12 DE ABRIL DE 2013
Furacão Katrina, em 28/08/2005
A temporada
de furacões no Atlântico – que
começa em junho e dura até novembro – será 75% mais ativa do que o normal, devido, em
parte, ao inverno ameno que não resfriou as águas do oceano,
aumentando
a probabilidade de furacões de categoria elevada chegarem a países do Caribe e
aos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira a Universidade do Estadual do
Colorado.
“Prevemos
que a temporada de furacões de 2013 na bacia atlântica terá uma maior atividade
em comparação com a média do período entre 1981-2010″,
resumiram
hoje em uma apresentação pela internet os especialistas Philip Klotzbach e William Gray, responsáveis pela pesquisa
sobre a temporada de furacões realizada há 30 anos pela universidade.
Segundo
eles, uma
temporada padrão tem 12 tempestades com nome próprio (tempestades tropicais), das quais 6,5 chegam a se
tornar furacões e duas alcançam categorias superiores (de 3 a 5 na escala de
Saffir-Simpson, com ventos a partir de 178 km/h)
Os cálculos
para este ano, no entanto, prevêem 18 tempestades com nome, das quais nove chegarão
a furacão e quatro alcançarão categorias superiores.
Caso a
previsão esteja correta, esta temporada será mais ativa que a última, que
apesar de ter tido 19 tempestades tropicais e 10 furacões, apresentou apenas
dois de categorias superiores, “Michael” e o
devastador “Sandy”, que causou a morte de pelo
menos 147 pessoas.
Outra forma
de medir a intensidade das temporadas de furacões é contabilizar o número de
dias.
A média dos
últimos 30 anos na bacia atlântica é de que durante 60 dias haja alguma tempestade
tropical ativa – 21,3 dias
de furacões e 3,9 dias de furacões superiores.
Em 2013, deve
haver 95 dias (mais de
três meses) de
tempestades tropicais ativas – 40 dias de furacões e 9 dias de furacões de maior
intensidade.
Para os
especialistas, o aumento da atividade durante a temporada de furacões se deve
ao fato de que este tipo de frente atmosférica “se alimenta” de águas quentes.
“As águas
do Atlântico tropical estão se aquecendo de forma anormal nos últimos meses, e
parece que as possibilidades de ocorrência de um fenômeno como o ‘El Niño’
entre junho e novembro são muito pequenas”, explicou Klotzbach ao apresentar o relatório.
“Antecipamos
uma probabilidade superior à média de que furacões de alta intensidade toquem
terra ao longo da costa dos Estados Unidos e do Caribe”, acrescentou.
Os
especialistas também observaram que, desde 1900, antes de apenas cinco
temporadas foram registradas condições atmosféricas semelhantes às deste ano (1915, 1952, 1966, 1996 e 2004).
No total,
quatro foram realmente mais ativas do que o habitual.
Quanto às
possibilidades de que toque terra nessa temporada um furacão de categoria maior
– o que é a grande preocupação -, os especialistas afirmam que no Caribe as
chances são de 61%, contra a média de 42%.
Já a mesma
probabilidade para os Estados Unidos chega a 72% (contra a média de 52%).
No litoral
leste, as chances são de 48% (31% de média), e no
Golfo do México, de 47% (30%).
A pesquisa completa foi publicada em Extended
Range Forecast of Atlantic Seasonal Hurricane Activity and Landfall Strike
Probability for 2013– PDF
Philip J. Klotzbach and William M. Gray 10 April
2013
EcoDebate,
11/04/2013
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
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