro da nave mais nove seres.
Todos de
baixa estatura.
Seus corpos
pareciam desproporcionais, apresentando um tórax grande,
com braços
mais compridos.
Seus rostos
eram planos, apresentando olhos muito grandes.
Seu nariz
era muito pequeno e a boca não passava de uma fenda.
Segundo Betty, o líder e o “examinador” eram
diferentes: mais altos,
apresentando
ainda uma cor de pele diferente.
O que mais
chamava atenção na tripulação da nave, entretanto, eram os olhos, diferentes de
tudo que os Hill tinham visto até aquele momento.
Muito
interessante é também a história do mapa estelar observado por Betty
Hill dentro da nave.
A contatada
perguntou ao líder de onde eles eram, afirmando que já sabia que não eram da
Terra.
Nesse
estágio da experiência.
Betty observa um mapa retangular, que media em seu eixo maior cerca
de 120cm.
Existiam
várias linhas ligando as estrelas.
Segundo foi
explicado para Betty as linhas duplas significavam rotas comerciais, as linhas
individuais correlacionavam estrelas que eram visitadas ocasionalmente, e as
pontilhadas eram expedições.
O líder
perguntou se Betty sabia onde estava o nosso sistema no mapa.
A contatada
respondeu que não.
Pouco tempo
depois o casal era levado para fora da nave, de onde puderam observar a partida
do UFO
Durante as
sessões de hipnose a senhora
Hill conseguiu desenhar o
referido mapa.
De início
não foi encontrado qualquer padrão comum entre o mesmo e nossas cartas
celestes.
Coube a uma
astrônoma amadora, a professora Majorie Fish, a identificação das estrelas que
apareciam no mapa.
Inicialmente,
apesar de muitas tentativas, a astrônoma não conseguiu também resultados
positivos, mas com o passar dos anos, e a divulgação de novas cartas celestes,
que traziam dados mais precisos, relativos às distâncias entre algumas estrelas
das nossas vizinhanças cósmicas, foi finalmente encontrado um padrão exatamente
igual.
Quando Fish
tomou apenas as estrelas próximas de nosso Sistema Solar,
que segundo
astronomia terrestre teriam condições de possuir planetas adequados à vida,
surgiu uma carta igual à desenhada por Betty Hill.
Com base
nesses estudos foi possível identificar o ponto de origem dos extraterrestres.
Tudo parece indicar que seriam provenientes da estrela Zeta da
constelação do Retículo, a cerca de 36 anos-luz do nosso sistema solar.
A validade
da interpretação de Fish foi posteriormente confirmada também por astrônomos
profissionais.
Estava descoberto um dos locais dos discos
voadores.
UMA ENTREVISTA COM A SENHORA BETTY HILL
Betty Hill foi entrevistada pela revista Argosy, em dia l0 de março de
1978.
Pergunta: Se o Boston Herald não tivesse
tornado pública a história de seu seqüestro, em 1965, você – ainda assim – teria cooperado na publicação de um livro referente ao incidente ou
tornado-o público de alguma maneira?
BETTY: Não, eu acho
que a história teria ficado comigo, Barney e o Dr. Simon.
Mas claro, a história do Herald saiu fora de nosso
controle e não foi feita com nossa permissão.
Pergunta: Depois de
quanto tempo depois de seu seqüestro, vocês voltaram a estrada procurando OVNIs ou outra prova de sua experiência?
BETTY: Desde o
principio, começamos a voltar àquela mesma estrada, procurando e tentando
encontrar alguma explicação para o que tinha acontecido – o que nós estávamos
omitindo.
Pergunta: Você mantêm um
caderninho cheio de anotações de avistamentos de OVNIS de todos os
tipos, entretanto, você está sempre só quando tais avistamentos acontecem ou você já levou observadores com você?
BETTY
: Tenho levado todo o tipo de pessoas.
Por exemplo, Jim Voutrot do canal 9 de
Manchester (New Hampshire), veio uma noite e teve um
excelente avistamento.
Tanto que ele filmou o OVNI e mais tarde
mostrou o filme na TV
(N.T: Voutrot confirmou
esta afirmação de Betty).
Pergunta: Você se sente de alguma forma privilegiada de ter visto OVNIS tantas
vezes?
BETTY: De forma
alguma.
Há pessoas por todo o estado (New
Hampshire) que tiveram avistamentos,
mas eu só ponho mais tempo na coisa e sei o que
procurar.
Acho que a paciência é a chave de tudo.
Vou a vários lugares numa média de 3 vezes por
semana e usualmente gasto cerca de horas numa esticada dessas.
Pergunta: Como se explica que não haja relatos de OVNIS mais oficiais, de pilotos
por exemplo?
BETTY
: Se você se decide a contar que viu um OVNI você é levado
a sentir-se extenuado só de pensar que você terá de passar por um monte de
perguntas, entrevistas e preencher um montes de papéis, no seu próprio tempo.
Ademais torna-se um caso impar e quem quer ser
levado ao ridículo.
Pergunta: Você pensa que o governo sabe mais do que ele está deixando
transparecer?
BETTY: Eu suponho
que o governo sabe um bocado.
Ninguém pode me convencer do contrário.
Pergunta: Na sua opinião, qual é a principal fonte de informação sobre OVNIS?
BETTY: Sem dúvida, a APRO (Aerial
Phenomena Research Organization) em Tucson, Arizona
São
totalmente profissionais e realmente sabem das coisas.
Pergunta: Recordando um
pouco, há alguma coisa relacionada com o incidente de 1961 que, por uma razão ou outra, possa não ter sido registrada no livro?
