O senhor Manu disse:
O
ser vivo supremo criou este mundo material animado, e, ninguém deve concluir
que Ele tenha sido criado por este mundo material.
DO INFINITAMENTE GRANDE
AO INFINITAMENTE PEQUENO
A
teoria da expansão e contração faz pensar que a criação universal esta subordinada
a ciclos que vão do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, e vice-versa.
Portanto,
a matéria estaria na base de tudo.
Ela
só é densa e continua na aparência; para os físicos, ela apresenta-se sob a
forma de estruturas geométricas contendo pequenas bolas em cada um dos seus
ângulos.
COSMOGONIAS ANTIGAS
(Cosmogonia significa: teoria da criação do mundo. Atualmente, a
esta palavra prefere-se cosmogenese, na mesma acepção.)
Cosmogonia indo-européia: segundo o Rig Veda ((não havia ser, ou não ser, ou
éter, ou essa tenda do céu, nada a envolver, nada envolvido... mas aquele, esse
respirava só, só com ela, cuja vida ele acalenta no seu seio))
((Além dele, nada existia que depois tenha existido))
((O desejo formado pela inteligência desse tornou-se semente
original; a semente tornou-se progressivamente providência, ou almas sensíveis
e matéria ou elementos.))
Trata-se,
por conseguinte, de um Universo não criado e criado ao mesmo tempo,
impensável,
desconhecido, que se organizou, fiz Rig Veda, pelo poder da contemplação.
Explicando
melhor: a criação e o principio Ele-Ela não podem ser aprendidos e jamais o
serão.
O UNIVERSO DO ABADE LEMAITRE
O
abade Georges
Lemaitre, cônego da Universidade de Lovaina, é
criacionista,
pois trata-se de um cristão:
Considera ele o Universo em expansão: no final dessa
expansão tudo desaparecerá.
Uma explosão:
O UNIVERSO DE MARTIN RYLE
O
astrônomo do radiobservatório de Cambridge (Inglaterra) supõe ter havido, há treze bilhões de anos, um
tremendo cataclismo: toda matéria
concentrada num único ponto do espaço explodiu com uma violência inconcebível.
Essa explosão inicial ilustra axioma: E = M, energia igual a matéria
Os
quasars, espécies de onda luminosas, são os primeiros a partir
As
galáxias são projetadas em seguida.
A
massa total finita espalha-se cada vez mais; velocidade nula quando o tempo
coincidir com o infinito: treze bilhões de anos.
Então,
todo espaço estará repleto e ocupado, e não haverá mais tempo.
Ou então:
Os
destroços vão afrouxar, depois atrair-se-ão mutuamente, provocando uma implosão
que marcará o fim do mundo.
O UNIVERSO OSCILANTE DE ALLAN SANDAGE
Universo
eterno e finito.
Paradoxalmente,
o professor Sandage, do Observatório do Monte Wilson, é obrigado a conceber uma
concentração inicial de toda a matéria universal.
Essa
matéria explode como no universo de Ryle, a expansão inicia-se e dura quarenta
e um bilhões de anos.
Em
seguida, verifica-se uma marcha inversa, uma contração: quasars, galáxias e
nebulosas regressam ao ponto de partida para uma nova explosão.
O
ciclo de expansão-contração é de oitenta de dois bilhões de anos.
Houve
e haverá uma infinidade de ciclos.
COSMOGENESE DE OSCAR KLEIN
Inicialmente,
o Universo era uma espécie de nebulosa com um diâmetro de 200 bilhões de anos
luz onde o físico sueco supõe a existência de um mundo formado de partículas e
de um antimundo formado de antipartículas, isto é, de matéria e de antimatéria.
Partículas
e antipartículas estavam disseminadas de mais nesse vasto espaço para terem
qualquer possibilidade de se encontrarem.
Por
efeito da gravitação universal, matéria e antimatéria condensam-se (contração formando dois mundos
distintos)
Passando
em seguida ao ciclo da expansão, esses mundos arrastam consigo as suas
galáxias, cuja enorme velocidade de fuga se pode imaginar...
Não
há interação (explosão) entre o mundo e o
antimundo, pois ambos estão separados por uma zona neutra chamada ((ambiplasma)), dominada por uma
temperatura intensa.
Todavia,
nessa zona, partículas e antipartículas encontram-se por vezes,
excepcionalmente,
provocando explosões junto das quais as nossas bombas atômicas não passam do
rebentar de petardos.
Os
radiotelescópios captam as ondas de rádio provenientes desses choques da
matéria contra antimatéria, e não dos quasars como se pensava.
COSMOGENESE DE ANDREI SAKHOROV
O
nosso Universo teria nascido dum antiuniverso desaparecido há vinte ou trinta
bilhões de anos, fiz o físico russo.
