INPE
alerta sobre tempestades magneticas:
A
possibilidade de eventosextremos solares.
A possibilidade de eventos extremos solares resultarem em
impactos e prejuízos na Terra tem causado cada vez maior preocupação, já que
estamos no período conhecido como “máximo solar” - a
maior atividade do Sol que se repete em ciclos de 11 anos.
O fenômeno provoca o aumento de explosões e de manchas na
superfície do Sol, assim como tempestades geomagnéticas, que são tumultos na
alta atmosfera provocados pelas erupções solares,
capazes até de interromper momentaneamente o trabalho de
satélites.
No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é
realizado o monitoramento e a previsão do clima espacial no Brasil e
diariamente são publicados boletins sobre as condições do tempo no espaço.
Por meio do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do
Clima Espacial (EMBRACE), o INPE acompanha a atividade do Sol e
gera alertas úteis para operação de satélites, sistemas de navegação de
aeronaves, linhas de transmissão de energia e até plataformas de petróleo.
Recente análise dos pesquisadores Clezio De Nardin, Joaquim Rezende Costa e Alisson Dal Lago,
respectivamente das divisões de Aeronomia, Astrofísica e Geofísica Espacial do
INPE, mostra,
por exemplo, que a semana do dia 11 de março iniciou com
baixa atividade solar.
Porém, ainda no meio daquela semana surgiu uma região mais ativa
no disco solar que se traduziu numa explosão de intensidade significativa.
O EMBRACE realiza reuniões frequentes para discutir os eventos de Clima
Espacial e seus especialistas explicam que o número de manchas solares no atual
ciclo, que se iniciou em 2009, está abaixo da média histórica, o que não
descarta a possibilidade de uma supertempestade magnética.
“É importante registrar que há variabilidade no ciclo e na
quantidade de explosões solares de ciclo para ciclo e explosões solares são
esperadas com maior ou menor número de manchas, ainda mais que estamos em torno
do máximo de atividade solar”, explicam os pesquisadores.
A análise do comportamento do Sol e seus efeitos na Terra são
monitorados por meio de parâmetros físicos como características dessa estrela,
do espaço interplanetário, da magnetosfera,
ionosfera e da mesosfera.
Esforço mundial
O EMBRACE/INPE participa de um consórcio internacional que
reúne centros de alertas regionais espalhados pelo mundo.
No dia 14 de abril, nos Estados Unidos,
representantes de diversos países discutirão o monitoramento de
supertempestades solares.
O objetivo é estabelecer quais medidas devem ser adotadas nos
diferentes estágios da ocorrência de um evento solar extremo, incluindo avisos
a autoridades e alertas à comunidade em geral.
Fontes:
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