BETTY
: Depois de uma busca mais ou menos continua, finalmente encontramos o
local de nossa captura, em Campton, cerca de 15 a 18 milhas (24 a 29 km) de Indiahead.
Preenchia perfeitamente nossas recordação, até por
ter um solo de areia fina, que é altamente incomum naquela área.
Outra coisa que eu nunca mencionei no livro foi a
história dos meus brincos.
Cerca de vinte semanas depois do incidente (o seqüestro) voltei para
casa com Barney e encontramos algumas folhas secas e um par de
brincos meus sobre a mesa da cozinha.
A casa estivera trancada e não tivemos idéia de como
e porque eles haviam ido parar ali.
Pergunta: O que havia de significativo nisto?
BETTY: Depois de
nosso tratamento com o Dr. Simon, eu me lembrava com clareza do líder
alienígena dizendo – ou talvez comunicando – para mim:
“se quisermos você saberemos onde encontrá-la.”
Bem, esses brincos eram o mesmo par que eu usara na
noite da captura e ali estavam, devolvidos para mim de alguma forma, com as
folhas como lembrança do lugar onde a captura tivera lugar.
Ao menos, essa é a minha interpretação, a qual
cheguei depois das sessões de hipnose.
Antes eu não tinha idéia do seu significado.
Pergunta: Quando Barney
estava observando o OVNI, lá no campo, em Indianhead, por que ele sentiu que ia ser capturado?
BETTY: Barney simplesmente recebeu
a mensagem (telepáticamente).
Eu digo “recebeu a mensagem” querendo dizer
que eles se comunicaram com ele de alguma maneira e disseram-lhe para ficar ali
e ficar olhando.
Quando a nave começou a descer é que ele tirou o
binóculo dos olhos e correu de volta para o carro.
Pergunta: Qual a sua opinião sobre a serie de sonhos que você teve depois do
encontro ?
BETTY: Acho que foi
uma maneira natural de começar a lembrar do que o líder havia me instruído para
esquecer.
Isto é semelhante ao que aconteceu quando o Dr. Simon nos fazia
esquecer cada sessão realizada, como dispositivo de segurança, para que não
houvesse confabulação entre nós.
Dr. Simon sentiu que ao redor da marca de dez dias (após cada
consulta),
começaríamos a nos lembrar de tudo, automaticamente.
Então, ele insistia que o visitássemos cada sete
dias e se não tivéssemos tempo para uma sessão completa, deveríamos ao menos
ter um reforço na hipnose (N.T.: Betty se refere à
sugestão pós-hipnótica de esquecer, a nível consciente, do conjunto de
lembranças, obtidas sob hipnose em cada sessão).
Uma coisa interessante é que, nos meus sonhos, eu
usava objetos mais familiares para descrever o que estava acontecendo.
Por
exemplo: nos meus sonhos eu pensava que subira uma escada,
mas
– sob hipnose
– lembrei-me de estar subindo uma rampa para entrar na nave.
Pergunta: Qual é sua opinião sobre o mapa estelar que você descreveu sob hipnose e
depois desenhou?
BETTY: Acho que
tanto quanto se possa imaginar, as duas estrelas grandes, conectadas por linhas
grossas e múltiplas, no meu mapa, do Zeta Reticuli I e Zeta Reticuli
II.
Mas estas estrelas não podem ser vistas das
Montanhas Brancas de New Hampshire.
Na verdade, temos de estar ao Sul da Cidade do
México para vê-las, então obviamente este mapa não foi feito por mim, olhando o
céu e desenhando !
Pergunta: Sua experiência com o OVNI e sua tripulação mudou sua vida de alguma
forma?
BETTY: A não ser
pela publicidade estouvada da revista LOOK e tudo o mais,
no começo e até dois anos atrás, quando me aposentei, diria que muito pouco.
Continuei com meu trabalho como assistente social do
estado e andei muito ocupada com isto.
Mas agora, naturalmente, estou mais disponível para
a imprensa e para receber relatos de OVNIS e há minha
série de palestras.
Vocês sabem, eu nunca recebi um tostão pelas
conferências, antes.
Mas agora que estou aposentada, achei que já era
tempo de sobra para ser paga pelo meu trabalho ufológico.
Pergunta: Você tem um agente agora?
BETTY: Sim, sou
representada pelo Program Corporation of America.
A sede é em Hartsdale, estado de Nova Iorque e eles
estão me mandando para lugares como Powell em Wyoming e Centralia,
Washington, um montes de lugares.
Até gravei um especial para a TV Australiana.
Pergunta: O que você sente sobre o filme “Contatos Imediatos de 30. Grau?
BETTY: É divertido,
mas estritamente, Hollywood.
Eu ache que o filme jogará muita gente fora dos
trilhos se esperarem ver topos de montanha iluminados e tudo aquilo.
Pergunta: No filme, o
herói, Roy Neary, entra num OVNI como voluntário.
Mas e você?
Se você tivesse a oportunidade de ver esses
extraterrestres de novo e a chance de entrar na nave, você teria medo?
O que você faria?
BETTY: Eu não faria
nada disso e acho que ninguém com qualquer quantidade de juízo o faria também.
Absolutamente, não!
Pergunta: Que tal a versão cinematográfica dos extraterrestres?
BETTY: A cabeça
estava próxima da minha descrição mas os corpos pareciam frágeis e quanto aos
dedos, bem, quem quer que desenhou as mãos deveria freqüentar um curso de anatomia.
São um pouco ridículas
Pergunta: Finalmente o
que você achou da “Nave Mãe” no fim
do filme?
BETTY: Exagerada,
iluminada e grande demais, somente uma invenção da imaginação de alguém.
Simplesmente não acontece daquele jeito!
O Filme
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