DOMINGO, 17 DE FEVEREIRO DE 2013
Brasília
A abertura de arquivos secretos das
Forças Armadas, com relatos de militares que supostamente avistaram Objetos
Voadores Não Identificados, será
discutida hoje no Ministério da Defesa, em Brasília.
A assessoria de imprensa do ministério
confirmou que representantes da Marinha, Exército e Aeronáutica debaterão
procedimentos administrativos para cumprir a Lei de Acesso à Informação. Devido
ao grande número de pedidos para a divulgação de documentos sobre óvnis, o
assunto será colocado em pauta.
“Isso é resultado da Carta de Foz do Iguaçu,
assinada por cerca de 500 pessoas durante o 4 Fórum Mundial de Ufologia, em
dezembro, solicitando a abertura de documentos confidenciais
Essa luta começou em 2004, mas até agora só a Força
Aérea vem cooperando com divulgação de registros relativos a discos voadores”, afirmou o ufólogo Marco Antônio Petit, um dos mais
conhecidos do Brasil
Arte: O Dia
A convocação para a reunião interna de
hoje foi feita no dia 22 de janeiro, através de carta encaminhada pelo secretário de
Coordenação e Organização Institucional do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso
Na correspondência, ele menciona a “singularidade
da matéria”
e a criação de uma comissão de
investigação mista — com ufólogos, cientistas e militares, “para exame das
eventuais manifestações do fenômeno UFO (óvnis em
inglês)”.
De acordo com Petit, a maior parte dos relatos colocados à disposição pela Aeronáutica é
referente à rotina operacional do controle de tráfego aéreo.
O DIA teve acesso a alguns desses relatórios.
Dois deles são descritos por militares
no Rio de Janeiro.
No dia 7 de novembro de 2000, conforme o documento 365/1472 do Comando de Defesa
Aeroespacial Brasileiro (Condabra), um militar garante ter avistado, de sua aeronave,
às 23h, um objeto de luz branca em Santa Cruz, na Zona Oeste.
Em outro relato, segundo documento 65
C, do mesmo órgão, dois militares dizem ter visto “várias luzes vermelhas caindo como gotas de um
ponto branco” e em deslocamento, por volta de 0h50
do dia 2 de maio de 2001, em Jacarepaguá.
MUDANÇA DE COR E DE POSIÇÃO
Uma das transcrições intrigantes é a
gravação feita pelo tenente do Centro de Tecnologia da Aeronáutica, Ari Flávio de Souza, de uma conversa entre pilotos de um voo da Varig com agentes da torre de
controle de Curitiba, na noite de agosto de 2003
Um dos pilotos da aeronave, que seguia
para São Paulo, relata,
atônito, que estava avistando um
objeto não identificado
“Não dá para saber o que é...Tá voando
paralelo à gente...
Agora, mais alto... Tá
piscando...Agora tá parado...
Na subida tava vermelho, agora está
branco...”
“Tentamos todos os meios, mas não conseguimos identificar nenhuma
aeronave”, respondeu funcionário da torre
POR Francisco Edson Alves
Marco Aurelio Reis
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