DOMINGO, 17 DE FEVEREIRO DE 2013
Entrevista com Al McAllister
Ihaleakala Hew Len é um terapeuta havaiano cujos relatos indicam ter curado um
pavilhão completo de pacientes criminais mentalmente doentes sem sequer ver
nenhum deles.
O psicólogo estudava a ficha do presidiário e logo olhava dentro
de si mesmo para reconhecer esse aspecto.
Na medida em que ele melhorava, o paciente melhorava.
A técnica usada por Len é chamada de Ho’oponopono,
processo de auto-cura criado por uma tribo havaiana, a dos kahunas, baseado na
conexão com a Energia Divina por meio da simples repetição de uma sequência de
quatro frases
– “Sinto muito”,
“Perdoe-me”,
“Te amo”,
“Sou grato”
A premissa é de que problemas causadores de desequilíbrio e
enfermidades são recordações de memórias negativas que se repetem no
subconsciente.
Referência no assunto, Dr. Len encantou
no mundo inteiro pessoas como o artista plástico Alexandre McAllister,
um gaúcho de 55 anos que se tornou um dos principais divulgadores do
Ho’oponopono no Brasil.
Ele é responsável por duas páginas na internet nas quais divulga
os processos da técnica havaiana conforme ensinados pelo Dr.
Len e administra um fórum virtual com mais de 600 inscritos.
Nesta entrevista exclusiva ao JORNALZEN,
McAllister conta como conheceu o Ho’oponopono e por que resolveu se
dedicar a difundi-lo.
JORNALZEN – O sr. é artista plástico
Como foi sua trajetória em relação ao método Ho’oponopono?
Alexander McAllister – Conheci o processo do
Ho’oponopono através de duas entrevistas com o Dr. Ihaleakala Hew
Len em um programa de rádio na internet e com entrevistas do Dr.
Joe Vitale, nas quais ele começou a abordar de seu aprendizado e
experiências com o Dr. Len
Em julho de 2007 ele lançou o livro Zero Limits
[ainda sem versão em português]*, escrito com o Dr.
Len, que me arrebatou com a simplicidade e eficácia da técnica.
Com a prática e as mudanças que estava presenciando em mim, e
que mudavam tudo em minha volta, quis fazer algo para compartilhar, apresentar
o Ho’oponopono para mais pessoas aqui no Brasil.
Preparei um cartaz, com as frases do Ho’oponopono sobrepostas ą
imagem de uma pintura de um belo girassol, e passei a vender pela internet
A partir daí, não parei mais
Veio o fórum, as sessões, e estou engajado cada vez mais.
O interessante é que, por não ter viajado aos Estados Unidos
nestes dois anos de Ho’oponopono, ainda não conheci o Dr.
Len pessoalmente, embora me comunique com ele constantemente.
Sou muito grato por sua orientação, principalmente no início, o
que me facilitou compreender as sutilezas do processo de “limpeza
de memórias”
JORNALZEN – Fale-nos sobre a essência da
filosofia dessa prática.
Al McAllister – Ho’oponopono significa “endireitar o caminho”
ou colocar no prumo.
Por isso, não considero uma filosofia, pois transcende o
intelecto.
Não há padrões comparativos de uma infra-estrutura de “escola
de conhecimento”.
É mais o assumir a responsabilidade pela vida e aprender a
vive-la como Revelação.
Por ser algo muito pessoal, foge da regimentação e limitações de
grupos,
conceitos e crenças.
JORNALZEN – Como a prática do ho’oponopono pode ajudar as
pessoas no seu dia-à dia?
Al McAllister – Justamente por poder libertar as
pessoas de seus padrões limitantes, mostrando que há uma escolha sendo feita a
todo o momento.
Com o Ho’oponopono, aprende-se a fazer essa escolha
conscientemente.
A escolha é pelo que se chama de “limpeza de memórias”, as
crenças,
condicionamentos e “programas”
assimilados desde a infância – incluem-se até as crenças e condicionamentos
culturais, da formação familiar, das memórias ancestrais de povo, país e
religião.
Neutralizando-se esses “programas”,
a pessoa passa a expressar sua verdadeira essência, seu eu verdadeiro, com
menos interferência dos “filtros”
limitantes.
JORNALZEN – As quatro frases usadas no processo
de limpeza encerram em si um profundo significado de amor incondicional.
Gostaria que comentasse a respeito.
Al McAllister – “Te amo”
abrange tudo no Ho’oponopono.
Primeiro, a pessoa aprende a se perdoar, pelos julgamentos de si
e do próximo
Com isso, ela começa a se amar, se reconcilia com o aspecto mais
profundo e íntimo do seu ser, o que lhe proporciona o acesso ao lugar onde a
paz reina e orienta: o amor incondicional
Tudo através dessas pequenas e singelas frases.
Não há como o intelecto/ego entender isso.
É a verdadeira transcendência.
JORNALZEN – O que o sr. poderia nos dizer a respeito do que
temos visto em noticiários, sobre tanta violência doméstica, contra crianças,
redes de pedofilia?
Valores sociais invertidos e quase se tornando corriqueiros.
Al McAllister – Esses cenários são expressões desses
“programas”
O sofrimento, a dor é real, mas isso é conseqüência da nossa
falta de atenção em permitir que esses padrões de pensamento fiquem se
repetindo em nós
Pedindo a limpeza dos sentimentos que temos ao saber desses
eventos,
procede-se a cura em nós – o que pode refletir no mundo “lá
fora”
Portanto, não lido com opiniões sobre isso ou aquilo.
É o ego que precisa de validação de opiniões, que sente a
necessidade de “tomar partido” ou de “fazer
alguma coisa”
Não, eu limpo em mim o que está me fazendo presenciar, sentir o
mundo dessa maneira.
JORNALZEN – Como o sr. analisa a proposta de nosso jornal, que,
diferentemente da maioria, não mostra os fatos citados acima?
Al McAllister – Justamente, o
JORNALZEN oferece ao leitor essa opção, de notícia positiva e informação
que acrescenta algo de valor ą vida da pessoa
Para que se entulhar de notícia de desgraça e desesperança, o
que alimenta e amplia o foco nos padrões de sofrimento, insuficiência e
negatividade?
JORNALZEN – Que mensagem gostaria de deixar para os nossos
leitores?
Al McAllister – Sou grato pela oportunidade de poder
relatar um pouco da minha experiência com o Ho’oponopono.
É importante essa divulgação, principalmente através de um
jornal tão bem procurado pelas pessoas que querem um mundo melhor para todos.
Aos leitores que quiserem se aprofundar mais a respeito do
Ho’oponopono,
temos muitos materiais e recursos gratuitos nos sites www.hooponopono.forumativo.com
e
Campinas – São Paulo:
Maio de 2009
*O Livro Zero Limits acabou de ser lançado pela Editora Roca
(Lena).
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