terça-feira,
9 de abril de 2013
A Tomada De Posse Da Terra Prometida
Ao longo
deste capítulo, serão abordadas questões extremamente importantes e,
infelizmente, pouco conhecidas.
Antes de
mais nada, é preciso esclarecer que o Brasil não foi "descoberto" em 22 de abril de 1500, conforme regularmente se ensina (e se comemora) e que a missa aqui celebrada em 26 de abril também não foi a
primeira.
Em
seguida, convém registrar que o "descobrimento" não se deu por acaso,
como se
costuma (ou se costumava) ensinar nos livros escolares; foi, ao
contrário, cuidadosamente planejado pelos reis templários portugueses, que
tinham conhecimento da existência destas terras do outro lado do Atlântico e
sabiam das correntes marítimas para a elas chegar muito antes das primeiras
navegações lusitanas.
Em
terceiro lugar, é
preciso retificar que o principal motivo para as grandes navegações não foi de
ordem econômica, como
costumeiramente se acre-dita;
ao
contrário, o projeto dos descobrimentos obedeceu, antes de tudo, a uma
motivação espiritual - dentro do plano dos cavaleiros da Ordem do Templo ou de
Cristo de chegar à Terra da Promissão, à Grande Ilha Sagrada ou Ilha
Imperecível, onde seria feito, de acordo com as profecias , o Reino de Deus na
Terra.
Em
quarto, o nome Brasil
não veio de pau-brasil (cor
de brasa) como se ensina e,
sim, é uma denominação que já existia antes da oficialização da descoberta,
significando
"terra abençoada"
Finalmente,
quem nos colonizou não foram só bandidos degredados e gente da pior espécie,
conforme se afirma injusta e inveridicamente; ao contrário, o Brasil foi
povoado principalmente por uma elite constituída por cristãos-novos,
cavaleiros
templários e pessoas perseguidas (degredadas)
por questões ideológicas ou religiosas, como os festeiros do Divino.Vamos ver
esses cinco aspectos um por um.
1343: Portugal
Anuncia ao Papa a "Descoberta" da Ilha do Brasil
Oficialmente,
sabe-se que os portugueses já no ano de 1343 ou antes dele aqui estiveram,
enviados pelo rei de Portugal
Afonso IV, filho de D. Dinis.
Afirma-nos Roberto Costa Pinho que "o primeiro registro da Ilha
Brasil encontra-se na Carta Náutica do cartógrafo genovês Angel Dalorto
elaborada em 1325, onde ela figura a oeste da costa sul da
Irlanda, 175 anos antes do Brasil ser oficialmente descoberto."
Como podia
um cartógrafo genovês saber da existência desta terra, que os
irlandeses da época passaram depois a chamar de Ilha de São Brandão?
De duas
maneiras: ou porque teve acesso a mapas existentes (como os dos templários) – assunto de que falaremos mais à
frente - ou porque, já nessa época, navegadores portugueses, orientados por
genoveses, cruzavam os mares e aportavam no Novo Mundo.
Esta última
hipótese sem dúvida é plausível, pois convém lembrar que o rei D.
Dinis, de
Portugal, nascido em 1260 e considerado o pai do projeto dos
descobrimentos, contratou navegadores genoveses para construção da primeira
armada portuguesa, com vistas às navegações marítimas futuras.
Foi este
monarca que plantou pinhais pelo reino, para fornecer a madeira necessária ao feitio das embarcações.
O ano de 1325, em que apareceu a Carta Náutica de
Ângelo Dalorto, foi também o ano em que morreu D. Dinis, subindo ao trono seu
filho Afonso IV.
Dezoito anos
após a morte de D. Dinis, em 1343, foi oficiada ao papa a descoberta da Ínsula Brasil, conforme
registra Felipe Cocuzza:
"Sancho
Brandão foi o navegador português que, a mando de D. Afonso IV chegou ao Brasil
na Idade Média, conforme atesta Assis Cintra, em seu livro "Revelações Históricas para o
Centenário", em 1923.
Essa navegação
foi informada por D. Afonso IV ao papa Clemente VI em carta de 12 de fevereiro de 1343, acompanhada de um mapa com a inscrição de "Ínsula
do Brasil ou de Brandam".
O nome
Sancho, de Sanctius, o mais santo, ajudou a convergência para São Brandão"
Segundo este
mesmo autor, mapas e textos europeus da Idade Média, entre eles o célebre "The
Canterbury Tales", de Geolfroy Chaucer (1380) ligam
sempre o nome do Brasil ao de Portugal, às vezes dando idéia inequívoca de posse: Brasil de Portugal.
Esta "descoberta" de 1500 foi, portanto, uma "tomada
de posse", uma vez que
os reis templários de Portugal já sabiam da existência destas terras muito
antes dessa navegação ordenada pelo rei Afonso IV, aliás preparada pelo seu
pai, D. Dinis, chamado por Fernando Pessoa de "plantador de naus"
O Plano da
"Descoberta"
Se quem
conseguiu primeiramente sucesso nas navegações portuguesas foram os reis D.
