DOMINGO, 16 DE
OUTUBRO DE 2011
No nosso delirante século, a ordem
dos valores está invertida e o avanço fulgurante
da ciência não chega para tirar a inquietação dos nossos espíritos.
Outrora, o patriarca, o antepassado,
o sábio, adquirira a iniciação com o passar dos anos, pois todos estes
substantivos significam, em boa etimologia, o mais idoso.
A deterioração começou quando o
sacerdote sucedeu ao patriarca e difundiu sua religião de falsos deuses.
O alquimista e o sábio receberam o
testemunho do sacerdote caído, e, nos nossos tempos, o jovem presunçoso, altera
o sentido da corrente tradicional e quer suplantar o sábio lançando Deus
prescrito á defesa pública, e o patriarca para o asilo.
A partir de agora, é o estudante que
busca a iniciação, e sem dúvida encontra-se dentro da
razão dado o tipo de sociedade que instauramos, pois é ele o mais forte, o mais
ardente, e o mais apto a deixar-se queimar vivo nos fogos do apocalipse.
Testemunha desse fervilhar no
caldeiro da feitiçaria ocidental, Gwyon o
jovem espera, pacientemente, atento, não deixar
perder a gotinha de mistura que lhe outorgará a investidura no globo, o poder
de visitar os mundos estelares, de viajar no tempo e de olhar Deus frente a
frente, de igual para igual, de deus para deus.
Até que recomece a conquista do céu
pelos gigantes e a guerra dos deuses que a humanidade dos milênios vindouros
inscreverá no livro das lendas incríveis e impossíveis.
E, todavia, com um fundo de verdade,
dirá um patriarca!
Acreditamos que os grandes
Instrutores terminaram o seu ciclo perto de três mil anos.
Já no tempo de Pitágoras e de Platão, o conhecimento, deturpado quanto aos sacerdotes e nos seus
mistérios, só subsistia entre raros iniciados.
As descobertas científicas certamente
tornaram nulos os segredos dos Grandes Antepassados, mas a principal causa da degradação dos tempos atuais provêm da
direção diabólica que se imprimiu ao nosso modo de civilização.
Se existem ainda guias no invisível
ou em santuários ignorados, o homem do século XX está no direito de duvidar de
seu poder total.
E quanto ao iniciado, qual é o seu papel
nessa aventura?
Que forças irrisórias espera ele atirar
para o meio duma refrega em que combatentes não se apercebem de sua presença?
O seu papel não será, mais do que
sempre, manifestar-se , falar?
É bem evidente que o Conhecedor tem o
imperioso dever de revelar tudo o que pode ser útil aos seus contemporâneos.
Foi por essa razão que Pitágoras quis iniciar-se nas práticas dos Asclepíades, a fim de conhecer
os medicamentos e os métodos de cura que esses sacerdotes curandeiros, caídos
no empirismo, escondiam e deterioravam sob o véu da transmissão por ritos.
Da mesma forma, em 460 a.C., Hipócrates arrancou a ciência do corpo humano aos sacerdotes e aos
santuários para torna-la patrimônio de todos.
O juramento de Hipócrates nada tem a ver com o mistério que se gostam de rodear os
charlatães.
O que exigia dos seus díscipulos era
o seguinte:
((Juro considerar como meu pai aquele
que me iniciou na medicina; como meus filhos, os seus filhos e os seus
condiscípulos; não me deixar seduzir por preço algum para praticar
envenenamentos e abortamentos; evitar suspeitas ao tratar das muheres; conservar
o silêncio mais absoluto quanto ao segredo das famílias; tornar-se digno da
estima geral.))
Como se pode ver, a medicina é a
única ciência onde se encontra mencionada a palavra(iniciado), e onde, por outro lado, são regra o
juramento, a transmissão do conhecimento, o sentido moral e a proteção
biológica da espécie.
É fora de dúvida que a medicina seja
um dos principais ramos da iniciação,
se não o primeiro.
A ONDA CEREBRAL HUMANA
A cavidade das pirâmides é um oásis
de descontração e de recarga das baterias elétricas cervicais.
