Terça-feira, 12 de março de 2013
Uma
descoberta recente pode alterar a história da Via Láctea:
(“Notícias Mensais da Real Sociedade Astronômica”) afirma que nossa galáxia absorveu uma galáxia satélite menor 10
milhões de anos atrás, em um evento que teria culminado com o encontro dos
buracos negros centrais das galáxias.
A colisão teria sido
tão forte que teria arremessado um grupo de estrelas antigas para fora do
núcleo a hipervelocidades.
(na cidade de Nashville, Tenesse, EUA), e Tamara
Bogdanović, do Instituto de
Tecnologia da Geórgia (Atlanta, EUA), chegaram a esta teoria a partir da observação das assim chamadas Bolhas de Fermi, duas bolhas gigantescas e difusas de raios-gama que estão
emergindo do centro da galáxia, acima e abaixo do plano galáctico.
Atualmente, elas têm
25.000 anos-luz de comprimento.
Acredita-se que o
raio-gama que emitem seja resultado de colisão de partículas lançadas do centro
galáctico em altas velocidades.
O que chamou a atenção das astrônomas foi que a borda das bolhas é
bem nítida, o que sugere um
evento bastante abrupto, e que teria ocorrido poucos milhões de anos atrás,
período que corresponde também à idade de estrelas jovens no centro galáctico.
Segundo Holley-Bockelmann,
“o gás foi perturbado pela passagem de uma galáxia satélite, e
parte deste gás formou estrelas, enquanto o resto acabou sendo engolido pelo
buraco negro, e as Bolhas de Fermi seriam o ‘arroto’
explosivo que o buraco negro lançou depois de ter lanchado o
gás”.
Uma longa queda
A reconstrução da
história do evento começa cerca de 13 bilhões de anos atrás, quando a pequena
galáxia satélite disparou em direção ao centro da Via Láctea.
À medida que caía,
ia gravitacionalmente perdendo suas estrelas e matéria escura até se tornar um
esqueleto do que era antes.
A pequena galáxia
satélite, ou o que restou dela, teria atingido finalmente o centro galáctico da
nossa galáxia alguns milhões de anos atrás, na forma de um buraco negro e um
véu de estrelas e matéria escura.
Apesar de estar tão
despida de sua matéria original, o que restou da galáxia ainda tinha massa
suficiente para perturbar o gás que orbitava o nosso centro galáctico, fazendo
com que parte dele explodisse em estrelas e o resto caísse no nosso buraco
negro supermassivo, que teria então emitido o “arroto” explosivo na forma das Bolhas de Fermi.
Mas esta ainda não é
toda a história: há ainda o destino do buraco negro central da galáxia
satélite, que teria se ligado ao nosso buraco negro central e formado um buraco
negro binário.
O movimento do par
binário teria arremessado milhares de estrelas que estavam por perto para
longe. Segundo as pesquisadoras, estas estrelas estariam, agora,a 10.000
anos-luz de suas órbitas originais.
Com esta teoria, as
astrônomas explicariam não apenas as Bolhas de Fermi,
mas também o fato de
que a região central da nossa galáxia tem poucas estrelas velhas, e tem vários
aglomerados com estrelas novas
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