domingo,
21 de abril de 2013
Laser de
combate como caraterística da superpotência
As Forças Armadas dos EUA
obterão, dentro em breve, uma nova super arma.
Vários analistas
vislumbram nisto um desejo de reafirmar o status de superpotência numa nova
volta da espiral do progresso tecnológico e científico.
Trata-se de
um laser de estado sólido capaz de, citando a mídia,
queimar os
alvos como um maçarico.
Graças à
intensificação dos trabalhos de projeção e desenvolvimento, a arma irá aparecer
num dos navios de guerra norte-americanos estacionados no Golfo Pérsico já em
2014, ou seja, dois anos antes do prazo anteriormente programado.
O novo laser de combate é
capaz de destruir drones e lanchas de guerra.
Ainda não é suficientemente
potente para atingir aviões supersônicos e mísseis em fase final de trajetória.
Mas essa é uma questão só
do tempo.
Os norte-americanos, é bem
perceptível, se sentem orgulhosos pelo trabalho realizado e relacionam grandes
esperanças com a arma nova.
É que os EUA
precisam de reter o status de superpotência e, para tal, se adiantarem aos
concorrentes geopolíticos na área técnico-militar.
Os
norte-americanos necessitam um arranque.
Eles têm que
ultrapassar todos os demais, tal como o acontecera outrora com a bomba atômica.
Mas hoje em
dia as armas nucleares já deixaram de ser apercebidas como algo inacessível.
Deveras, ainda nem todos
dispõem de armas nucleares, longe disso.
No entanto, tampouco se
pode falar de exclusividade.
O regime de não-proliferação
está se tornando cada vez mais difuso a despeito de todos os esforços para o
impedir.
Entrementes,
sem super arma não há superpotência.
Uma força
armada cuja potência se distingue substancialmente da das forças armadas dos
outros estados, é um dos quatro elementos mais importantes que determinam o
carácter exclusivo de um dado estado na palestra internacional.
Os restantes três
elementos caraterísticos da superpotência
– o prestígio político e
ideológico a nível mundial, altíssimo potencial econômico e ambições
expansionistas globais –, tudo isso os norte-americanos o possuem em tal ou
qual grau.
Portanto, o
que falta é um novo porrete ameaçador, a disponibilidade do qual permite
promover seus interesses com uma eficiência muito maior do que todas as manhas
diplomáticas.
Daí é o
anelo atual dos norte-americanos para avançar, o mais rápido e o mais longe
possível, na corrida das tecnologias de guerra e sua aplicação prática.
Relata o
analista militar Viktor Litovkin:
"As armas nucleares
estão ainda bastante longe de seu fim.
Mas já assistimos ao
advento de armas de laser, armas de raio,
armas radiológicas (que hoje em dia são implementadas cada
vez mais ativamente na prática) e os
equipamentos de guerra radioeletrônica que inutilizam os sistemas de
reconhecimento,
navegação e detecção de
alvos.
Sem estes sistemas o
combate moderno já é impossível hoje.
Pois atualmente já não se
trata do material blindado como tal, trata-se de fazer com que este se converta
num montão de ferro inútil e incapaz de se mover ou voar, em caso de aviões,
porque seus motores pararam, ou porque seu canhão falhou ou os aparelhos óticos
ficaram "cegos", e por
aí adiante.
O futuro pertence, em
primeiro lugar, a estas tecnologias".
Contudo,
ainda há dez anos, Evgueni
Primakov, um destacado
político russo, vaticinou o fim da época de superpotências.
O próprio
conceito de "superpotência", na opinião dele, é um produto e
categoria da guerra fria.
A
superpotência aglutinava em sue torno um conglomerado de estados
afiançando-lhes sua segurança numa dura confrontação com o bloco opositor.
Atualmente, o quadro tem
mudado.
A ausência de confrontação
global exclui a necessidade de, por exemplo, "guarda-chuvas
nucleares" que os EUA e
a URSS "abriam" sobre seus aliados
e parceiros.
Sem dúvida alguma, os EUA (bem como a Rússia) não é,
de nenhuma maneira, um estado regional, mas sim mundial.
Mas o fato
de estar no proscênio geopolítico e a qualidade de ser uma superpotência, são
as alternativas bem diferentes.
A primeira
implica uma cooperação diversificada em vários vectores e a confiança em seus
parceiros, enquanto a segunda é a solidão de um senhor feudal e o medo aos
vassalos, os quais, por via de dúvida, não se deve perder da vista.
Parece lógico que a
primeira alternativa corresponde num grau maior aos interesses dos EUA, e
que, ao optar por ela, após a Rússia, os Estados Unidos irão
assegurar seu desenvolvimento sustentável
E o futuro comum será
muito mais tranquilo sem laseres de combate e outras super armas.
Voz da Rússia
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