Se os iniciados íam ali em busca de
clima favorável á meditação, ou se frequentavam as criptas e as cavernas, é porque sábiam que cérebro humano é terrívelmente solicitado na
vida quotidiana, e que é necessário (pô-lo no verde) isto é,
permitir-lhe eliminar as suas deficiências psíquicas nos seio dos (raios verdes negativos)
O cerébro humano emite ondas e
recebe-as.
Emite, pelo poder do pensamento, e
recebe porque é um verdadeiro posto receptor que pode armazenar uma energia
benéfica ou, inversamente,
resíduos sob a forma de ondas
nocivas.
Essas ondas cerebrais, postas em
evidência pelos encefalogramas, seviram para uma estranha experiência feita
pelo Centro de Informação da Eletrônica de
Paris.
Únicamente pela vontade dum indivíduo,
elas podiam acender uma lâmpada,
isto é, transmitir um impulso
elétrico; bastava para que isso o indivíduo pensasse com certa intensidade.
No estado de repouso e de quietude, a
onda humana ou alfa tem uma frequência de 7 a 15
hertz, um comprimento de onda de 20 a 50 000 km e uma voltagem de 5 a 50 microvolts.
No estado de tensão(reflexão pensamento) essa onda
alfa transforma-se em beta, perde força mas vibra entre 15 e 30 vibrações por segundo (15 a 30 hertz).
Ela pode ser recebida por outro
cérebro visto que impressiona um voltímetro, e pensa-se que ela explicaria o
que correntemente se chama a (corrente de
simpatia)
Mas poderá ela ser modulada, tornar-se uma mensagem do mesmo modo que as ondas de rádio?
Não foi possível ainda descobrí-lo,
mas é provável que o fenômeno existe ao nível dos iniciados, que poderiam
assim, trocar entre si impressões e sem dúvida informações.
MENSAGENS DE OUTROS MUNDOS
Quando se colocam simples eléctrodos
sobre o couro cabeludo dum indivíduo, este recebe imediatamente, numa quantidade
d comprimentos de onda, uma cacofonia de emissões que vão do
Canal 1 da televisão aos trovões e tempestades atmosféricas.
Esta portanto provado pelas
experinências do Centro de Informações da Electrônica que em certos dias, recebemos no nosso subconsciente uma
infinidade de emissões e de parsitas que, incontestávelmente, tem repercursão no nosso equilíbrio
nervoso.
Nestas condições, compreende-se a
necessidade vital que temos de fugir,
pelo menos por algumas horas por dia
ou por noite, a essa invasão de ondas mais ou menos benéficas para o nosso
organismo.
O eremita que se refugia numa caverna- ou em qual quer caixa Faraday
– para se debruçar sobre si mesmo, não faz,
senão obedecer a um isntinto self-defense.
Cada vez mais, os astrofísicos, tal
como os espiritualistas, pensam que seres extraterrestres ou entidades não
identificadas tentam entrar em contato conosco.
Sinais elétricos são detectados pelos
radiotelescópios, mas não é impossível que o cérebro humano, ainda mais
perfeito e sensível que os aparelhos científicos, possa captar ondas e emissões
ainda insuspeitadas pelos técnicos.
A (revelação) por exemplo, pode ser uma mensagem nítida, televisiva ou
falada, cujo posto emissor é o cérebro de um
Desconhecido Superior e também inversamente, de uma
obscura entidade, isto é, um Desconhecido
Inferior.
OS FANTASMAS EXISTEM
O nosso eu desconhecido, sem
consubstancialidade(identidade) com o nosso eu perceptível é e qualquer forma o nosso fantasma
dotado duma vida própria que se imagina poder viver de novo após a morte.
Ensinam os espíritas que essas duas
entidades se repelem mútuamente, mas quando morre o eu positivo, o eu negativo
pode manifestar-se sem ser perturbado pelo seu oposto.
Todavia, descobertas em eletro física
e em biologia podem das crédito ás teses dos espíritas, desde que se descobriu
no organismo celular, quase ao nível do átomo, fenômenos (singulares) parecendo provar que,
após o seu desaparecimento físico, manifesta-se uma persistência cuja natureza
e duração são desconhecidas.
Este fenômeno não seria uma
reminiscência da vida real, mas um fantasma de natureza desconhecida
pertencente a um universo diferente do nosso.
