quarta-feira, 10 de abril de 2013
Um cientista
que ajudou a verificar a autenticidade do controverso Evangelho de Judas
revelou na segunda-feira que um antigo certificado de casamento egípcio teve um
papel fundamental na confirmação da veracidade das tintas utilizadas no texto
apócrifo.
A
descoberta, que expõe os intensos esforços destinados a validar o evangelho,
foi exposta
ontem em um encontro da Sociedade Química dos Estados Unidos em Nova Orleans.
"Se não tivéssemos encontrado um estudo do (Museu do) Louvre sobre
contratos de casamento e aquisição de terras no Egito, que eram do mesmo
período e continham tinta similar à utilizada no Evangelho de Judas, teria sido
muito mais difícil discernir se o evangelho é autêntico ou não", afirmou Joseph G. Barabe, um dos responsáveis pelo projeto.
Ele
coordenou uma equipe de cinco cientistas que trabalharam no projeto fazendo
análises microscópicas.
"Esse estudo foi a peça-chave de evidência que nos
convenceu de que a tinta do evangelho é provavelmente verdadeira."
Essa
pesquisa é parte de um esforço multidisciplinar organizado em 2006 pela
Sociedade Geográfica Nacional americana para autenticar o Evangelho de Judas,
descoberto no final da década de 1970, após 1,7 mil anos escondido.
O texto,
escrito na antiga língua egípcia copta, é polêmico porque, ao contrário de
outras fontes bíblicas que
retratam Judas Iscariotes como um traidor, sugere que foi Jesus quem pediu para que Judas, seu amigo, o
traísse perante as autoridades.
O próximo
passo dos pesquisadores será provar que Jesus era casado com Maria Madalena,
algo que já se sabe informalmente há pelo menos 50 anos.
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