No
seus estado inicial, o Universo era constituído principalmente por
antipartículas cuja condensação, a temperaturas muito elevadas, teria provocado
uma explosão produzindo, como na desintegração atômica, mais matéria do que
antimatéria.
O
nosso mundo ter-se formado do excedente de partículas-matéria.
COSMOGENESE DE GUSTAV NAAN
A
concepção do Universo e Gustav Naan, vice presidente da
Academia de Ciências de Estónia, e semelhante á de Oscar Klein.
Ele
imaginou a sua teoria invertendo a arquitetura presumível do Universo segundo uma formula matemática
muito simples:
Si I (- I) = 0
0 = I (- I)
O
mundo e o antimundo de Gustav Naan são da mesma natureza,
mas inversos,
talvez
como os mesmos sistemas solares, as mesmas galáxias e planetas habitados por
homens nossos semelhantes.
Entre
esses dois mundos existe uma barreira intransponível para o homem sob pena de
desintegração: uma barreira do nada.
No ponto zero funde-se o mundo em contração.
Mas
do nada pode surgir matéria se ela for compensada no antimundo por uma porção
igual de antimatéria.
A
cosmogonia védica é admirável, tal como as especulações de físicos de Harward, Cambridge e do Collége de França, baseia-se no
imaginário e no inconcebível, no nada que contem qualquer coisa.
Ela
garante que o homem jamais romperá o segredo do Universo.
A ANTIMATÉRIA
As
cosmogeneses de Klein e de Sahkorov não explicam a criação
inicial do Universo pois elas partem de um estado de fato, aliás hipotético.
Contudo
o conceito de antimatéria obriga a uma explicação.
A
bem dizer, ele foi sempre conhecido dos iniciados e sem duvida interfere com o
En de aquém e com os universos paralelos que escapam ás nossas investigações.
((Poesia é a verdade)), dizia Goethe antecipando o anti mundo e ((o outro espelho)) suspeitado por um grande vidente: Jean Cocteau.
Os
físicos franceses Louis de
Broglie e J. P. Vigier desde há muito imaginavam,
para
além das partículas conhecidas, um sub universo do qual as partículas
classificadas (elétrons,
prótons, e partículas estranhas) e as antipartículas (anti eletrons e anti protons) não seriam mais do que as primeiras
manifestações.
Em
suma, o nosso Universo não teria sido senão uma superfície de oceano cujos
abismos desconhecíamos.
Deve-se ao físico inglês P. Dirac a teoria das antipartículas
que possibilitou,
em 1928, a descoberta do anti electrão, ou positrão, e
do antiprotão, de massa igual á dos
protões mas de carga negativa.
Em
pura especulação, a antimatéria seria assim formada de anti átomos de núcleos
negativos, rodeados por positrões.
Em 1966, no Laboratório
Nacional de Brookehaven(E.U.A), foi criado um núcleo
de anti-hidrogênio a partir de um antiprotão e de um antineutrão.
Esta
descoberta, nos estagio molecular, torna pois admissível a teoria dos anti
mundos.
Ao
contrário de Oscar Klein e de Andrei Sakhorov, o filosofo estoniano Gustav Nann pensa que o anti mundo
não estaria perdido nos confins do Universo, mas existiria no nosso.
Seria um mundo paralelo, de certa maneira.
Alguns
sábios julgam mesmo que os fótons (partículas
de luz) seriam o resultado da
energia suscitada pela combinação das partículas e das anti particulas.
Em
resumo, do choque de um mundo e de um anti mundo nasceria a luz.
Ou,
por outras palavras, de acordo com as doutrinas secretas: de Deus e do Antideus
nasceriam a luz e a criação.
Quando
um Universo em contradição atinge o zero que é o nada, ele penetra no anti
mundo.
Então produze-se uma
explosão e uma nova expansão ou antimundo transpõe o ponto zero de inexistência
e toma o lugar do mundo desaparecido
Nessa
hipótese, admitindo que Deus rege o Universo, Ele vê-se substituído pelo
Antideus e pelo anti nuniverso, a cada mudança dos ciclos.
Estas
teses não estão em desacordo com as doutrinas formuladas pelo mestre egípcio Anúbis Shénoula, para que a imperfeição e
indispensável para garantir a perfeição, tal como o Carnac grosseiro da
Bretanha foi necessária para equilibrar o Carnac subtil do vale do Nilo
Pois tudo
contém dois pólos chamados a substituírem-se um ao outro.
((Num
mundo único onde reina a simetria, nada pode haver além do nada, o vácuo))
((Os
próprios espaço e tempo não existem))
BIBLIOGRAFIA:
Título
Original
Srimad
Bhagavatam, Eigth Canto
"Withdrawal
of the Cosmic Creations"
The Baktivedanta Book Trust
FONTE: Titulo
original: LE LIVRE MYSTEIREUX INCONNU, Robert Lafount, 1969
LIVRARIA BERTRAND, S.A.R.L.- Lisboa
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