Certas ondas, dizia recentemente o
professor Bernard d’Espagnat, do Colégio de França, têm o dom de ubiquidade, sem se dissociarem, sem se dividirem,
sem se partilharem, mantendo-se sempre elas mesmas, mudam contudo de natureza e
existem simultaneamente em vários caminhos diferentes.
Elas vivem pois num universo que o
sábio controla, sem todavia poder compreendê-lo ou imaginar-lhe a essência!
É também de opinião do Dr. J. Glazewski, sábio americano de
origem polaca,
que afirma que (chegamos atualmente por meio de pura análise científica, á
prova da existência de um mundo indivisível e imaterial)
(Esta verificação é fruto de vinte
sete anos de pesquisas sobre a onda gravitacional)
Em resumo, pode dizer-se se receio de
exagero que todo o corpo organizado e, sem dúvida, todos os corpos, têm o seu
equivalente num outro mundo...algo como harmônico.
Entre o eu real e o seu harmônico
existe uma certa ligação de analogia, mas não uma simultaneidade, de tal modo
que se pode desaparecer e o outro permanecer, pelo menos durante um período
apreciável.
Segundo este princípio, está no
domínio dos possíveis que, mesmo que o nosso planeta voe em estilhaços, o seu
duplo possa continuar a gravitar em volta do duplo Sol.
O MISTÉRIO DA ROSA
A história da rosa é tão secreta que
só raros iniciados podem compreender o seu sentido profundo.
A rosa é, por excelência, o símbolo
do segredo guardado, pois ela é uma das raras flores que se fecham sobre seu
coração.
Quando abre a sua corola, está na
hora da morte.
A maior parte das grandes sociedades
secretas, a Santa Vhme, o Templo, a Franco-maçonaria, tem a rosa como emblema, e a mais secreta de todas, aquela em
que os chefes , embora se não ignorem, jamais se encontram, a Fraternidade Rosa-Cruz, tem o
nome ligado ao símbolo hermético do Cristo.
Desde a mais remota antiguidade, a
rosa foi honrada pelos deuses e pelos heróis.
Ela ornava o escudo de Aquiles, os
capacetes de Heitor e de Eneés e o escudo dos bravos cavaleiros da Idade Média,
com esta divisa com triplo sentido:
Quando si monstro tanto e piu bela (Quanto menos ela se mostra, mais bela é).
Familiarmente, descobrir a taça das
rosas significa desvendar um segredo,
mas a origem desta expressão é muito
pouco conhecida.
Outrora, os nossos antepassados, para
impor a lei do silêncio aos seu convivas, colocavam em cima da mesa uma taça
com um ramo de rosas.
Queria o bom tom e a honra que
qualquer conversa colocada sob esse signo fosse mantida rigorosamente secreta.
Esse costume era praticado noutros
sítios, com uma variante: colocavam uma rosa suspensa por cima da mesa do
banquete e seria faltar á honra repetir as conversas realizadas sob a rosa(sun rosa)
Acontecia por vezes, para que se
pudesse falar mais livremente durante a refeição, que a taça fosse coberta com
um véu; antes de abandonarem a mesa, a taça era descoberta e a lei do silêncio
voltava a ser uma obrigação sagrada.
Para os pitagóricos, Franco-juízes, Cavaleiros Errantes,
Templários, Cavaleiros de Rodes, Franco-Alemães, Rosa-Cruz, Rosati, para o alto clero cristão, enfim, a
rosa tem uma importante significação esotérica.
Os Franco-Juizes eram os membros da
Snta-Vehme, constituídos em tribunal secreto e encarregados da execução dos
indivíduos culpados de perturbar a ordem social e religiosa.
Sobre o ferro de seu machado
justiceiro estava gravado um punhal e um cavaleiro segurando um ramo de rosas
Aquele que traísse o segredo colocado
sob o signo da flor era morto com o punhal.
Se eles passassem nas proximidades de
uma rosa cortada, os Franco-Juizes deviam segurá-la com a boca ou colocá-la
sobre o coração.
No século XII aparece a rosácea nos
vitrais da catedrais.
E através de uma rosa multicor que a
luz(verdade) entra nos santuários.
Pra realizar essa maravilha que a
rosácea da Notre-Dame de Paris
(12.90 metros de diâmetro), foi necessário que o mestre arquiteto conhecesse o segredo do
número de ouro, da resistência do material e das formulas sábias, apenas
transmitidas aos grandes iniciados das sociedades secretas.