Dinis e
Afonso IV, o monarca que ficou com a fama dos descobrimentos foi D.
Manuel, o
Venturoso, pois foi ele quem tratou da oficialização perante o mundo da
descoberta do Brasil.
O alegado "descobrimento
casual" foi, na
verdade, resultado de um plano cuidadosamente preparado durante séculos pelos
reis templários lusitanos.
Foi esse
plano que levou o rei D.
Dinis a
reflorestar Portugal, plantando os pinhais para fornecer madeira para as
embarcações, duzentos anos antes do "descobrimento" oficial, e a criar a primeira armada
portuguesa, com auxílio de navegadores genoveses.
Depois
disso, os reis dele descendentes continuaram o projeto de chegada à "terra
prometida"
Os mapas e
registros dessa terra e das correntes marítimas para a ela chegar (oriundos dos navegadores fenícios e
hebreus), juntamente com
profecias detalhadas sobre esse longínquo mundo, teriam passado ao poder dos
cavaleiros templários quando, no século XII, fundaram a Ordem do Templo em
Jerusalém, no mesmo local onde antes se situara o templo de Salomão,
conforme
vimos nos capítulos 5, 6 e 7 deste livro.
A Origem
Templário (Espiritual ) dos Descobrimentos
É do
conhecimento das pessoas mais evoluídas que existem aspectos, ou mesmo fatos na
História, ou ainda até a própria História que são deliberadamente omitidos ou
ocultados por razões de quem tem o poder ou de quem quer se proteger dele.
Acreditar,
como é ensinado por exemplo no Brasil, que seu descobrimento se deve a uma
chegada fortuita e, mais, que o interesse pelo monopólio das especiarias
motivou a expansão marítima portuguesa e os descobrimentos é ter, como diz Antônio Quadros, a visão limitada das pessoas que só
enxergam até onde a miopia do dinheiro lhes permite.
Assim como o
Império Romano se deveu ao estoicismo, Portugal do século XV ao XVI foi dono da
metade do planeta e ainda invencível em terra e nos mares porque tinha um alvo
muito além do mero interesse pelas riquezas, que certamente houve.
O Porto do Cálice
ou Porto do Graal (Portugal), país templário por excelência
era naquele
período um conjunto de forças e aspirações superiores condensados num só
sentido: a expansão da fé de Cristo e a formação do Reino do Espírito Santo,
baseado na tradição templária, com sua visão joanina,
fundamentada
na doutrina de Gioachino di Fiori sobre o advento da Terceira Idade -
impelia-os a fé no destino de uma pátria messiânica portuguesa.
O principal
móvel secreto dos descobrimentos, como bem assinalam Antônio Quadros e outros autores, foi de ordem espiritual: o desejo de construir o Quinto Império ou reino do Espírito
Santo no mundo.
Para tanto,
conforme mostramos em nosso livro, ambicionavam chegar à Grande Ilha que,
segundo as profecias, estaria destinada para tal propósito.
Rainer
Daenhardt, historiador alemão, afirma que não é por acaso que os grandes
navegadores portugueses dos séculos XV e XVI eram membros das ordens de Cristo
e de Avis, nem é por motivos fortuitos que levavam em suas embarcações a cruz
da Ordem de Cristo nas velas.
"A expansão do mundo português não foi o resultado
ocasional de aventureiros que se lançaram à procura de conquistas de novas
rotas marítimas para enriquecerem rapidamente e de qualquer maneira.
Na História escrita por mãos portuguesas não houve a aniquilação
sistemática de povos, religiões ou culturas, ao primeiro contato, como a
extinção dos astecas, no México, dos Incas no Peru e dos Guanches nas Canários,
por exemplo.
Com a Ordem de Cristo foi tudo diferente. "
Para esse
escritor, a expansão portuguesa não foi sempre pacífica, mas de qualquer modo,
uma pequena nação pôde escrever páginas significativas na História da
Humanidade, sem impor extermínio de populações.
Foram
cavaleiros iniciados que navegaram por todos os mares e levantaram padrões com
símbolos da Ordem de Cristo, da Cruz de Avis e da Cruz das Quinas, circundada
pelo escudo dos castelos.
Afirma
Daenhardt que a orientação da Ordem de Cristo, que supervisionava toda a
expansão marítima, imprimiu uma vontade férrea à atuação portuguesa,
liderada por
cavaleiros iniciados, vivos exemplos de uma interpretação da fé,
bem
diferente da missão que lhes estava destinada.
Essa já era
a força da "Fé de Portugal".