Em tudo em que a rosa entra em jogo, o silêncio e o segredo acompanham-na.
No princípio deste século podia
ver-se em Lion, no número 14 da rua Thomassin, sobre a porta de entrada e gravada na pedra, uma pequena cabeça
coberta por um capuz e com uma enorme rosa por cima.
Insígnia de artesão?; Sinal de pertença?
Ninguém decifrou esse enigma, mas é
provável que alguns viajantes, ao olhar a insígnia, adivinhassem o sentido
secreto.
Existiam na Idade Média inúmeras
estalagens ostentando a palavra rosa na tabuleta: A La Rose de Provins, La Rose et L`Eglantine, Auberge de La Rose
Blanche, etc.
Temos boas razões para crer que essas
estalagens, que ladeavam as grandes estradas do Ocidente e o caminho dos
santuários, eram exploradas por hoteleiros filiados numa sociedade secreta.
A tabuleta indicava os viajantes que
se encontravam sub rosa e que tudo que dissessem ou fizessem jamais seria
divulgado.
Segundo Charles Nodier, um decreto do Parlamento de Ruão, no final do século XVI, proíbe
aos habitantes da cidade que vão a Taberna da Roseira.
É dessa mesma época que a data do
cisma da rosa, que opôs aos iniciados laicos aos iniciados cristãos.
Cada vez mais, as sociedades
secretas, fundadas sob o signo desta flor, se afastavam do dogma rígido
instituído pelos Franco-Juízes.
Nos nossos dias, os rosa-cruz seriam
os últimos possuidores da verdade sub-rosa, que os grandes ocultistas
consideram com a única que provém em linha direta de antepassados nossos.
Todavia, com a rosa por divisa,
existe uma espécie de super sociedade secreta que teria ainda, diz-se, alguns
membros em Portugal e na América do Sul.
A porta das suas casas estariam
plantadas- de um lado e de outro – uma roseira vermelha e uma
roseira branca.
Jacques Coeur, cuja imensa fortuna confiscada por Carlos VII, e depois reconstituída, segundo a
lenda, graças ao ouro filosofal, pertencia a esta ordem hermética, tal como
aqueles (pilotos) de D. João II, de Portugal, que obrigatoriamente, se retiravam para as ilhas dos Açores e
da Madeira, longe de curiosos, depois de terem, dez anos antes de Colombo,
trazido ouro das minas do Brasil.
Foi no anos 715 que foi instituída a benção das chaves da confissão de São Pedro,
as quais foram entregues em seguida e alguns estabelecimentos religiosos
privilegiado.
Supõem-se que deriva deste costume o
rito da rosa de ouro ou rosa dos papas.
Por volta de 1048, o Papa Leão IX ordenou a dois mosteiros, detentores das chaves
da confissão de São Pedro, que fornecessem, como reconhecimento,
todos ao anos, uma rosa de ouro, ou
pagassem seu valor.
A rosa de ouro era então o símbolo da
fragilidade humana.
A inalterabilidade do metal era uma
imagem da eternidade da alma.
Era uma simples rosa brava que
pintavam de vermelho, de depois veio o habito de a ornamentarem e o centro com
rubis e pedras preciosas.
Desde Sisto IV(1471), a flor dos papas cinzelada com ouro
fino, era feita de um ramo espinhoso com várias rosas em flor ornadas em
folhagem.
A flor colocada no cimo do ramo era
maior do que as outras e tinha a laia de coração, co centro da corola, uma
pequena taça perfurada.
Quando da benção da rosa, o papa
deitava nessa cúpula vários perfumes imitando o odor da rosa (recordar aos iniciados as misteriosas propriedades que estão
ligadas a flor)
Jamais o sentido secreto da rosa cristã
foi revelado aos profanos.
O papel das sociedades secretas
talvez tenha sido menos importante do que imaginamos.
Todavia a sua ação faz parte da
história secreta e a esse título merece ser sublinhada.
REFERÊNCIAS:
LIVRE DU MYSTERIEUX
INCONNU
Robert
Lafont, 1969
LIVRARIA
BERTRAND, S.A.R.L.- Lisboa
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