Brasil Não
Veio de "Pau-Brasil"
Conforme foi
afirmado anteriormente, o nome Ilha Brasil já existia antes do descobrimento
oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral – quando, em 1343 o navegador Sancho Brandão representou o continente com o nome de
Ínsula Brasil ou Brandam.
O
pesquisador Felipe Cocuzza explica que "durante a Idade
Média, a lendária Ilha Brasil povoou a poesia, os mapas, as tradições, as
profecias e o folclore.
A palavra
Brasil tem duas etimologias convergentes: o germânico brasa, que passou ao Latim e ao Português, de onde
veio a designação pau-brasil, devido à cor vermelha e o celta BRAS ou BRES, paralelo ao inglês BLESS que significa benção; prende-se ainda ao hebraico BRACHA (ch
aspirado como em alemão)
também com o
sentido de benção e ao sânscrito BRHAMA da raiz BRITH,
expandir,
irradiar; brilhar, com o sentido de Deus, benção, suma ventura.
Portanto,
Ilha Brasil quer dizer Ilha Abençoada."
Livres-Pensadores,
não Degredados
Diversos
autores apontam que uma das maiores injustiças feitas ao Brasil é dizer que foi
povoado por degredados, gente da pior espécie.
Ao mesmo
tempo, a história ensinada nos bancos escolares salienta, é claro,
que os
Estados Unidos foram colonizados por pessoas da melhor espécie.
Autores como
Cocuzza, Varnhagen, João Francisco Lisboa, entre outros,
desmentiram
essas duas falsidades infelizmente arraigadas na mente do povo por força de um
ensino errôneo.
Na verdade,
a maior parte dos degredados não eram prisioneiros de crime comum, mas
livres-pensadores perseguidos por motivos ideológicos (Inquisição) como cristãos novos e humanistas.
Não nos
podemos esquecer, em honra dos portugueses, do belo trabalho efetuado pelos
jesuítas (Nóbrega.
Anchieta) com suas missões,
e pelos franciscanos da Ordem Terceira.
As duas
ordens religiosas trouxeram ao Brasil a tolerância racial, o culto ao Espírito
Santo, a Festa do Divino e o sonho de realizar o Reino de Deus na Terra.
Saliente-se
o povoamento feito por levas de famílias açorianas que se fixaram no Rio Grande
do Sul - ou que fundaram, entre outros Estados, o do Espírito Santo, cuja
capital, significativamente, chama-se Vitória.
Entre os
degredados vindos ao Brasil, para felicidade de nossa terra, estavam os
festeiros do Divino, que na Europa estavam sendo perseguidos pela Inquisição
por anunciarem o futuro Império do Espírito Santo.
Neste país,
eles organizaram as festas que existem com pujança até os dias de hoje.
Constitui
portanto uma insensatez dizer que foi má sorte para o Brasil ter sido
colonizado pelos portugueses; que seria melhor termos sido colonizados pelos
ingleses, franceses, holandeses, etc.
É só ver o
racismo, a intolerância e o clima insuportável existente nas terras colonizadas
por tais países, para suspirarmos aliviados por termos sido um país descoberto
e povoado por lusitanos.
Vespúcio
descobre o Paraíso Terrestre
Américo Vespúcio (1452 a 1512),
cosmógrafo e navegador, é um dos nomes mais importantes da história da
descoberta do Novo Mundo.
Graças às
suas cartas, que se difundiram em forma de folhetins de sucesso e encantaram a
Europa renascentista, as terras descobertas receberam o nome de América.
Das quatro
viagens que Vespúcio realizou, esteve no Brasil em três delas,
comparando
nosso país ao "paraíso terrestre":
"(...) fomos à terra e descobrimo-la tão cheia
de árvores que era coisa maravilhosa, não somente a grandeza delas, mas seu
verdor e cheiro suave,
que delas
saía e dava tanto conforto ao olfato que grande recreio tiramos disso.
E o que
vi aqui foi uma feíssima coisa de pássaros de diversas formas, e cores,
e tantos
papagaios que era deslumbrante; alguns coroados como carmim,
outros
verdes, e cor limão, e outros negros, e encarnados, e o canto dos pássaros que
estava nas árvores era coisa tão suave, e de tanta melodia, que nos acontece
muitas vezes estarmos parados pela doçura deles.
E a mata
é de tanta beleza e suavidade que pensávamos estar no paraíso terrestre.
(...) Naquele país tal multidão de gente
encontramos que ninguém enumerar poderia, como se lê no Apocalipse: gente digo mansa e tratável."
Foi baseado
nos relatos de Américo Vespúcio que Thomas Morus
escreveu Utopia, que depois influenciou Jean Jacques Rousseau com a sua teoria
do bom selvagem.
Trecho
extraído do livro:
História
Secreta do Brasil
Cláudia
Bernhardt de Souza Pacheco
Editora
Proton
Assista ao vídeo
abaixo:
Saiba mais: historiasecretadobrasil.org
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